Depois do comercio de bebidas e comida – in natura ou cozida – o melhor ramo de comercio atualmente é o de drogas. No velho Aterrado em Pouso Alegre, por exemplo, vender pedra bege fedorenta, erva marvada ou farinha do capeta é mais fácil do que ordenhar cabrita. Basta debruçar na janela, subir no terraço ou sentar-se na esquina ao pé de um poste e esperar calmamente a ‘freguesia’.
O cidadão T.M. de 47 anos foi mais afoito. Ao invéz de esperar sentado, a clientela, ele desenterrou dois cavacos de crack e saiu pela rua Maria Porfírio em busca de freguês. De repente surgiu na esquina a barca dos homens da lei. T.M. valeu-se do velho subterfúgio; atirou a prova do crime por cima do muro de um terreno baldio e passou sebo nas canelas. Tarde demais….. Tropeçou nas malhas da lei, recebeu pulseiras de prata, desceu para a DP sentou-se ao piano, assinou o 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha.
Mas o maduro e vacilão traficante não precisa se desesperar. A julgar pelo cheiro de drogas que exala nos corredores do majestoso presídio da BR 459, pode até ser que ele não precise fechar seu comercio….