Mulher assassinada pelo namorado no Chapadão, morreu asfixiada

O delegado Gilson Baldassari, da Especializada de Crimes Contra a Vida da Delegacia Regional de Pouso Alegre, assumiu no inicio da semana as investigações sobre o homicídio e suicídio ocorrido na madrugada de sábado no bairro São Cristovão.

Acionados por vizinhos, os policiais haviam encontrado João Batista Dias enforcado numa linha da cozinha e no chão, o corpo da namorada Claudia Aparecida de Castro com ferimentos contusos nas costas, na cabeça e um golpe superficial de faca nas costas. Inicialmente se concluiu que João havia matado a namorada à golpes de marreta e se pendurado na corda.

A necropsia realizada pela medica legista Josiane Polini concluiu, no entanto, que Claudia morreu por asfixia por esganadura! Pelos sinais cadavéricos observados de acordo com a tanatologia, a legista concluiu também que ambos morreram muitas horas de serem encontrados pelos vizinhos. Talvez antes da meia noite.

Em seus depoimentos os parentes de João Batista levantaram a suspeita de que ele pode ser inocente da acusação de homicídio contra a namorada e que ele próprio pode ter sido assassinado, enforcado. Segundo eles, João e Claudia traziam o romance da adolescência. Apesar de ter cada um constituído sua própria família, nunca se esqueceram. Agora que estavam desimpedidos, se reaproximaram. No entanto, neste ínterim, João Batista teve um caso com uma mulher de São Paulo e a trouxe para morar com ele. Ao se reaproximar de Claudia, teria deixado-a ao desamparo. Ela e seus parentes, teriam motivos para se vingar de Claudia e de João Batista, segundo o filho dele.

Para o atento delegado, esta versão dos fatos é pouco provável, pois, se alguém quisesse matar João Batista, dificilmente usaria e conseguiria pelo ‘modus’ do enforcamento.

– Ninguém se deixa enforcar passivamente… No local do crime não havia vestígios de luta e o corpo do enforcado não apresentava qualquer sinal de amarras ou violência. No entanto, dentro do prazo de trinta dias que temos para concluir o Inquérito, continuaremos as investigações. Não descartamos a possibilidade, ainda que remota, de um duplo homicídio – afirmou Baldassari.

Como “caldo de galinha e repouso não faz mal a ninguém”, convém não fechar o caso – assevera o cauteloso delegado…

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