Biju vira farinha na madrugada…

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Ao passar casualmente pela Avenida Perimetral na virada da noite desta terça, os homens da lei avistaram um sujeito com pinta de somongó pedalando uma bicicleta, saindo do velho Aterrado e seguindo em direção ao Jardim Yara. Resolveram abordá-lo… Era Juliano Geronimo Monteiro, o Biju! Biju não levava com ele nada de ilícito… Ilegal estava ele! Biju cumpre pena no regime de albergue e portanto deveria estar nos braços de Morfeu no Hotel do Juquinha, se “recuperando”. Deste jeito Biju não recupera…!

– Eu só faltei um dia seu, Chips… Minha filhinha estava doente. Eu fui buscar remédio pra ela… – No Aterrado Biju???

Biju estava inconformado com a prisão.

– Não entendo! Eu não fiz nada de errado! So deixei de comparecer no dia 4…!!!

– Voce tem outros processos correndo na justiça? – pergunto eu.

– Acho que tem aquele do ano passado que você me ‘zuou’, quando eu fui preso desenterrando maconha e uma garruchinha perto do Texas… – responde o moço.

Pois é, naquela prisão, segundo meus leitores, Biju nem chegou a amolecer na cadeia. Saiu em no dia seguinte!

Mais uma 'corrida' do Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha nesta manhã...!

Mais uma ‘corrida’ do Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha nesta manhã…!

O que Biju e todos os cidadãos que infringem a lei não compreendem, é que seus BOs demoram para tramitar na justiça, mas um dia a sentença desce… Todo infrator da lei que tem um processo correndo na justiça está com a barba de molho… Uma hora a navalha passa rente e apara a liberdade! Quando este blogueiro escreve aqui na tela que a batata está assando, ele não está fazendo piada…!

Juliano Biju mudou de condução e de itinerário… Embarcou no taxi do contribuinte e foi amanhecer no ‘corró’ da DP. De lá seguiu no Taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha.

 

Populares prendem ladrão de carro no centro de Pouso Alegre

Rogerio Bernades dos Santos: Preso aos gritos de 'pega-ladrão'...

Rogério Bernardes dos Santos: Preso aos gritos de ‘pega-ladrão’…

Você, ‘meu estimado meliante’, que pensa em fazer uma fita no centro da cidade, pense bem! Escolha direito sua vitima. Evite roubar mulheres… Elas tem muito apego às suas coisas, fazem muito barulhos e… às vezes esquece o juízo!

E você minha estimada leitora, antes de fazer bico para este blogueiro por causa da critica – construtiva – tome como um elogio. Foi graças a estes dotes femininos que a jovem T.R.Mattos evitou que seu carro fosse roubado em plena luz do dia no final da tarde desta terça no centro da cidade!

T.R.Mattos estacionou seu Corsa na Rua Capitão Pedro Narciso – essa rua tem historia! – de pouquíssimo movimento e foi ali perto numa loja musical. Quase dançou! Quando voltava para seu carro minutos depois, deparou com um meliante tentando arromba-lo. Usando as mãos e os pés ele já havia aberto a porta do seu Corsa prata ao estilo “sardinha”.

Indignada com a ousadia do larapio T. botou a boca no trombone e saiu correndo atrás dele. Dois cidadãos que passavam pela rua São Jose, ajudados por um colega de trabalho de T., interceptaram a passagem do meliante, derrubaram-no ao chão e impediram sua fuga até a chegada dos Guardas Municipais instalados a poucos metros dali. Foi um ‘auê’ de parar o transito na São Jose às seis e meia tarde! Quando os homens da lei chegaram ao local o ladrão trapalhão do São João já estava com pulseiras de prata.

Na DP Rogério Bernardes dos Santos, 32 anos, dono de uma capivara que inclui furtos, trafico de drogas e  “Maria da Penha”, ele assinou mais um 155 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha, onde até ontem cumpria pena no regime aberto!

Ah, a porta do Corsa da T., aberta como se fosse uma lata de sardinha, deu pt…!

Larapio tropeça num porta de madeira no Jardim Brasil

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A tentativa de furto aconteceu na noite criança desta terça, 05. Estava o vigia da construtora Base Forte no Jardim Brasil, quieto no seu canto, quando viu um cidadão descendo o canteiro de obras com uma porta de madeira na cabeça!

