Os cães já haviam comido parte da criança!
Vocês se lembram do caso em questão?
Então releiam o post publicado no dia 02 de novembro…
“O fato quase macabro aconteceu na pequena Bom Repouso, terra da batata e dos ‘Brandões’, a cerca de 40 quilômetros de Pouso Alegre, no final da tarde dessa terça, 01.
Quando fazia o trabalho de aterro no lixão da cidade, que fica no bairro dos Brandões, os operadores das maquinas perceberam uma grande agitação de cães brigando pela disputa de alimentos e resolveram parar as maquinas para verificar o que havia despertado tanta cobiça nos cachorros. E viram abismados que eles disputavam o corpo de um bebê recém-nascido! A cabeça do neném, que saia de um saco plástico, já havia virado café da tarde dos cães do lixão! O que restou do débil corpinho foi recolhido e entregue à funerária que o encaminhou ao IML de Pouso Alegre.
A princípio, não é possível afirmar se o corpinho descartado no lixão é resultado de um aborto, ou de infanticídio cometido pela mãe em estado puerperal. Qualquer que seja o crime, no entanto, se foi cometido no município de Bom Repouso, a autora que coloque as barbas de molho, pois nos próximos dias ela receberá a visita dos homens da lei!”
E recebeu mesmo…!!!
Há certos crimes que despertam a ‘cobiça’ dos policiais! Cobiça de correr atrás até encontrar o criminoso e apresenta-lo à justiça! O crime capital contra criança ou recém nascido, é um deles. Se a polícia tiver o fio da meada, dificilmente irá abandoná-lo sem chegar ao assassino.
Foi isso que o escrivão de polícia Luciano Finamor, da delegacia de Cambui, circunscrição à qual pertence o município de Bom Repouso, fez. Arregaçou as mangas e foi à luta. Subiu a serra e não demorou chegou à pessoa de Alessandra das Virgens Soares – vejam que nome sugestivo para quem faz um aborto ou mata um recém-nascido! -, recém-chegada da Bahia à terra da batata. Segundo apurou o abnegado policial sem farda, a baiana chegou à cidade dos Brandões, … ‘de barriga’! De ‘barriga’ grande! E dias depois a barriga murchou!!!
Ao sentar ao piano do paladino da lei em Cambui, a baiana jurou de pés juntos que era inocente!
– Óxente, mineirinho… Eu tenho três filhos que amo por demais e crio na graça de Deus … mais um eu ia amar do mesmo jeito! Mataria meu bebezinho, não!
– Mas e a barriga grande…?
– Eu estava gorda. Fiz regime, ‘meu rei’ – explicou com fingida indignação pela implícita acusação.
Dona Alessandra, 34 anos, mãe de um filho de 12, outro de 10, e outro de 8 anos, foi examinada no IML de Pouso Alegre. O exame não pôde afirmar se ela havia abrigado um bebezinho no útero até poucos dias atrás… Mas também não pode negar! E depois de um tete-a-tete com a medica legista, – que também é policial – a dona da barriga também não pôde mais negar! Orientada sobre as consequências de tentar tapar o sol com a peneira, Alessandra disse que iria pensar no que dizer ao delegado de Cambui!
Pensou, pensou, pensou, e resolveu contar o que até as criancinhas da creche de Bom Repouso já sabiam… O bebezinho encontrado sem cabeça jogado no lixão de Bom Repouso, havia, de fato crescido na sua barriga! Só não contou os detalhes… Não explicou se o bebê nasceu morto ou vivo! Não explicou como o débil corpinho sem vida foi parar no lixão! Afinal de contas, nenhum cidadão brasileiro é obrigado a produzir provas contra si… E a policia não pode obrigar ninguém a falar! De qualquer forma, o tirocínio policial do escrivão, corroborado com a sutileza do interrogatório e orientação da legista, levou a baiana a confessar e esclarecer o encontro do bebê nas garras dos cães rasga-sacos no lixão.
E quanto à punição da mãe que jogou o bebezinho no lixo?
Bem… Aí já são outros quinhentos!
A mãe, que depois de nove meses jogou o rebento no lixo… como se fosse um lixo! Só confessou o crime por que estava presa… ‘temporariamente’! A prisão tinha prazo de validade: 5 dias. Depois de esclarecida a autoria do crime, o douto delegado da comarca pediu a prisão preventiva da criminosa. O despacho do homem da capa preta não saiu dentro dos cinco dias! Por isso, como manda a lei, a suposta assassina foi colocada em liberdade.
Nos próximos dias, caso o Homem da Capa Preta defira o pedido de Prisão Preventiva, o escrivão subirá a serra da batata munido do competente ‘mandumus’ para apresentar as pulseiras de prata à mãe do bebê jogado aos cães no lixão. Mas, desta vez, só o pó! A baiana Alessandra e seus três filhos já desceram a serra, de taxi, e dobraram a serra da Cambuava!
Apesar da eficiência da polícia, graças à ineficiência da lei, o crime – provavelmente – ficará sem punição.
Amigo Airton, apenas uma observação, a serra que leva os Cambuienses em direção a SP chama-se Serra do Canguava.
Obrigado por mais um texto esclarecedor.
Parabéns pelo blog!
Obrigado Junior… A anos venho me referindo a sobredita serra, tão presente em boletins policiais como “Serra da Cambuava”! Se você não me corrigisse, certamente eu continuaria a dar-lhe o nome nome errado! Doravante chamarei a famosa serra, palco de tantas acidentes de transito e de tanta preocupação para os motoristas que por ela trafega – onde passei na ultima terça feira à caminho do aeroporto de Guarulhos, – de “serra da ‘Canguava'”. abraços.
“Há certos crimes que despertam a ‘cobiça’ dos policiais! Cobiça de correr atrás até encontrar o criminoso e apresenta-lo à justiça! O crime capital contra criança ou recém nascido, é um deles. Se a polícia tiver o fio da meada, dificilmente irá abandoná-lo sem chegar ao assassino.”
Todo e qualquer crime deveria despertar a “cobiça” dos policiais!