Desta vez entortou o caneco e bateu um fusca na trazeira de um carro parado!
A professora Renata Andrade de Almeida Oliveira havia acabado de estacionar seu VW Voyage na porta da casa de sua mãe, em Cambuí para dar-lhe um abraço, quando ouviu um estrondo na rua. Ao sair na janela um fusca vermelho estava tentando entrar no porta-malas do seu carro. O motorista do fusca ‘entrão’ era Claudio Jose Marques, 38 anos, conhecido no meio policial por Claudinho, Alemão ou Pintado. Apesar de estar completamente mamado e ter desviado do carro imaginário para bater no carro parado, ele conseguiu engatar marcha à ré, primeira e tentou dobrar a serra do cajuru.
Corajosa e imprudente – não é qualquer um que pula na frente de um motorista embriagado e o faz parar – a professora correu para a rua, entrou na frente do pé de cana e impediu sua fuga.
“Pintado” contou agora a pouco que o fusca vermelho não é seu.
– Eu saí da cadeia faz umas cinco semanas… Estava trabalhando numa oficina de funilaria! Peguei o carro do cliente e fui dar uma volta… – disse ele, sem pudor.
Claudinho Alemão está na estrada do crime há muitos anos. Conhece pela ‘pratica’ uma infinidade de artigos do código penal e outras leis especiais. Já assinou quase uma dúzia de 155, assinou 157, 163, 147, 171, 150 e embora não tenha carteira de motorista já assinou até o 309 do Código de Transito Brasileiro. Agora foi a vez do 306. Curiosamente, em mais de 20 anos de caminhada torta, ele não infringiu nenhum artigo da Lei 11.343. Uma raridade!
Como estava em liberdade condicional por furtos, Pintado não foi afiançado por dirigir embriagado e bater no carro da professora. Ele quebrou a condicional e voltou para o velho Hotel da Cel. Lambert, em Cambuí.