Suposto medico liga para os parentes do paciente e exige certa quantia em dinheiro para fazer exames ou cirurgia de emergência!
No dia 28 de julho, estava o cidadão Daniel Pedro de Lima quieto no seu canto na vizinha Congonhal, preocupado com a saúde do seu pai que estava internado no hospital, quando o telefone tocou. Quando o interlocutor se identificou como médico, e disse que era do Hospital Regional Samuel Libânio, seu coração disparou! E o suposto médico também disparou:
– Aqui é o doutor Clovis Machado… Seu pai vai precisar fazer uns exames de tomografia. Esses exames não são cobertos pelo SUS… É necessário que a família autorize e faça urgentemente um deposito no valor de R$ 1.500 reais na conta xxx, para que possamos prosseguir com os exames!
Preocupado, indignado, apressado, Daniel cobriu os dezesseis quilômetros que separam Congonhal do Hospital Regional em poucos minutos. Ao contar o fato na portaria do hospital foi informado pelo funcionário Pedro Pereira de Gouveia, que se tratava de um possível ‘golpe’.
– … Voce é a terceira pessoa que recebe um telefonema desses recentemente… Outras duas pessoas que tinham parentes internados aqui foram contatadas por um suposto medico através deste mesmo telefone. É golpe! Tem alguém tentando fazer uma cirurgia no bolso do Sr.. Seu pai está bem, e mesmo que precisasse fazer os tais exames, não é assim que funciona!
O caso foi parar na Delegacia de Policia de Pouso Alegre! E realmente não foi o primeiro. O delegado de Estelionato, Bruno Lopes, está com vários casos deste tipo! Nos últimos meses várias pessoas, parentes de pacientes internados no referido nosocômio, tem recebido telefonemas de um suposto medico pedindo depósitos em dinheiro em sua conta pessoal, ou de uma terceira pessoa, para realizar exames ou procedimentos médicos. Há casos em que as vitimas cairam no golpe!
No famoso golpe do “sobrinho do carro quebrado”, – que laias aconteceu nesta quinta-feira, 11 – ou no golpe do “falso sequestro”, o vigarista, geralmente um preso, do interior de um dos presídios da região nordeste do país, passa o dia tentando ‘pegar’ uma vitima, até que, depois de dezenas de tentativas, encontra uma aleatoriamente que cai no golpe!
No “golpe da cirurgia”, no entanto, a vitima é especifica! A vitima de fato tem um parente internado no hospital! Como é que o vigarista sabe disso?
Essa é a pergunta que o zeloso delegado de estelionatos também está fazendo! Ele quer saber como o telefone do parente da vítima foi parar na agenda do vigarista!
– A pessoa que se faz passar por medico, é pessoa bem próxima da vitima! Ou então, alguém que tem acesso à ficha do paciente! Talvez alguém do próprio hospital… – conjectura o delegado! – e deixa um alerta básico!
– Se você receber uma ligação qualquer exigindo deposito em dinheiro para custear exames ou tratamento médico, procure a direção do hospital… Ou, a delegacia de polícia! – diz ele.