Denuncias de amigos ocultos da lei davam conta de que o cidadão Davi Pires, morador da Rua do matadouro em Extrema, estava distribuindo a pedra bege fedorenta em sua casa. Quando os policiais se aproximaram esbarraram no jovem Eliton Cabral dos Santos saindo da “boca” com 17 pedras. Ao perceber que a casa iria cair, Davi, que segundo a informação anônima usava camiseta do São Paulo, virou um corisco para o interior do muquifo. Enquanto corria a desfazendo-se de pedras pelo caminho. Parecia Joãozinho & Maria marcando a trilha da floresta…! Depois de presentear Davi com as pulseiras de prata, os policiais voltaram recolhendo a droga pelo corredor. Conseguiram achar 10 pedras.
Ao sentar ao piano do delegado de plantão na Delegacia Regional, a dupla fez uso da prerrogativa constitucional de somente falar em Juízo.
Na manha desta segunda, 01 de abril, antes de embarcar no taxi do contribuinte de volta para casa, ou melhor; para o Hotel do Contribuinte da rica cidade fronteiriça, a dupla resolveu contar-me sua versão. Juraram de pés juntos que são inocentes. Eliton diz que mora num sitio e havia comprado apenas três barangas da droga de um sujeito desconhecido, para satisfazer o próprio vicio.
– Eu nem conheço essa cara aqui! – Diz o garoto de 26 anos apontando para Davi.
Já Davi alega que não havia droga nenhum na casa dele;
– Os ‘zomi’ chegaram chutando a porta da minha casa e entraram… A droga não é minha!
– Mas sua capivara consta que você já foi preso anteriormente por trafico!?
– Mas também foi forjado, doutor! Tanto é que eu fui inocentando! Só fiquei três meses preso…!
Bem, esta é a historia que Davi & Golias, quero dizer, Davi e Eliton irão contar ao Homem da Capa Preta daqui uns 40 dias. Será que ele vai acreditar?