“Dinheiro ao mar…” para comprar votos

      Outro dia a VEJA trouxe uma materia sobre a inauguração ‘caça-votos’ do petroleiro João Candido, no porto de Suape em Pernambuco. O gigantesco navio foi inaugurado com toda pompa e alarde no dia 7 de maio de 2010, com a presença, é claro, da então candidata petista Dilma Rousseff à presidencia da Republica. Era o primeiro navio petroleiro construido no Brasil em 14 anos, ao custo de 336 milhoes de reais – dobro do preço de mercado, porque será –  aos cofres da Petrobras – nossa companhia – o gigante poderia transportar até 1 milhão de barris de petroleo atraves dos continentes. Poderiiiiia, pois foi inaugurado com soldas defeituosas e tubalaçoes que mal se encaixavam. Corria o risco de se desfazer em alto-mar. Mas foi inaugurado assim mesmo, afinal, poderia trazer muitos votos à canditada da situação. Tudo não passou de teatro. Tão logo a fumaça do foguetorio se dispersou e o som dos discursos se perdeu, o imponente petroleiro voltou para o estaleiro para ser refeito sem nunca ter sido feito. Dezessete meses depois, com dona Dilma ja confortavelmente instalada em seus palacios em Brasilia – outro dia fui jogar moedinhas no aquario dela no Palacio da Alvorada. A foto que abre este blog não me deixa mentir – o petroleiro de quase meio bilhão poderá finalmente ir pro mar.

       O teatro do petroleiro João Candido lembra outro parecido em terras manduanas no ano passado. Mesmo ano eleitoral, a administração de Pouso Alegre do mesmo partido,  estendeu faixas e cartazes desde a saida da perimetral até o trevo da Fernão Dias, anunciando a tão sonhada duplicação da velha ponte sobre o Rio Sapucai, na BR 459. Montou barracas de acampamento, amontoou pedras, pedregulho, concreto e peões  em frente a boate da Arlete, reuniu politicos, imprensa e puxa-sacos, atrapalhou bastante o escoamento do transito no local e modificou o traçado de um trecho da rodovia antes da chegada ao trevo – não tenho valores da obra. Ficou um pouco mais segura, mas muita gente da mudança do retorno que ficou mais longe. Ja a propalada ponte sobre o velho rio… não ganhou nem uma mão de tinta. Continua tão carcomida e perigosa quanto antes. Os unicos a mexerem nela são os veiculos que de vez em quanto esbarram perigosamente em seus ‘guard-rails’. Mas não se precupem meus estimados leitores, ano que vem teremos eleiçoes municipais. Certamente a velha ponte voltará a ser a estrela da vez… nem que seja para receber faixas e cartazes… e arregimentar alguns votos.  

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