O crime em legitima defesa do patrimônio de terceiro aconteceu numa fazenda do bairro da Pontes na madrugada de ontem. O caseiro telefonou para o patrão que mora em campinas e contou que foi arrancado dos braços de Morfeu com o guaiú da cachorrada e ruídos vindos da casa sede da fazenda. Armado com uma carabina calibre 20 ele saiu para defender o patrimônio do patrão e deparou com dois vultos na penumbra. Um deles atirou em sua direção sem contudo acertá-lo. O caseiro então teria dado um tiro na direção do assaltante, derrubando-o ao chão enquanto o outro fugiu numa motocicleta deixando o moribundo trás. Ao constatar que o assaltante estava morto, o caseiro informou o caso ao patrão e dobrou a serra do cajuru – ou seria do Morro Pelado? – para fugir do flagrante.
Chamada pelo fazendeiro a policia militar esteve de manhazinha na fúnebre fazenda onde constatou que o assaltante morto com apenas um tiro de cartucheira entre o peito e a costela, sem nenhuma identificação, tinha com ele alguns pertences recém furtados da sede.
No dia 18 de setembro de 2006 o caseiro Henrique do Santos Marques – ver ; Meninos que vi crescer, “O Justiceiro do Recanto das Margaridas” – também chamou seu patrão Alfredinho na fazenda em que trabalhava no bairro Pouso do Campo e contou historia semelhante. Em seguida dobrou a serra do cajuru para não me dar entrevistas. Não adiantou. Menos de vinte quatro horas depois, eu e os companheiros Kleber e Benicio já havíamos desfeito toda a farsa e trancafiado o “Justiceiro” no novo Hotel Recanto das Margaridas. O assassinato a pauladas e facadas acontecera após desentendimento entre Henrique e outros dois amigos que passaram toda a tarde nos braços de Severina do Popote.
Será que a historia do caseiro de Monte Sião aconteceu mesmo como ele contou ?!?!?