O estupro de Dagmar… Assim nascem as lendas!

Dagmar: Diz ter sido estuprada duas vezes pelo mesmo homem em 35 dias!

Dagmar: Diz ter sido estuprada duas vezes pelo mesmo homem em 35 dias!

Tão logo entrou na delegacia de policia na manha desta sexta, 14, Dagmar foi logo contando sua historia e desandou a chorar;

– Eu fui estuprada, doutor, ele parou o carro para pedir informação e de repente me pegou pelo braço, me colocou dentro do carro…

– Calma, calma, senta aqui… Me conta com calma o que aconteceu! – Aconselhou o delegado de plantão.

– Eu estava voltando do trabalho, era umas nove horas da noite! De repente ele parou para pedir informação, num carro de vidro fumê! Era um homem alto, meio forte, de 42 anos… Ele me levou para o bairro Colinas de Santa Barbara, bateu muito aqui em mim – mostrando as coxas e região genital – deu socos na minha cabeça e depois me deixou no mato na beira da avenida! Na segunda vez ele…

– Espere, acalme-se dona Dagmar… Vamos por parte. Quando foi que aconteceu este estupro…?

– Foi no dia 29 de janeiro… Eu estava voltando do trabalho…

– Onde foi que ele abordou você?

– Foi na Avenida São Fran…, não na Rua Manoel Matias, na Primavera… Ele já estuprou quatro mulheres…

– Calma, calma… Como ele era?

– Era branco, moreno, de 42 anos… Agora eu estou gravida. Meu filho disse que quando a criança nascer ele furar os olhos da criança!

– Espere, espere… Como a senhora sabe que está gravida…?

– Lá no hospital eles me falaram… Tem mais gente internada lá que foi estuprada por ele. Ele me bateu aqui – mais uma vez mostrando região pudenda – … deixou tudo roxo! Me xingava de palavrão! Na segunda vez…

– Espere, a senhora foi estuprada duas vezes pelo mesmo homem!?

– Foi! Era o mesmo homem de uns 42 anos, moreno, branco, ele estava no carro escuro de vidro fumê…!

– Onde e quando foi que ele abordou você na segunda vez…?

– Foi no dia… 03 de março. Eu estava voltando do trabalho… era umas nove horas. Nesse dia eu cheguei em casa tarde da noite…

– Mas ele te abordou onde nesta segunda vez?

– Dessa vez foi na pracinha da Rua São Pedro, na Primavera… Faz quatro anos que eu não tenho relações com meu marido… Ele não acredita em mim!

– E onde aconteceu este segundo estupro?

– Eu não sei. Ele parou o carro para pedir informação, de repente me puxou para dentro do carro fumê e me levou não sei pra onde! Deu socos na minha cabeça… Jogou um liquido na minha boca… Depois me deixou perto da igreja de São Benedito, perto da rodoviária velha…?

– !!!?

– Eu tenho um filho de 18 anos e uma bebê de três! Meu filho é esquizofrênico. Eu descobri que ele era doente quando ele tinha quinze anos. Ai meu Deus! Ele falou que vai espetar e furar os olhos do bebê se ele nascer…!!! – Continuou Dagmar enxugando o rosto sem parar, apenas com os dedos indicadores, para os lados, para não borrar a pintura que não estava usando!

– Escuta dona Dagmar, a senhora tem algum problema de saúde, toma algum medicamento…

– Eu tenho depressão, tomo remédio controlado! Como é que eu que faço? Meu marido não acredita em mim, meu filho diz que vai furar os olhos da criança se ela nascer! Vocês precisam prender esse estuprador, senão ele vai pegar mais gente! Ele já estuprou quatro mulheres.

– Escuta dona Dagmar, o detetive vai mostrar pra senhora algumas fotos… Veja se a senhora reconhece o homem que abusou da senhora – disse pacientemente o delegado.

