Samaritana acorrenta o filho… para livrá-lo das drogas

       O titulo jornalisticamente falando é chamativo e causa indignação e revolta. Que diabo de mãe é esta que tem coragem de acorrentar o próprio filho…? Que diabo de filho é este que enfia a própria vida na privada e depois troca os moveis e objetos de casa adquiridos a duras penas pela mãe que trabalha como diarista, por drogas…?????

      Jonatas Souza da Silva de 22 anos é só mais um escravo das drogas que um dia experimentou por curiosidade ou para se auto-afirmar perante os colegas e nunca mais conseguiu abandonar o vicio. E não será amarrado à perna da cama como tantos outros, que ele conseguirá.

      A atitude desesperada da diarista Samaritana, moradora de Pouso Alegre, como seu próprio nome diz, é de tentar ajudar o filho e tantos outros viciados, chamando a atenção da sociedade para o câncer das drogas e pedir ajuda. Primeiro à justiça, para que obrigue seu filho a se sujeitar ao tratamento clinico e segundo, à assistência social ou quem se apiede e possa interná-lo numa clinica que cure seu vicio, o que não é barato e ainda assim está sujeito à recaída. Mais do que tudo, a atitude da ‘boa’ Samaritana de Souza é um grito: “PelamordeDeus, meus filhos, não experimentem droga. Ela vicia e destrói você e as pessoas que você gosta”.

     Jonatas é dependente quimico desde a adolescência, já foi internado anteriormente em casas de recuperação, ineficientes, contra sua vontade e de lá fugiu, como fugiu também de outros acorrentamentos em casa, que, diga-se de passagem, além de não ser a atitude correta, não resolve nada e pode render um processo criminal por cárcere privado à mãe. O que o viciado acorrentado precisa é o que sua desesperada mãe gritou nas entrelinhas acima: internação forçada pela justiça numa clinica capacitada, por um tempo superior a seis meses e depois mudanças de ares, pois se voltar para o mesmo ambiente nocivo em que vive hoje, sera alevejado pela recaida.

       Talvez a Fazenda Esperança que agora tem um núcleo em Pouso Alegre, instalado há três meses na antiga chácara confiscada do traficante colombiano Abadia seja a solução. 

        O alerta de Samaritana de Souza, mãe do Jonatas, serve também para conscientizar a sociedade da necessidade do seu engajamento na luta contra o trafico, denunciando os traficantes aos homens da lei.

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