Seria ele um peão de obra fazendo hora extra sozinho?

Seria apenas um cidadão que ao passar pelas obras do loteamento tomou uma porta emprestada para se proteger da chuva que estava prestes a cair?

Seria um entregador de portas atrasado?

Ou seria um simples gatuno furtando uma porta da obra?

Até o momento ainda não sabemos, pois o moço que levava a porta na cabeça fez uso do seu direto constitucional de permanecer em silencio. Daniel Alves Fernandes, 55 anos anos morador do Jardim São João, no outro extremo da cidade, disse que só vai se manifestar na presença do Homem da Capa Preta! Tudo bem. Mas para chegar ao Homem da Capa Preta, Daniel teve que receber pulseiras de prata, sentar ao piano do delegado de plantão,  assinar um 155 e subir para o Hotel do Juquinha!

Quanto às quatro opções acima, acho que são todas falsas… Não é possível que o Daniel pretendia atravessar a cidade, ir do Jardim Brasil ao São João, cerca de 9 quilômetros com uma porta na cabeça!!!

 

Pizinho & Lôla, o casal 20 cai com a ‘Brasilia Amarela’ no São João

Lola...

Laisa “Lola” Maria de Castro: Capricha aí Chips…

!Luiz Carlos Rangel, morador do Jardim São João, foi arrancado dos braços de Morfeu no meio desta madrugada de terça ao ouvir o ronco de sua Brasilia estacionada na porta de casa. Ao abrir a janela sua lustrosa ‘Brasilia Amarela’ já estava dobrando a esquina nos braços de outro sem dizer adeus!

Avisados do furto os policiais militares interceptaram a Brasilia próximo à Cantina Maracanã e tentaram abordá-la. Só conseguiram pará-la na Rua Campestre no Jardim Amazonas, a 150 metros dali.

A Brasilia do Sr. Luiz Carlos era conduzida pelo “dimenor” T.Y.C. o “Tatá” – lembram dele? Caiu há duas semanas noutro B.O. mas como é ‘dimenor’ voltou pra casa! No banco do passageiro estava seu xará T.A. . No banco traseiro estava o ‘Casal 20’ Laisa Maria de Castro, a “Lola” e Everton Ribeiro Brandina, o “Pizinho” – Lembram da foto dele? Rodou na quadrilha do Terrorista na sexta feira mas foi solto por falta de provas!

Além da Brasilia furtava na calada da noite, Tatá levava na algibeira uma baranga de pedra bege fedorenta. Como onde há fumaça há fogo, os homens da lei foram fazer uma visitinha ao mocó de Tatá no Jardim São João. Lá encontraram um cavaco de crack muito parecido com um pedaço de rapadura de cana amarela.

Interessante foi a estoria contada por cada um dos ocupantes da ‘Brasilia Amarela’…

– Fui eu quem roubou a brasilia não, doutor! Foi meu meu vizinho Luciano Coelhinho… Eu troquei com ele por três pedras de crack, mas eu não sabia que era roubada, não! – Contou Tatá, 17 anos.

Seu xará T.A., 16 anos, também era inocente no furto.

– Nós só saímos para dar uma volta na Brasília de madrugada – Disse ele.

Everton Ribeiro “Tizinho” Brandina, quase chorando de arrependimento, disse que caiu de gaiato.

– Eu estava na rua com minha mulher atras de umas pedras quando os dois moleques passaram dirigindo a Brasilia e convidaram a gente para dar um rolê… Logo na frente apareceram os ‘zomi’ e enquadraram a gente – admitiu ele.

Everton "Tizinho" Ribeiro Brandina: Caí de gaiato, Chips!

Everton “Tizinho” Ribeiro Brandina: Caí de gaiato, Chips!

Laila Maria “Lola” de Castro, 21 anos – que diz estar em liberdade condicional por conta de um 33 – parecia estar se divertindo na companhia do amasio. Afinal ela achava que não tinha feito nada de errado!

– É isso mesmo, Chips… A gente só estava dando um rolê na Brasilia dos moleques. Nem sabíamos que o carro era roubado. Não temos nada a ver com a droga, não! – Disse Lola fazendo questão de ajeitar o cabelo para posar para a foto do “Blog do Airton Chips”! Chegou a juntar os dentes e fazer o ‘xis’! Tive que repetir a foto três vezes até que ela aprovasse!

