A bela jovem morena, quase mulata, labios carnudos, dona de um corpo escultural, moradora do velho Aterrado, não teve nenhuma dificuldade para multiplicar a raça. Difícil era prover a prole sem estudo, sem profissão e sem marido.
Para criar o casal de crianças de 2 e 3 anos de idade, Claudete se virava. Na verdade ela virava, ou melhor rodava… a bolsinha na perimetral. Num desses programinhas de 10 reais numa quebrada qualquer da soturna avenida, a morena-mulata viu a chance de encher a despensa de casa por vários meses, de uma tacada só; o cliente estava com a guaiaca recheada. Depois do “bem-bom”, passou a mão leve na sua carteira; 1,3 mil reais e dobrou a serra do cajuru. Quando chegava sorrateira em casa no final da madrugada, nas proximidades do Sesi, o cliente furioso chegou também trazendo com ele os homens da lei. Claudete devolveu o dim-dim, recebeu pulseiras de prata, assinou o 155 e foi se hospedar no velho hotel da Silvestre Ferraz.
A esta altura já tinha tres filhos. Dois em casa e um no ventre…
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