Pouco mais de 20% das vitimas de crimes contra o patrimônio, conseguem recuperar a rês furtiva. Elivelton Paulo Brandão, 20 anos é um destes felizardos. Ele estava suado, malhando o corpo numa academia da cidadezinha de Bom Repouso, capital da batata, ao pé da noite desta segunda 13, quando os policiais chegaram e avisaram;
– Sua casa foi roubada…
Antes que ele ordenasse os neurônios para fazer a primeira pergunta, os policiais emendaram;
– Mas nós prendemos o ladrãozinho!
E era ladrãozinho mesmo! Pelo menos no tamanho. Embora já tenha idade para furtar e sentir a mão pesada da lei.
Murilo Freitas da Silva, que no dia 24 do mês passado completou 18 aninhos, tem o porte físico ainda menor do que sua idade. Talvez por isso ele seja tão ágil. Sabendo que seu vizinho estava na academia de ginástica e sua casa estava por conta do Abreu, foi até lá, fazer uma faxina. Pulou um muro de dois metros de altura, amassou as pontas de lança da grade do portão, arrombou a porta da cozinha e furtou um home theater com caixas acústicas e um computador. Colocou tudo em um saco e saiu de fininho em direção a uma boca de fumo, onde pretendia trocar a rês furtiva por drogas.
Teria sido um crime perfeito… Se não fossem os olhos atentos e sorrateiros de amigos ocultos da lei que a tudo assistiam e chamaram os ‘zomi’…
Antes de chegar ao intrujão que compraria os objetos furtados a preço de banana, o pequeno gatuno recebeu as pulseiras de prata.
Tão novinho, tão pequenininho, tão ágil para galgar muros e quintais… e tanta liberdade jogada fora. Um furto qualificado que redundou em lucro zero, vai lhe garantir de 2 a 8 anos de estadia gratuita no hotel do contribuinte…
Bem, é o que diz a lei. Mas como o gatinho é primário, pois mal acabou de completar dezoito anos, antes dos vinte estará nas ruas… Com mais seis vidas de gato para gastar!