Deputado surpreende gato no telhado no centro de Pouso Alegre

Eberson Souza Ferro: - Eu só estava passando por lá ´pra ir dormi na casa abandonada...

Eberson Souza Ferro: – Eu só estava passando por lá ´pra ir dormi na casa abandonada…

Meu amigo Jose Raimundo viveu momentos de suspense na madrugada desta terça, 19. Estava ele no aconchego do seu lar, entregue às cariciais de Morfeu, quando foi despertado por um leve rumor no telhado de sua residência na Olegario Maciel, centro de Pouso Alegre. Por um instante ele ficou coçando a barda, matutando com seus botões, tentando entender que barulho era aquele!

Seria um gavião noturno caçando ratos no seu telhado?

Seria um gambá, também à procura de sobra de comida porventura derramada no seu quintal?

Seria a contração das telhas ou madeiramento da casa com a mudança brusca de temperatura? Seriam ratos fazendo festa no seu telhado?

Seria um gato à procura da namorada no cio?

Ou seria uma simples assombraé? – “assombraé” para quem não sabe, é o singular de assombração!  Não era nada disso!

Mas era algo parecido… Era um ‘gatuno’ da madrugada! Aliás, neste caso pode ser chamado também de “rato de madrugada”! No entanto, antes que ele chegasse a qualquer conclusão, o barulho no telhado cessou. Ainda sem saber do que se tratava, depois de fazer o sinal da cruz e rezar uma Ave Maria – para o caso de ser ‘assombraé’! meu amigo Deputado – só eu que o chamo por  este apelido, por causa de suas múltiplas atividades profissionais no que tange a solução de problemas alheios! – virou pro canto, puxou o cobertor até a orelha – inclusive ‘o de orelha’! – e voltou a dormir.

Meia hora depois o gatuno voltou a desfilar no seu telhado. Desta vez deputado deixou o aconchego dos cobertores e levantou-se para ver o que era. Nem precisou subir no telhado! De repente viu as pernas do gatuno tentando descer do telhado e entrar pelo vitrô do banheiro! Imagine a cena! Quatro horas da manhã você avistar um par de pernas balançando no telhado tentando entrar na sua casa pela janela do banheiro…!!!

Ao ser informado de que não era bem vindo à sua casa àquela hora da madrugada, o gatuno, com certa dificuldade, retornou ao telhado e tentou dobrar a serra do cajuru. Quando os homens da lei chegaram ao local o gato noturno – deve ser daí que surgiu o verbete “gatuno”! – já estava no telhado do vizinho tentando vazar pela rua de baixo! Mas acabou caindo do telhado… Direto nas malhas da lei.

Eberson ja é figurinha fácil no album da policia pela pratica de 155...

Eberson ja é figurinha fácil no album da policia pela pratica de 155…

O gato em teto de telhas frias da Olegario Maciel era Eberson Souza Ferro – eita ferro!!! – 29 anos residente na vizinha Congonhal. Sua explicação para estar no telhado do deputado às quatro da manhã foi bem original!

– Eu ia dormir numa casa abandonada ao lado da casa do ‘dotor’… – disse ele ao receber as pulseiras de prata.

Depois de ‘morta a galinha’, quero dizer, de contornado o imbróglio, os policiais constataram que de fato Eberson viera da vizinha casa abandonada. Encostada na parede da velha casa estava uma escada que ele usara para chegar ao telhado do deputado Ze Raimundo. Já que ele foi tão sincero, deveria ter contado sua historia completa. Talvez até fosse perdoado…

– Eu estava tentando dormir na casa abandonada, mas como estava muito frio, resolvi ir buscar uma coberta na casa do deputado. E como era madrugada eu não quis acordá-lo, por isso tentei entrar pela janela do banheiro sem ser percebido…! – poderia ter dito o gatuno.

Bem, pela sua falta de franqueza, Eberson Ferro levou ferro… Foi enquadrado nos rigores da lei. Levado para a DP no taxi do contribuinte, ele sentou-se ao piano da delegada Stela Reis, assinou o 155 duplamente qualificado tentando e foi dormir num lugar cheio de calor humano, num apartamento com outros doze meliantes como ele… No Hotel do Juquinha!

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