Você desconfiaria que um discreto casalzinho de adolescentes com um bebezinho no colo estaria levando drogas e munições na bolsa do rebento? Ha dez anos atrás, não, mas hoje em dia, no amor, na guerra e no trafico… vale tudo. Até misturar barangas de pedra bege fedorenta ou erva maldita nas fraldas, mamadeiras, babadores e chupetas do bebezinho para ludibriar os homens da lei.
Com o sol ainda alto banhando os cafezais, ruas e jardins da cidade de 38 mil habitantes, abençoada por São Francisco de Assis, os irmãos S.A.R., 18 anos e C.M.R. 15 anos, desfilavam belos e formosos pelas ruas do centro quando foram abordados pelos policiais. Ao ver a casa desabando, a pirralha que fingia ser mãe, tentou vazar, mas enroscou-se nas malhas da lei. Na bolsa do bebezinho, ao invés de mamadeira de Nan ou potinhos de papinha Nestlé, levavam mais de quarenta barangas de crack e cocaína e uma dúzia de munição calibre 38. O jovem S.A.R. tentou empurrar a droga para a irmãzinha inimputável, mas não ‘colou’. Desceram ambos com pulseiras de prata para a DP e assinaram o 33. Ela voltou para casa acompanhada de uma conselheira tutelar, com o inocente traficantezinho de fraldas no colo. Ele foi conhecer por dentro o velho hotel Menino da Porteira