Hotel do Juquinha, de portas abertas… para as drogas

A primeira vez que falei do novo e imponente presídio de Pouso Alegre e o batizei de “Hotel do Juquinha”, quando de sua inauguração em 2009, embora não tenha sido convidado para ver a fita vermelha ser cortada, me referi ao complexo prisional como clinica de tratamento de drogados – a gente tem cada sonho !!! – pois se meliante viciado em drogas ficar dois, três, quatro anos em abstinência total de drogas, ele pode se curar. E, atrás das grades, espera-se que os entorpecentes não cheguem. Vã esperança!!!

O primeiro capitulo da historia do Hotel do Juquinha foi marcado pela truculência, brutalidades e outras violências. Os carrascos da administração passada tomaram um bico no traseiro…

O segundo capitulo, ainda curto, já tem marcas de podridão no combate ao trafico de drogas e de objetos proibidos em seu interior. Outro dia ouvi agente comentar, que a circulação de aparelhos celulares no interior do presídio era tanta, tão fácil e corriqueira que os hospedes mais abastados estavam competindo para ver quem tinha o aparelho mais moderno. Ontem ouvi um policial dizer que no garboso Hotel do Juquinha, com quase 600 hospedes, começando aparecer os puxadinhos para aumentar o espaço, um aparelhinho pode custar R$ 3 mil reais. Será? Ouvi também que a atual administração, contraria à cara feia da anterior, ‘abriu as pernas’… liberou a entrada de eletroeletrônicos e outros bichos – lícitos. Porém, enrustidos nos objetos lícitos, os ilícitos escapam ou dificultam sua fiscalização.

Concomitantemente à fiscalização, que pode ser displicente ou conivente, há aqueles agentes penitenciários que abraçaram o emprego exclusivamente para atuar na traficância, ou mais propriamente, há aqueles bandidos que conseguiram emprego no presidio, para fomentar o trafico e atender sua seleta clientela. E antes que os inúmeros colegas, conhecidos e amigos honestos e dignos que ali trabalham que é imensa maioria, me atirem farpas, vou usar deixar claro; estou falando da banda pobre, dos maus profissionais que existe em todo lugar, do joio que existe em todo trigal.

       Mas deixemos de prosorio, afinal o assunto ainda vai dar pano para manga. Vamos aos motivos que nos trouxeram aqui.

Uma equipe de agentes do setor de inteligência do próprio Hotel do Juquinha fez uma varredura em duas celas ontem no final da manha. Na 24 acharam  23 barangas de maconha, quatro chips, bateria e carregador de celulares, com os detentos Christopher Rodrigues Santana e Vagner da Silva. No apartamento 27 havia 41 barangas de cannabis sativa de Linneu e 4 chips, com os presos Leandro Rodrigues dos Santos, Reginaldo Nunes Rosa e  Rondisley Pereira da Silva.

A droga e objetos ilícitos encontrados no interior das celas, tem as mais estapafúrdias procedências; um achou no corredor, outro achou no pátio do bando de sol, outro trouxe de outra cadeia… Teve um que recebeu as barangas de um disco voador e outro através de mágica… Cortam o pescoço – do vizinho – mas não caguetam o fornecedor.

Bem, os presos, detentores de extensa capivara, continuarão presos, sem as drogas e os chips. Mas fizeram um pequeno tour pela cidade, para assinar mais um 33 na DP.

Que merreca de droga!!! Será que todas as celas foram vistoriadas???

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