Mula tropeça nos homens da lei e cai no São João

      Traficantes mulas, mulinhas e formiguinhas, já dissemos aqui, temos aos montes em todos os quadrantes da cidade… e até na roça.  Tira-los de cena, embora não some grande coisa na estatística de combate ao trafico de drogas é tarefa relativamente fácil. Basta abordar os guampudos com pinta de somongós nas quebradas, à qualquer hora do dia ou da noite. Invariavelmente estarão levando na algibeira duas ou três baranguinhas de pedra bege fedorenta, erva marvada ou farinha do capeta. Os guampudos vão espernear e contar historias da carochinha, mas no frigir dos ovos, serão levados no táxi do contribuinte para a delegacia de policia e fritados no artigo 33.

    André Sebastião dos Santos, levava a encomenda na algibeira e ao ver a aproximação dos homens da lei, tratou de dispensar a prova do crime. Inútil. Já havia sido filmado e aí contou sua historinha prá boi dormir. Disse ele que ao passar por uma rua perto de sua casa, foi abordado pelo cidadão que conhece apenas pela alcunha de  Adriano e o moço lhe ofereceu dez reais para que ele fosse numa quebrada ao pé do morro buscar quatro pedras de crack. Ele foi. Perto do Caíque encontrou o distribuidor conhecido por Ricardo, comprou as quatro pedrinhas beges fedorentas por 20 reais e quando voltava para fazer a entrega… sujou. André jurou de pés juntos que não é nóia e nem traficante. Estava apenas buscando a droga na ‘boca’ em troca de 20 reais!!! É nisso que dá fugir da escola. André Sebastião não sabe que a atividade de trafico de drogas contêm 23 ‘verbos’. Um deles é “trazer consigo”. Pois é, ele trazia na algibeira4 pedrase se não era usuário, só podia ser traficante, por isso desceu com pulseiras de prata para a DP, sentou-se ao piano, assinou o 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

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