PM fecha biqueira do Marmita

Ele usava dois “dimenor” para vender a droga.

A prisão do ‘patrãozinho’ e seus dois ‘empregadinhos’ – é assim que eles se tratam – aconteceu no final da tarde desta quarta, 27, na Rua Antonio Pereira Sobrinho na Baixada do Mandu. Antes de mostrar as pulseiras de prata aos formiguinhas os policiais tiveram que confirmar as denúncias de amigos ocultos da lei. Do alto de um predinho abandonado ficaram observando a rotina da rua. Era o típico trafico formiguinha: na rua, ora T., ora, B. atendia o cliente que passava à pé ou de moto, ou de carro e fazia o pedido… O garotão se dirigia a um muro próximo, pulava o muro, voltava em seguida com a mer… cadoria, entregava, pegava o pagamento, seguia até uma casa próxima e entregava pela janela o que parecia uma cédula de dez reais.
Depois de alguns minutos observando a rotina deram o bote. E aí, como quase sempre acontece, veio a parte mais difícil da operação. Em meio à prisão dos envolvidos, apareceram os parentes e amigos dos distribuidores de drogas tentando evitar suas prisões. Afinal, segundo os envolvidos, eles não estão fazendo nada de errado! Estão apenas tentando ganhar o pão de cada dia. O que arrecadam com essas atividades mal dá para colocar comida na mesa e alguns eletroeletrônicos nas prateleiras. Além do mais, o que são alguns mil reais perto dos bilhões desviados pelas quadrilhas de Brasilia!? – pensam os formiguinhas. Pensam e, à sua maneira, jogam na cara dos policiais, como se eles sim, estivessem cometendo um crime ao prendê-los!
A inflamação contra os policiais começou com uma senhora que atende pela alcunha de “Fia”, e se estendeu aos transeuntes do local. Na confusão, outra senhora que atende pelo epíteto de “Gabi” pegou um objeto das mãos de T. e dobrou a serra do cajuru.
Retomado o controle da situação, com a chegada de reforços, os policiais apreenderam com o dono da biqueira R$ 1.214 em cédulas diversas. No local além do muro, onde B. pulava e voltava com a suposta droga, foi encontrado um pote com seis barangas de maconha e 175 barangas de farinha do capeta!
Marcos Leandro Camargo de Souza, 19, conhecido no álbum da policia pela alcunha de “Marmita” e seus ‘formiguinhas’ pegaram o taxi do contribuinte e foram sentar ao piano do paladino da lei na DP, onde assinaram o 33. “Marmita” subiu para o Hotel do Juquinha. T. de 17 e B. de 16 anos, agora ‘desempregados’, voltaram para casa.

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