Maria Terezinha da Silva chegou em casa no final da noite, no Morumbi e estranhou a ausência do marido e do filho de colo àquela hora. Ligou para o celular do marido Marcio Eurípedes da S. Pereira e ouviu uma serie de impropérios imerecidos, começando por “Vá a m….”. Meia hora depois ele chegou com a criança no colo e um tremendo bafo de jibóia… e a costumeira valentia. Desfiou o rosário de palavrões pejorativos e não satisfeito muniu-se de uma faca de cozinha e tentou furar a cara metade com a qual vive há cinco anos e lhe deu o pimpolho. Maria Terezinha, escolada, esquivou-se dos golpes da lapiana e foi se abrigar na casa de vizinhos, de onde pediu socorro aos homens da lei. Com apenas um ferimento de raspão na perna, ela contou a delegada de plantão que seu calvário dura anos e que já registrou vários B.Os. contra o marido intolerante mas sempre se dobra às suas juras, perdoa e desiste de dar prosseguimento aos processos contra ele. Agora decidiu-se. Não dará mais seu perdão. Não terá mais choro e nem vela e nem fita amarela. Quer Lipinho fora do seu caminho.
Marcio Eurípedes, 35 anos, bastante familiarizado com os meandros da lei, disse que estava numa festinha de aniversario na casa de um amigo, no final da noite de terça feira, e ao chegar em casa apenas discutiu, mas não xingou e nem agrediu a cara metade. O ferimento na perna? “Ela deve ter esbarrado num talher na cozinha”, disse ele, tentando tapar o sol com a peneira. Não tapou. Sentou-se ao piano e assinou um 129 apimentado por “Maria da Penha”. Só não foi recolhido ao hotel do Juquinha… por enquanto, porque pagou 900 reais de fiança aos cofres do contribuinte. Mas a batata continua assando pra ele,