João “Patrola” mata a ex-mulher e tenta suicidar em Estiva

      Ele passou dias remoendo o ciúme e afiando a faca até criar coragem para matar a ex-companheira. O objetivo era morrer também… mas faltou força.

 

A historia do lavrador João Augusto de Andrade, o popular e alegre João Patrola, morador de Estiva, merece um centavo de reflexão. Ele foi casado com Maria Silvina de Andrade durante 32 anos. Há pouco mais de ano se separaram por vontade unilateral, dela e ele não se conformou. Continuaram morando a cinqüenta metros um do outro no bairro Pântano dos Teodoros, zona rural de Estiva. Neste período, João Patrola fez varias tentativas de reatar o romance. Numa delas, perdeu as estribeiras e prometeu matar a amada se ela não voltasse para seus braços. Deu B.O. e ela se afastou ainda mais, pois ninguém é de ninguém. Cada um é dono do seu nariz. Ninguém é obrigado a fazer o que o outro quer. Amor, afeto, carinho, amizade, não se compra, não se obriga, não se toma… Se conquista!

Na ultima sexta, Maria Silvina, maior de idade, vacinada, dona do seu nariz, foi com amigos ver os show de Paula Fernandes e Fernando & Sorocaba em Pouso Alegre… Quando soube, João Patrola se mordeu de ciúme. Ficou dias remoendo o despeito e a magoa. Ao final, decidiu por fim ao seu martírio.

A decisão foi trágica e romanesca. Lembra muito o desfecho do romance do casal “Jesus & Jacira”, cujo desfecho, durante a Missa do Galo no Natal de 56, na travessa Joaquim Bernardes, no centro de Pouso Alegre, eternizou o local como “Beco do Crime” – “A verdadeira historia do Beco do Crime”.

Patrola passou o dia ultimando os preparativos. Pegou uma faquinha tipo punhal, esmerilhou, afiou, amolou, esperou a ex-companheira chegar do trabalho. Às cinco e meia da tarde desta terça 31, foi à casa dela – ‘falar do seu amor, pra ela’ – para o ultimo encontro. O dialogo foi curto. Decidido, João Patrola cravou o punhal repetidas vezes na ex mulher. Saiu dali, foi até um vizinho, avisou o que fizera, voltou para o local do crime, deitou-se ao lado do cadáver e cravou o mesmo punhal no próprio peito!!! Doeu… João Patrola decidiu então abreviar a dor. Passou a lamina no pescoço. Doeu ainda mais. Perdeu a coragem…

Quando os policiais chamados pelos vizinhos, chegaram, a cena era romanesca… João Patrola, banhado em sangue, estava estendido no chão ao lado da ex-esposa morta.

Depois de passar pelo pronto socorro do Hospital Regional Samuel Libanio, João Patrola, 52 anos, com aparência de muito mais, sentou-se ao piano do delegado de plantão em Pouso Alegre, assinou o 121 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha…

… Lembra também, “Cabocla Tereza”…

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