Comprou roupas de grife com cheque clonado e voltou para trocar as peças…

      Os estelionatários, tachados no meio policial pelo artigo que infringem, o ‘171’, são conhecidos pela inteligência, sutileza e ousadia para aplicar seus golpes… Esta semana um destes vigaristas acrescentou ao currículo mais um adjetivo – ou seria substantivo?: o de “burro”. Ou então, o extremo da ousadia!

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        No sábado passado um cidadão de meia idade entrou na loja “Modas & Griffes” no centro de Pouso Alegre, ciscou daqui ciscou dali, escolheu, provou gostou e mandou embrulhar calças, camisas, gravatas, lenços e tudo o mais. A conta ficou em R$ 1,6 mil reais. O moço boa prosa, aliás muito boa prosa, desses que tiram leite de pedra e te faz rir mascando pimenta, ainda pechinchou! Conseguiu um abatimento de 200 reais na compra. Pagou com um cheque da praça e foi embora levando o gordo embrulho em vistosas sacolas da loja…

        Nesta segunda de manhã, quando o gerente chegou ao caixa do banco para fazer os depósitos do final de semana, teve uma desagradável noticia! O pesado cheque de mil e quatrocentos reais emitido pelo figurão simpático boa prosa, não valia nem o peso do papel… Era clonado! Mil e quatrocentos reais perdidos.

        Por volta do meio dia, estavam os funcionários na loja pensando em quantas camisas de grifes teriam que vender para recuperar o prejuízo dado pelo 171, quando de repente adentra na mesma loja… O próprio 171 do cheque clonado!!! Ele voltara ao local do crime – o criminoso sempre volta ao local do crime, já dizia Agatha Christie –  querendo trocar algumas das peças compradas com o cheque voador!!! E ainda teve a pachorra de perguntar ao gerente:

– Tudo bem com o cheque!

       Quando o gerente se distraiu digitando o famoso numero 190, para que os homens da lei viessem ter uma ‘boa prosa’ com o guampudo cara lavada, ele foi saindo de fininho, dizendo que iria pegar um comprovante de residência no carro. Foi necessário ir lá à rua convidá-lo para o cafezinho…!  

        Com a casa caída, o estelionatário que se diz chamar Fernando Antonio Venâncio e apresentou identidade de Antonio Figueiredo de Oliveira, admitiu que comprou o talonário de cheques falsos na capital mineira. Ele deixou escapar que vinha aplicando golpes semelhantes à algum tempo na região, inclusive na cidade de Itajubá. Um casal que fora visto com ele num Corsa prata com placas de Varginha, dobrou a serra do cajuru tão logo percebeu a ‘casa desabando’.

       O 171 que vive à custa dos comerciantes, foi autuado no artigo 304 do CP, cuja pena varia de 2 a 6 anos de cana e foi viver uma temporada por conta do contribuinte… No entanto, em se tratando de estelionatário, isso não garante que ele irá criar raízes no Hotel do Juquinha!

 

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