Há pouco mais de um ano, L.C.G.D., 25 anos e João Pedro Bonifacio, 28, resolveram juntar os trapos e foram morar juntos no bairro Morbidelli, em Extrema. Nos primeiros meses era “só Love”… Se a lua se escondia atrás da nuvens;
– … É de ciúmes de você meu amor – Diria ele todo meloso.
Não demorou muito o romantismo deu lugar a ofensas, aviltamentos e dor. Desde o inicio do ano, se a lua se esconde atrás das nuvens…
– É porque vai chover, sua burra!
E vem tempestade…!!!
L. disse que vem suportando calada as ofensas e agressões do amasio, com vergonha da sociedade, para não expor seus problemas conjugais. Por isso nunca denunciou João Pedro à policia. Ontem também não denunciaria, se vizinhos não tivessem chamado os homens da lei.
O casal estava no evento “Moto Fest”, quando sem motivos aparentes o amasio começou a desfiar o rosário de ofensas chulas e infames, chamando-a de vagabunda, dizendo que ela ‘dá para todo mundo’ e outros impropérios que, convém poupar o leitor. Das vias de fato passou aos fatos… Desceu o borralho na cara-metade, desta vez em publico. Amigos do deixa disso puseram fim ao vexame e L. se afastou do local no carro de um amigo comum do casal. João Pedro foi para casa.
Meia hora depois vizinhos chamaram a policia, pois acharam que havia alguém arrombando e destruindo a casa de João Pedro. E havia mesmo, mas era o próprio João Pedro Bonifacio. Ele havia arrombado a porta da casa e estava destruindo tudo.
– Só ficaram as lâmpadas – disse L. mais tarde.
– Eu perdi as chaves… – Disse ele à policia, que foi embora.
Quando o carro do amigo parou defronte a casa, antes de L.descer, João Pedro saiu, só de camiseta, com o resto todo do corpo à mostra e tentou surrar a companheira. O carro seguiu alguns metros e L. foi se refugiar na casa de vizinhos, enquanto o amigo comum, apavorado, para preservar a amizade – se é que dá para ser amigo de alguém assim! – foi embora, denunciar o fato à policia.
Já que estavam na delegacia, finalmente L. C. criou coragem e ‘chamou’ Maria da Penha.
João Pedro, o destemperado, sentou-se ao piano do delegado de plantão de Pouso Alegre, assinou o 147, pagou três salários de fiança e voltou para Extrema. Não se sabe para onde, pois L. C. quer distancia dele… Pelo menos 200 metros…!