O caminhoneiro Ladir Francisco da Silva, morador de Coqueiral, na região dos Lagos, era um daqueles cidadãos que não se decidia o que queria da vida… não em termos de mulheres pelo menos. A indecisão custou-lhe a vida. Ele fora casado, descasou, tornou se casar, descasou novamente e outra vez se juntou, agora com Alessandra da Silva, cabra arretada e ciumenta que não aceita bola dividida. Parece que ele tinha alguma pendenga com a primeira ex-esposa, ou estava arrependido da escolha, pois no domingo, aproveitando que havia festa na cidade vizinha de Santana da Vargem, foi lá festar e aproveitou para se encontrar com a ex-cara metade. Só que a atual também foi à festa. Estavam no interior do carro dele, discutindo aguas passadas, quando Alessandra chegou e rodou a baiana. Em meio ao trololó, a preterida de 23 anos sacou um punhal e cravou no peito do amasio. Um golpe só e foi o suficiente para por fim à indecisa vida conjugal de Ladir. O caminhoneiro de 48 anos teve tres filhos com a primeira e um com a segunda esposa. Com a assssina de 23 anos não deixou nenhum orfão.
Em julho passado, Alessandra apontou um revolver calibre 22 para ao companheiro e disse com todas as letras que se ele a deixasse, ela o mataria. Parece que Ladir não levou a ameaça a serio. Embora tenha cometido o crime premeditadamente Alessandra não se preocupou em dobrar a serra do cajuru. Caiu nas malhas da lei logo em seguida e ao sentar-se ao piano do delegado de plantão de Varginha, contou que matou o amasio para não perdê-lo para a rival. Como não tinha antecedentes, a homicida assumida assinou o 121, pagou fiança e voltou para casa para aguardar o julgamento em liberdade.