Vestindo bermuda vermelha, camiseta verde, boné e óculos escuros, parecendo um adolescente, o garotão desfilou pelo centro de congonhal no sabado à tarde fazendo pequenas compras. Na mercearia do Carlos Ventura comprou Leite, nescal, e cartão pré-pago Vivo. Gastou vinte reais pagou com uma nota de cem e levou o troco. Na loja do Joao Simões comprou gel para cabelos, bolachas… gastou menos de vinte e pagou com outra nota de cem. Nenhum deles percebeu que a ‘carpa’ da nota estava nadando… No supermercado do Cigano novamente comprou gel para cabelos e novamente pagou com outra nota de cem. Pegou o troco e saiu assoviando. Depois que ele se afastou a funcionaria Simone Paiva resolveu examinar a nota novinha em folha, brilhando e percebeu que a carpa da estampa estava meio borrada, parecia estar ‘nadando’ na tinta… Não teve duvidas, chamou a policia.
Os homens da lei saíram no rastro do garotão de bermuda e boné e minutos depois o avistou na avenida Tuany Toledo. Apesar da aparência e jeitão de garoto o estelionatário de nome Gleison Santos de França, tem 29 anos. Ele saiu de Franco da Rocha – um dos subúrbios mais violentos da capital paulista – para derramar notas falsas em Congonhal. Em sua algibeira haviam duas notas de 20 e outra de cem falsa. Todas as ‘carpas’ azuis tinham o mesmo numero de serie. Dois experientes comerciantes já haviam passado batido. Se não fosse a curiosidade e argúcia da Simone, o falsario teria ido embora belo e formoso deixando o ‘peixe podre’ para meus conterrâneos.
Ah, um passarinho me disse que o picareta não agia sozinho. Ele devia ter pelo menos um comparsa que esperava por ele, de carro, nas imediações. Mas ele segurou a fita sozinho, assinou o 289 do CP e foi se hospedar no Hotel do Juquinha…