Helicóptero voltava da reconstituição da chacina em Doverlandia, interior de Goiás, onde sete pessoas de uma mesma familia foram assassinadas no final de abril. O assassino confesso Aparecido de Souza Alves e os sete policiais morreram na queda
Foto: Benedito Braga/Jornal Hoje/Agência Estado
Um helicóptero da Polícia Civil de Goiás com oito tripulantes caiu nesta terça-feira, 8, próximo ao município de Piranhas, GO, e não deixou sobreviventes. A polícia informou que o suspeito de cometer o crime, Aparecido de Souza Alves, estava no helicóptero e também morreu no acidente.
A aeronave era utilizada na reconstituição da chacina de Doverlândia e fazia o trajeto de volta para a capital, Goiânia. Em abril passado, sete pessoas foram mortas em uma fazenda, a cerca de 330 km de Goiânia. De acordo com a Polícia Militar, o dono da propriedade, o filho dele, funcionários e amigos que visitavam o local foram assassinados a facadas. Dois corpos foram encontrados na sede da fazenda, próxima à GO-221, enquanto os demais estavam a cerca de 300 m de distância. O suspeito de cometer os crimes participaria da reconstituição.
Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de Goiás, morreram no acidente Antônio Gonçalves Pereira dos Santos, Superintendente da Polícia Judiciária, Jorge Moreira, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas, e Vinícius Batista, titular da Delegacia de Iporá.
Os peritos Fabiano de Paula Silva e Marcel de Paula Oliveira, e os pilotos Bruno Rosa Carneiro, Chefe-adjunto do Grupo Aeropolicial, e Osvalmir Carrasco Melati Júnior, Chefe do Grupo Aeropolicial, também estão entre as vítimas.
O Corpo de Bombeiros atendeu à ocorrência usando um helicóptero e as polícias Militar e Civil se dirigiram para o local do acidente (a cerca de 310 km) em seguida. De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Estado, apenas após levantamento pericial será possível divulgar oficialmente a causa do acidente.
Em nota oficial, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), lamentou a morte dos delegados e servidores da Secretaria de Segurança Pública e decretou luto oficial por três dias. “Goiás perde profissionais de altíssimo valor, ilibada reputação, reconhecida competência e notável valor humano”, diz a nota.