A policia militar foi chamada à rodovia MG 456, no bairro Pitangueiras, município de Heliodora ao pé da noite deste domingo, 27, por uma garota de 17 anos que se dizia ameaçada com armas pelo cidadão C.S.M.J. Ao chegar ao local ermo da estrada os policiais depararam com três adolescentes aventureiros; Amanda, Tayná e Eduardo. Segundo Amanda, ela fora ao local a convite do sitiante para ‘curtir uma piscina’ com a promessa de que ele as levaria de volta para Pouso Alegre no final do dia, mas nada saiu como o combinado!
– Eu estava na minha casa no meio da tarde quando meu amigo C. chegou e me convidou para ir com ele comprar uma mesa de bilhar para levar para o sitio. Ele perguntou se eu não conhecia alguma garota que estivesse a fim de curtir uma piscina no sitio! Aí eu liguei para minha amiga Amanda e ela ligou para Tayná e fomos todos juntos para o sitio em Heliodora… – Contou Eduardo.
– Quando chegamos ao sitio o C. ofereceu bebida pra gente, tirou a calça e ficou só de cueca e mostrou duas pistolas… uma na parede e outra na estante – Contou Tayná.
– O combinado é que ele levaria a gente de volta para Pouso Alegre às sete da noite! Mas depois ele mudou de ideia e falou que era pra gente passar a noite lá no sitio. Nessa hora eu comecei chorar e ele falou pra eu voltar à pé … – contou com ingenuidade e revolta a garotinha Amanda.
Ao adentrar o sitio para averiguar a denuncia de posse de armas – teoricamente único crime palpável por ali – os policiais confirmaram as alegações do trio de adolescentes… C. estava na varanda, de camiseta e cueca! Na estante da sala repousava placidamente uma garrucha polveira do “tempo do zagais” – salvo engano, a mesma usada por Pedro Alvares Cabral para amedrontar os silvícolas quando desembarcou no Brasil em 1.500! – e outra garruchinha Rossi 22, de dois canos, enfeitando a parede.
Apesar da fragilidade e talvez ineficácia das armas, ainda assim elas se enquadram na lei 10.826. Por isso C. S. – depois de vestir uma calça – desceu para a Delegacia Regional de Pouso Alegre para assinar o 16. Como as sobreditas armas – provavelmente herdadas do bandeirante Francisco Lustosa, fundador de Silvianopolis em mil setecentos e bolinha – estão com a numeração raspada, o delito não comporta fiança! Diante de tal conjuntura C.S.M.J., 57 anos, deixou o conforto de seu sitio no bairro Pitangueiras e foi se hospedar no Hotel do Juquinha… Sem o amiguinho Eduardo e suas amiguinhas de 17 anos!
… E olha que a estória das pistolinhas com as garotinhas ainda pode soltar mais chumbo…!!!
A arma maior não parece uma garrucha, e sim um bacamarte.
Deve ser mesmo McCaco… Acho que essa era a arma do “Simão Bacamarte”, que vi num desses clássicos da literatura de Jose de Alencar ou Machado de Assis…!
Abraços.
Airton não é a primeira vez que o Sr. Celso faz isso, pelo menos agora não faz mais! 🙂