Oi vó, meu carro quebrou… me manda um dinheiro, aí…

      O velho golpe do 171, que liga para determinada pessoa e conta a manjada história da carochinha, dizendo que o carro quebrou na estrada e pede dinheiro para consertá-lo, continua rendendo. A vitima preferida é a bondosa vovozinha distante, que não hesita um minuto para socorrer o netinho querido que estava vindo visitá-la… coitadinho, vindo de tão longe!!!

       Mas, semelhantemente ao conto do vigario, no qual caem desde os incautos lavradores que moram atrás da serra do cajuru, até professores, advogados, ‘expertos’ ofice-boys e até policiais aposentados, escolados comerciantes jovens também caem no “conto do carro quebrado”. E  ficam quebrados e mordendo de raiva depois que a ‘ficha cai’…

       No final da tarde de sábado a empresaria F. de 29 anos, moradora de São Lourenço, recebeu um telefonema do primo Ivo, que mora em Taubaté-SP. Omoço que ela não vê há tempos, disse que estava vindo para Itajubá e seu carro quebrou no alto da serra em Pouso Alto e precisava de R$ 800 reais para consertá-lo. F., prestativa – e ingênua – como ela só, por garantia, depositou logo R$ 1 mil reais na conta indicada pelo ‘primo’ e ainda se prontificou a mandar buscá-lo na estrada.

       Satisfeita por ter feito uma boa ação e ajudado o primo Ivo, F. ligou para os familiares dele em Itajubá e o próprio Ivo, o verdadeiro, informou que estava muito bem em Itajubá tomando uma loira gelada com amigos na porta da casa, enquanto seu carro descansava são e sadio na garagem…

       À prestativa empresaria de São Lourenço não restou outra opção a não ser registrar o B.O. e roer as unhas de raiva…. E a mim, contar mais este ‘Conto do Vigário” e pedir a você meu estimado e esperto leitor, que conte para sua avó, antes que o telefone dela toque e alguém diga; “ Oi,  Vó….”

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