A cabeleireira Maria Aparecida de Barros, 54, estava quieta no seu canto, na rua Maria Aparecida de Jesus, no Chapadão, quando uma viatura da PM parou na porta do salão. Os homens da lei não queriam retocar o penteado, a maquiagem ou as unhas… Eles queriam fazer uma visita à sua casa, pois segundo levantamentos e informações de amigos ocultos da lei, nas horas vagas, Cida, além de fazer chapinhas costuma deixar os nóias do bairro ‘chapados’. Autorizados pelo homem da capa preta deixaram a casa da Cida parecendo a “casa de mãe Joana” e acharam num armário externo da cozinha, apenas o cheiro da erva marvada. Num armário do quarto acharam uma garruchinha 22 e 52 munições correspondentes. Se a maconha era pouca para enquadrar dona Cida, a garruchinha de dois canos – daquelas que você tem que jogar na cara do sujeito e sair correndo – era.
Ao sentar-se ao piano do manjura, Cida justificou;
– Quando separei do meu marido, pedi para ficar com a arma, pois este bairro é muito perigoso e minha porta não tem tranca…
Já que Cida precisava de segurança, o delgado providenciou para que ela ficasse bem segura, atrás de varias portas com cadeados e guardas armados… no hotel do Juquinha.