Ele aproveitou-se da amizade com a família e da instabilidade emocional da garotinha de 15 anos para atraí-la à sua casa e estuprá-la.
Foi preso no final da noite de ontem o cidadão Joaquim Claret Lopes, de 61 anos, acusado de ter estuprado a adolescente D., depois de atraí-la à sua residência no centro da cidade, através de um telefonema, ameaçando matá-la.
Parece mais a figura obsoleta do crime de sedução – que hoje coincidentemente tem o mesmo numero de artigo no remendado Código Penal. Joaquim é amigo – mui amigo!! – da família da garotinha desde tempos imemoriáveis. D., hoje com 15 anos, é “menina que ele viu crescer” dentro de sua casa, jogando vídeo game com seus filhos – o caçula tem atualmente 17 anos e há vários não fala mais com a amiguinha. Com a adolescência a garotinha que ainda não atingiu um metro e sessenta de altura, adquiriu corpo e feições de mulher e despertou o interesse sexual do pedófilo, que poderia ser seu avô. Desde o ano passado Joaquim vem assediando a garota, insistindo em praticar sexo com ela, ameaçando matá-la caso ela o rejeite ou conte para os parentes.
– Faz uns seis meses ele me estuprou pela primeira vez na casa dele… Meu pai é ausente, minha mãe está internada no hospital há muitos anos. Eu moro com minha tia. Eu contei para ela, me levaram no hospital e fiz exame mas o medico falou que eu tenho hímem complacente, por isso não houve rompimento e ele não foi preso. Ninguém acreditou em mim – Contou-me a menina que mora no centro com a tia de 19 anos e cursa o primeiro colegial.
– Ele continuou me assediando… Ontem à noite ele ligou para o meu celular, ta aqui a chamada, pode ver – mostrou a garota. O celular estava com minha tia, ela viu a chamada. Depois eu retornei a ligação. Ele falou para mim ir na casa dele senão ele me matava. Quando eu cheguei lá ele me levou para o quarto e me estuprou. Minha tia foi lá me procurar, ele me mandou esconder no banheiro. Dez minutos depois Joaquim me colocou no carro dele e pediu para eu me abaixar no banco. Quando ele foi virar a esquina perto do Alvorada minha tia viu e me tirou do carro… Ele deu desculpa que eu tinha ido na casa dele jantar e foi embora… – completou serena a garotinha que ontem à noite mesmo foi submetida a exames médicos e coleta de material que comprovam o crime.
Antes de sentar-se ao piano do delegado Bruno Pereira, Joaquim Claret jurou-me de pés juntos que é inocente. Diz ele que está sendo vitima de uma armação;
– Eu sou amigo da família. A menina vai lá em casa toda hora, comer… Eles estavam me seguindo na rua.
Inocente ou não o ‘tiozinho’ com pinta de vovozinho assinou o 217 e foi se juntar a outros 530 ‘inocentes’ no Hotel do Juquinha.