A mulher encontrada boiando no Rio Mandu na manhã desta terça é a ex-presidiaria Márcia Aparecida da Silva, de 31 anos. Ela foi reconhecida inicialmente por moradores do Aterrado e posteriormente pela policia civil em cujo álbum já ocupou lugar de destaque.
Márcia veio ainda jovem e bela de Brazopolis, trabalhar como garota de programa na boate da Neidinha, no bairro Canta Galo, no começo da década passada. Chegou a ser uma das garotas mais procuradas pela sua beleza plástica. Na ocasião ela conheceu Jade, uma das mais famosas distribuidoras de drogas do velho Aterrado…. E conheceu também a famigerada pedra bege fedorenta.
Com a mudança de direção da Boate e já dependente da droga, Márcia deu uma guinada total na vida … ‘saiu do armário’. Foi viver como “companheira” da traficante. Jade, embora esteja no nefasto ramo de distribuição de drogas há mais de uma década, só enroscou-se na malhas da lei me 2007. Levou com ela a namorada Márcia Aparecida. Dividiram as agruras de um sombrio e malcheiroso apartamento do velho hotel da Silvestre Ferraz com outras tantas traficantes, quase todas do mesmo bairro.
Retomaram a liberdade física em 2009, mas continuaram presas às drogas, consumindo e distribuindo. No final de 2010 Jade tornou a cair nas malhas da lei. Ela era um dos vinte e quatro braços fortes da toda poderosa Mara, que também rodou e hoje se hospedam no Hotel do Juquinha.
A bela Márcia, que já não era mais tão bela assim, embora continuasse “companheira” de Jade, ficou de fora da operação. Antes tivesse sido presa. Só, sem lenço, sem documento, sem dinheiro e sem os atrativos que a levaram a ser uma das garotas mais cobiçadas da boate da Neidinha, Márcia desandou de vez no crack, até morrer na madrugada de terça.
Segundo ex-usuarios que procuravam informações ontem à tarde no IML, Márcia foi assassinada a pauladas por outros nóias, a mando de traficantes, pois ela não tinha mais utilidade para o trafico.
– Ela era um fardo para eles. Estava um bagaço, não servia para mais nada… ‘Eles arrastaram ela’ para baixo da ponte, deram pedra pra ela ficar na nóia, depois deram uma paulada na cabeça e jogaram no rio… – Disse uma ex-usuaria que há meses vinha tentando tirá-la das drogas e queria ao menos dar-lhe um enterro digno.
A policia ainda não tem os detalhes da morte da ex-presidiaria, encontrada com lesões na cabeça. Se esta versão se confirmar, a morte da ex-prostituta terá sido o segundo homicídio do ano em Pouso Alegre… antes do final de janeiro.
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Pena que uma acabe desta maneira