Menino de 8 anos furta bolsas ao lado do quartel

Menino e mochilaMeio dia quente de segunda feira, 03. Estava a jovem Ronara na recepção da Clinica do Coração no bairro Santa Filomena em Pouso Alegre, cuidando dos seus afazeres quando um garotinho de cerca de oito anos, pele parda, mochilinha nas costas, camisetinha do Proerd, saltou de uma bicicleta preta, entrou na clinica meio esbaforido e pediu um copo d’água. Sorveu lentamente em goles pequenos o precioso liquido olhando tudo à sua volta e acabou ficando por ali cerca de dez minutos jogando conversa fora.

Meia hora depois que o garotinho havia ido embora, a secretaria e uma cliente que aguardava atendimento na clinica notaram que suas bolsas também tinham ido embora!

Como ninguém mais havia entrando na clinica neste interim, muito à contra gosto, acabaram deduzindo que as bolsas só podiam ter ido embora com o garotinho pardo da bicicletinha preta! Ao checar as imagens do circuito interno de segurança confirmaram: O garotinho de fato havia furtado as bolsas ‘com tudo dentro’!

A bolsa da sra. Benedita continha em seu interior documentos pessoais, cartões bancários e chaves de sua residência. Já a bolsa as secretaria Ronara continha além de documentos pessoais e cartões bancários, além de tudo que as mulheres carregam em suas bolsas, um titulo do Coren!

Ao constatar que o autor do furto fora o garotinho pardo, de mochilinha nas costas e camisetinha do ‘Programa de Erradicação de Drogas’, as próprias vitimas fizeram levantamentos nas imediações da Clinica e concluíram que o mesmo é estudante – provavelmente – do Colégio Estadual Jose Marques de Oliveira ou do Dom João Resende, ali perto, e mora no Jardim Yara.

O furto praticado pelo garotinho de cerca de 8 anos debaixo do sol quente de segunda feira, me leva à velha delegacia de policia da Silvestre Ferraz em 2003…

Estava eu absorto em meus pensamentos, atrás do balcão da velha DP por volta de nove e meia da noite, salvo engano, lendo uma das obras do psiquiatra e educador Içami Tiba – morto esta semana – quando ouvi uma vozinha dizendo do outro lado do balcão:

– “Taí a bolsa com tudo dentro, moço…!”

O dono da voz era tão pequenino que tive que levantar da cadeira para vê-lo encostado no balcão. Era “Pepinha”! Ele estava devolvendo uma bolsa com tudo dentro que um amiguinho seu havia roubado no semáforo da Vicente Simões enquanto pediam esmola!

– Eu tô devolvendo a bolsa da ‘dona’, moço… Eu não sou ladrão, não!

Na época Pepinha tinha 9 anos de idade. Não era ladrão mesmo. Mas muita coisa mudou em sua vida depois disso – Parte dela está a partir da pagina 309 na historia “Gô e as cinco toneladas de maconha, no livro “Meninos que vi crescer”.

A ultima vez que vi Pepinha, ele estava atrás das grades do ‘corró esperando o Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha.

Um bolsa de madame pode ser o começo de tudo…! Onde estará o garotinho pardo, de camisetinha do Proerd, mochilinha nas costas, na bicicletinha preta, daqui a 12 anos!?

 

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