O cidadão Wagner Magalhães Junior, 26 anos, trabalhou como terceirizado na empresa Nova Era Consultoria e Serviços na cidade de Extrema. Inversamente ao crescimento da cidade que mais desenvolveu no Estado de Minas nos últimos dez anos, Wagner não cresceu. E pior, quando foi fazer o acerto de contas, não tinha um centavo para receber, pois havia retirado tudo em ‘vales’. Aborrecido ele comentou em tom de brincadeira com a contadora que fez sua rescisão contratual;

– Pôxa… trabalhei de graça para voces.

     Só faltou dizer; “ … mas isso vai custar caro”.

     Quase custou mesmo!!!

     Mais tarde Wagner voltou à empresa para buscar o dinheiro que achava que tinha direito. Mas voltou com uma mascara no rosto e um amigo com um revolver na mao e trouxe até uma sacolinha para levar a bufunfa. Wagner empurrou a mesma funcionaria para um cômodo do escritório e com o revolver encostado na sua jugular, obrigou-a a colocar o dinheiro do cofre na sacolinha. Talvez aborrecido com sua dureza no acerto de contas, resolveu levar também os trocados que ela tinha na bolsa e seu celular.

      Apesar de estarem ambos com mascaras no rosto, este foi o roubo mais facil de apurar que a policia de Extrema ja registrou. Wagner voltou à empresa para assaltar, com a mesma calça, mesma camisa e mesma voz que fizera a rescisão uma hora antes com a mesma contadora. Para completar o fiasco, Maicon usava uma das cinco camisas roubadas da loja de uma uma funcionaria da empresa, no inicio do mes, ja reconhecido pelas cameras da loja!!! Assim até as crianças da escolinha da esquina os reconheceria.

       Quando os homens da lei bateram à sua porta uma hora depois, eles ainda tentaram galgar muros e quintais mas tropeçaram e caíram nas malhas da lei. 

      Os quase 4.500 reais da empresa e outros 200 e poucos da contadora que viu o cano frio do trezoitão roçando seu pescoço, estavam debaixo do banco do carro de um  deles junto com o celular. O trabuco municiado estava na cinta de Maycon que não se arriscou a sacá-lo. Wagner e Maycon os assaltantes portugueses de Extrema sentaram ao piano do delegado de plantão de Pouso Alegre, assinaram o 157 e voltaram para o velho hotel de Extrema.