Policiais militares do Meio Ambiente – os homens dos chapéus grandes! – que passavam nas proximidades do Sitio Barreiro, no bairro do mesmo nome, município de Cachoeira e Minas no meio da tarde desta segunda, Dia de São João, focaram a atenção no insistente ladrar dos cães que guardavam o sitio e resolveram investigar. Parecia uma imensa matilha em fúria. Mas eram apenas seis cachorros de raças diversas. Porém, todos eles estavam presos em baias separadas de um mesmo canil, sem comida e sem água limpa…!
Na procura pelo dono da casa, os policiais acabaram achando outra coisa… Duas espingardas cartucheiras na área externa do sitio. Diante da conjuntura decidiram esperar pela chegada do dono para indagá-lo a respeito dos cães maltratados e das armas. Ao ser interpelado o sitiante Giovani Heder Costa, 44 anos, informou que tinha mais armas dentro de casa. Todas com registro. E apresentou mais três cartucheiras e um revolver Rossi calibre 32. Dentro todas as armas, apenas uma tinha registro, porém, vencido desde março do corrente ano.
– Nem percebi que havia vencido – disse ele com sorriso amarelo.
Além dos trabucos, os policiais apreenderam também cartuchos vazios e deflagrados, potes com chumbo e polvários, um coldre velho para cartuchos e um casco de tartaruga.
Giovani Heder negou que seja caçador…
– De jeito nenhum, seu guarda! Estes cães foram adotados na rua e são bem cuidados… – Acudiu ele.
– E quanto às armas…
– São herança do vovô, seu guarda…!
Se são herança ou não, elas custaram ao sitiante um processo com fulcro não artigo 12 da Lei 10.826 e R$680 reais de fiança para responder o processo em liberdade e continuar “cuidando” da sua matilha adotiva… Porém desarmado!