… E sai andando em rumo!

        Às nove da note desta quinta, 11, o cidadão Reginaldo da Costa seguia pela Avenida Perimetral conduzindo seu veiculo quando presenciou uma cena rara. À sua frente seguia um Fiat Fiorino em moderada velocidade, porem trocando as pernas, quero dizer, em zigue zague… Até aí tudo bem. É relativamente comum motoristas de primeira viagem ou então mamados trafegar desta maneira.

       Quando entrou na MG 290, defronte o quartel da Policia Rodoviária, o Fiat Fiorino, sem mais e nem menos parou no meio da pista de rolamento. Sem nenhum alarde o motorista desceu do carro, empreendeu uma caminhada e foi embora, em direção ao bairro São João, deixando o carro ali no meio da pista, defronte o quartel. No banco do passageiro ficou a jovem Maria Goreti, que ter pego carona com ele, sem entender bulhufas do que estava se passando!

Rafael Lemes da S. Rodrigues: – Eu não sei o que deu em mim…!

        Chamados pelo motorista que vinha atrás e teve seu trajeto obstruído, os homens da lei foram checar a obnubilada situação. No porta luvas do veiculo encontraram a carteira com os documentos do motorista. Era o cidadão Rafael Lemes da Silva Rodrigues, 30 anos, morador do bairro Santa Cruz em Pouso Alegre. Na sua carteira, entre os documentos havia uma baranga de cocaína.

        Depois de alguns minutos de espera, tão inexplicavelmente quanto sumira do veiculo e do local ele voltou…!!! Mas não soube explicar porque abandonara o veiculo naquelas circunstâncias!

        Ao soprar o bafômetro a convite dos policiais, quase tudo foi esclarecido… Zero virgula setenta e três miligramas de suco de gerereba por litro de sangue corria em suas veias. Ainda bem que ele parou o carro!!!

        E já que Rafael não queria mais dirigir – e nem poderia! – os policiais deram-lhe uma carona no taxi do contribuinte até a DP, onde ele sentou-se ao piano e assinou o 306. Até as dez da manhã desta sexta, Rafael ainda não sabia explicar por que parara o carro no meio da pista e nem sabia a quem pertencia a baranga de farinha do capeta…

– Vai ver que é da garota de programa que estava comigo…! – Disse ele. E continuou no “corró” à espera que alguém aparecesse para pagar sua fiança de R$678 reais para não ter que subir para o Hotel do Juquinha…!

        Como diria o velho “Titio” Elias aos 95 anos em volta da mesa de carteado…

– Tem dia que parece que é de noite!