A animadíssima cantora baiana estava baixando a ‘poeira’ no palco, já no inicio da madrugada do dia 20 de agosto, no Estádio do Manduzão em Pouso Alegre quando o crime aconteceu. Um cidadão de baixa estatura, com sotaque nordestino, de repente esbarrou na senhora Juliana de Almeida Resende Souza, derrubando um pouco da cerveja do copo em sua roupa. O marido que a acompanhava, imediatamente chamou o desastrado na chincha… Houve discussão! De repente o ultrajante e o marido da ultrajada estavam rolando na poeira! A briga durou poucos segundos. Foi interrompida por um objeto frio e cortante no pescoço do vigilante. Enquanto a esposa do vigilante e seus parentes se abaixavam para tentar conter o sangramento no pescoço, o dono do objeto cortante e seus acompanhantes se misturaram à multidão assustada e dobraram a serra do cajuru. Saberiam depois os policiais da Delegacia Regional de Pouso Alegre, que na verdade o assassino dobrara a serra da Cambuava e da Cantareira até se esconder na impunidade na periferia de São Paulo…
Divanilton Resende de Souza, o vigilante de 29 anos, que tentou defender a honra de sua esposa não resistiu ao único ferimento na jugular. Era o 7º homicídio do ano em Pouso Alegre.
Foram quatro meses de intensa investigação até chegar ao assassino.
– Foi um dos casos mais complicados que apuramos, pois tínhamos como pista apenas a descrição do autor. Era como procurar uma agulha num palheiro. A viúva do vigilante vinha quase toda semana à delegacia cobrar providencias, sempre com uma nova pista ou motivo diferente para o homicídio… Ela questionava nosso empenho alegando que o caso da cabeleireira Esther – assassinada pelo psicopata Renam em 2010 – fora resolvido em duas semanas. Porque o caso do seu marido não desenrolava? – Declarou o delegado Gilson Baldassari ao Blog do Airton Chips, por ocasião da reconstituição do crime no dia 19 de janeiro do ano passado.
Antonio Eldo Linhares Rocha, preso pelos detetives Teobaldo, Andréia e Elon na cidade de São Miguel Paulista no dia 17 de janeiro de 2012, sentou-se no banco dos réus na ultima sexta, 30. Como costumam ser os julgamentos do Tribunal do Júri, este foi mais um espetáculo teatral onde quem mas entende de leis melhor desempenha sua performance. O advogado defensor do homicida, renomado criminalista acostumado com espetáculos televisivos no “Programa do Ratinho”, esbanjou conhecimento e experiência. Usou de todos os artifícios – inclusive o de encarar nos olhos os 7 jurados para repetir diversas vezes, como se isso fosse amedrontá-los:
– Eu tenho 35 anos de experiência em julgamentos no Tribunal do Júri!
E usou todas as teses possíveis admissíveis nos tribunais para sensibilizar a platéia, o Juiz e principalmente os 7 que tem na ponta da caneta as opções “culpado ou inocente”… os jurados! Apelou para legitima defesa. Tentou desclassificar o sinistro para homicídio culposo. Alegou que seu cliente era um ‘desfavorecido social’, um simples ‘punguista’ sem eira e nem beira e primário… Mas nada disso comoveu os jurados.
Se o competente advogado defensor do réu tinha e usou sua experiência em Tribunais do Júri, o douto Promotor de Justiça Fabiano Lauritto navegou com desenvoltura e sem alarde pelo mar de leis que protege o cidadão de atitudes insanas e pune o infrator destemperado. O réu foi condenado por homicídio qualificado por motivo fútil e banal!
Não era sexta feira 13, mas o Homem da Capa Preta que presidiu a seção que durou quase dez horas, Jose Sergio Palmieri, bateu o martelo na mesa treze vezes assinalando os anos que o punguista cearense de Granja, Antonio Eldo Linhares Rocha, assassino do vigilante mineiro Divanilton Resende de Souza vai passar vendo o sol nascer quadrado em terras manduanas.
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Eh pouco … so se fode quem morre !
Parabéns ao Promotor e ao Juiz, e uma bela banana para o advogado do Diabo.
MATO UM PAI DE FAMILIA CONHECIA O VIGILANTE QUE ELE MATO DEIXO 2 CRIANÇAS ORFAOS LAMENTAVEL DEVIA PEGAR UNS 30 ANOS ESSE BANDIDO