Passavam os homens da lei em patrulhamento de rotina pela velha Rua Nova, no velho Aterrado, no final da tarde de sábado, quando avistaram dois cidadãos no meio da rua em atitude típica do comercio ambulante de drogas. Ao ver a chegada da Arca de Noé, o que estava de frente passou sebo nas canelas e dobrou a serra do cajuru… O que estava de costas foi surpreendido e teve que encostar na parede e abrir as pernas para a geral. Antes porém, ele atirou o embrulho que trazia na algibeira por cima de um muro. Ele era Gênesis Espínola dos Anjos Andrade, 24 anos, morador do bairro N.S.Aparecida. O embrulho ‘era’ 27 barangas de pedra bege fedorenta… Ao ser indagado sobre a droga, Gênesis deu uma resposta genuína;

– Eu achei este pacote de drogas na rua… – Disse ele, sem ficar vermelho!

Além da pedra que tentara dispensar por sobre o muro, Gênesis trazia na algibeira vinte e um reais e a cédula de identidade do cidadão Erikson Oliveira Moreira dos Santos. – Seria ele o moço assustado que passou sebo na canelas e vazou antes de comprar a droga na “base do pendura” e deixar a identidade como garantia de pagamento???

Ao sentar ao piano da delegada de plantão Gênesis preferiu o silencio. Disse apenas;

– Só vou falar na presença do Homem da Capa Preta!

Tudo bem. Em silencio também se vai em cana! E ele foi… No táxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha, depois de assinar o 33.