Eletrizante, sufocante, aguerrido, dramático, heróico… Qual destes adjetivos pode ser usado para definir o jogo Vasco x Universitário ontem à noite em São Januario? Todos. Teve tudo isso e ainda uma chuva de gols e algumas pancadas…
O torcedor cruzmaltino que entrou no estádio roendo unhas, já que o time tinha que vencer por três gols para eliminar o adversário, sentiu que o coração iria sair pela boca quando um chute adversário, despretensioso, de longe resvalou no ídolo Dedé e pegou Fernando Prass no contrapé, virando o jogo para 2×1 para os gringos. Agora o vascão tinha que fazer mais quatro para continuar sonhando com a Sulamericana…
Parece que foi justamente a raiva de Dedé pelo azar de ter provocado o gol do adversário que o empurrou para frente e fez dele o herói do jogo. Ele virou atacante e empurrou o time para cima do adversario. No mesmo minuto da virada Elton empatou a partida. Dez minutos depois, com ajuda do goleiro visitante Dedé foi à linha de fundo e bateu forte para virar o placar. Aos 27 m ele fez mais um de cabeça ‘à la beija-flor Dada Maravilha’, – ‘paradinha no ar, queixo no ombro e bola na rede’ – gol de rara beleza plástica, por sinal. Aos 36 e meio do segundo tempo o Vasco com um jogador a mais chegou ao quinto e necessário gol da classificação com Alecsandro desviando de bico de botina a cabeçada de Dedé. O Vasco do presidente e idolo Roberto Dinamite continuou mantendo 70% da posse da bola. Aí foi só gastar os últimos 12 minutos ensebando e fazendo firula.
Não foi um grande jogo… mais foi histórico. É Brasil na semi-final da 10ª Sulamericana com apenas um titulo.
Melhor do que isso, só se o adversário de 5×2 fosse argentino…