Tem mulher que parece ter nascido para tomar manguara! Pelo menos é o que pensa o cidadão Renato Aparecido de Moraes, 28 anos, morador da pequenina Toledo, incrustada na Serra da Mantiqueira, perto de Extrema. Ele está casado com a jovem M. de O. Simas, 19 anos, há 7 meses e há 4 meses fez dela gato & sapato.
Na ultima sexta feira, depois de voltar de uma sessão de Umbanda, desceu o borralho na cara-metade. No sábado acordou a esposa às sete da manhã com socos, pontapés e puxões de cabelo. Questionado pela esposa aflita e chorosa…
– Porque você está me batendo?
Ele respondia apenas…
– Você nasceu para apanhar… Eu gosto de bater em mulher…!
Quando entraram no carro para ir à casa da mãe dele, Renato retomou a violência, esmurrando sua cabeça e apertando suas pernas, tentando bater em seus pés. Enquanto descia a manguara na esposa, Renato esbravejava, como se tivesse falando com alguém invisível;
– Tem que bater na cabeça e na sola dos pés, para não deixar marcas, senão pode ser preso…
Mas foi. Foi preso sim. Na DP M.O. contou que vinha recebendo pancadas há quatro meses;
– Ele me batia e dizia; “se eu for preso, vou é te matar”… Por isso não denunciei antes, com medo de morrer – choramingou a jovem esposa.
Batia e assoprava;
– Depois que ele me batia ele pedia desculpas, quase chorava. Falava que era espírito que deixava ele nervoso e desorientado… – acrescentou M.O.
Renato, numa atitude rara nos valentões, não negou a violência. Disse que bateu na esposa na sexta à noite e na manha de sábado puxou seu cabelo, tentou estrangulá-la e apertou suas pernas, mas justificou seu comportamento;
– Ontem eu fui a uma sessão de Umbanda… Os espíritos ‘me influenciaram’ a agredir minha esposa… – Disse ele.
O delegado de plantão no entanto, não se deixou influenciar pelos ‘maus espíritos’. Enquadrou o brucutu no 129 e arbitrou fiança em R$ 1.240 reais.
Por ora a violência está suspensa…