O detetive abriu o arquivo de fotos na tela do computador e mostrou a ela a foto de um sujeito morto há cerca de 5 anos. Coincidentemente ele fora vizinho de Dagmar e ela mostrou lucidez ao olhar para a foto…

– Não. Esse é fulano, ele já morreu…

Ao olhar a segunda fotografia na tela ela exclamou;

– Ai, meu Deus! Ele estava sem barba, tinha mais cabelo… Mas estes olhos claros, essa cara, só pode ser ele…!

Não. Não pode. O meliante da fotografia está hospedado há vários anos no Hotel do Juquinha. Não poderia tê-la estuprado nem uma vez, muito menos duas num prazo de 35 dias!

Metade do dialogo que você acabou de ler foi travado entre a sra. Dagmar e o delegado de plantão na DP de Pouso Alegre esta manhã. A outra metade foi entre o detetive que lhe mostrou o arquivo de fotos… Na presença deste blogueiro! Ela ainda repetiria sua historia para outro delegado no andar superior da DP enquanto procurava o gabinete do delegado de crimes contra a pessoa.

Não é a primeira vez que a Sra. Dagmar leva seu obnubilado caso de estupro ao conhecimento das autoridades pedindo providencias. Ela já passou pela policia militar, pelo CIM, pelo Ministério Publico e já havia passado anteriormente pela delegacia de plantão com a mesma ladainha! No entanto, desde que o ‘serial estuprador’ motoqueiro Agnaldo foi preso pela PC em janeiro ultimo, não há registros de estupros na cidade.

Agora imagine dona Dagmar contando seu caso na porta do mercado! na fila do supermercado! no ponto de ônibus…! Não estamos afirmando que ela não possa ter sido vitima de abuso sexual, mas, depois destas conjecturas, fica fácil entender como nascem as “lendas urbanas”!

“Dagmar” é um nome fictício, criado para proteger sua identidade. Mas, a pessoa que aparece na fotografia, também alterada de proposito para não expô-la, existe! Atende pelo nome de cujas iniciais são PDV, não necessariamente nessa ordem, tem 39 anos, mora em um bairro bem próximo do centro e trabalha, segundo ela, em uma padaria próximo ao local em que ela diz ter sido agarrada.

A Policia civil vai investigar agora, até onde seu fictício relato é real. Uma coisa é certa… Se existe um tarado rodando pela cidade num carro escuro, com intenção de te levar para o mato na penumbra da noite, ele ainda não apareceu! A lenda do estuprador do carro preto continua sendo… lenda!

 

Nota à imprensa sobre falsa noticia nas redes sociais

 

      A Policia Militar e a Policia Civil vem a publico divulgar que não há registro Oficial sobre a informação que tem circulado nas redes sociais referente a um suposto veiculo de cor escura ocupado por suspeitos circulando pela cidade de Pouso Alegre, que estariam abordando principalmente pessoas do sexo feminino, com o objetivo de pratica de condutas ofensivas o pudor. Não há nos órgãos policiais registros de pessoas desaparecidas ou hospitalizadas que houvessem sido vitimas nessa situação.

As policias alertam ainda que a internet, através da redes sociais se tornaram aliadas essenciais para a democratização da informação. No entanto, não pode converter-se em uma ferramenta de difusão de informações que possam gerar uma sensação de insegurança e intranquilidade à população.

 Nossos policiais estão sempre atentos e prezando pela segurança de cada cidadão e cidadã de nossa cidade e nesse momento, queremos evitar a comoção e o pânico desnecessários à população. Pedimos que, qualquer denuncia de crime ou ameaça seja feita à Policia Militar através do 190 ou pelo disque denuncia, no numero 181 ou diretamente na Delegacia da Policia Civil. As mesmas serão devidamente averiguadas e investigadas pela Policia Civil”.

“20º Batalhão de Policia Militar   –   1ª Delegacia Regional de Policia Civil”

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