Mas a coisa é seria! Foi-se o tempo em que se podia andar pelas ruas do velho bairro batizado de “Vendinha” altas madrugadas sem ver sequer um gato pardo magrelo miando triste à procura de sua gata. Hoje o que se vê são jovens e adolescentes furtando carros e trocando por três ou quatro pedras de crack a qualquer hora do dia ou da noite!

Para o delegado Renato Gavião, o casal de adultos, Lola & Tizinho tinham plena consciência que a Brasilia era roubada. Portanto estavam passivamente na posse de um carro roubado na companhia de duas ‘crianças’ perante a lei. Por isso assinaram o 180 do CP e 0 244 do ECA – Receptação e Corrupção de Menores – e foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

“Tatá” e T.A, os dois xarás, assinaram também o 180 e o 33 mas foram liberados – mais uma vez – pois so pode ser preso quem comete crime! E de acordo com a lei penal brasileira, ‘dimenor’ não comete crime…!!!

Enquanto isso o velho bairro “Vendinha” vai adquirindo o mesmo ‘status criminal’ do velho “Aterrado”.

No Rio de Janeiro a culpa de o crime ter dominado os morros é do Brizola, que, para fazer média com o eleitorado, proibiu a policia de subir os morros nos anos 80…

E no Aterrado e Vendinha? De quem é a culpa!?!?

Motoqueiros assaltam velhinho no alto da serra…

Kelvin Julian...: Eu não fiz nada! Só fiquei em cima da moto vigiando:

Kelvin Julian…: Eu não fiz nada! Só fiquei em cima da moto vigiando:

O aposentado Elias Francisco Porfírio voltava para casa no inicio da madrugada desta segunda, por uma estrada deserta de Senador Amaral, quando de repente uma moto vermelha parou a seu lado. O garupeiro saltou da moto, saltou sobre e desceu-lhe o borralho. Depois de alguns minutos o assaltante montou na garupa da moto vermelha e ambos dobraram a  serra do cajuru levando a carteira do velhinho com a bagatela de R$ 150.

Às dez e meia da manhã, através do próprio Elias Porfírio, instalado num leito do hospital municipal de Cambuí, com escoriações e um ferimento corto-contuso na cabeça, a policia militar tomou conhecimento do fato e saiu na sombra dos assaltantes.

– Foram os filhos da dona Maria Elisabete, que mora em Bom Repouso… Eu reconheci eles… – Afirmou Elias.

Tres horas mais tarde Kelvin Julian Machado e Luan Everton Machado, estavam com pulseiras de prata no quartel da PM. Kelvin foi preso em casa. Luan foi preso quando chegou ao quartel da PM para saber porque estava sendo procurado. Como o aposentado Elias Porfírio não podia ir ate eles, pois estava se convalescendo das pancadas, no hospital, as fotos dos assaltantes foram levadas até ele.

– Foram estes dois mesmo que me assaltaram e me bateram – afirmou o velhinho de 67 anos.

Mas havia um equivoco!

Ao sentar-se ao piano do Delegado Renato Gavião, de plantão na Regional de Pouso Alegre, Luan jurou de pés juntos que era inocente.

– Eu não saí de casa de madrugada! E passei o dia na minha lavoura de morango … – Garantiu Luan.

– É verdade, doutor. ‘Esse’ irmão é inocente! Quem assaltou o velhinho foi eu e o meu irmão Anderson Henrique Machado. Eu fiquei na moto e meu irmão desceu e tomou a carteira dele – declarou Kelvin.

Anderson Henrique Machado: Eu fui no quartel da PM registrar um B.O. de perda de documento,eles me prenderam!

Esclarecido o equivoco no reconhecimento da vitima Elias Porfírio, que continua internado no nosocômio para exames de tomografia, o delegado Gavião mandou abrir a porta da gaiola e soltar Luan Everton. Kelvin Julian Machado, 22 anos, assinou o 157 e seguiu no Taxi do Magaiver no final da manhã para o velho hotel de Extrema.

Anderson Henrique Machado, 26 anos, dono de uma gorda capivara alimentada com 155 e 157, atualmente em liberdade condicional, ainda não sentiu o frio das pulseiras de prata pelo espancamento do velhinho no alto da serra, mas… A batata está assando pra ele!

* Leia também: “Hotel do Juquinha recebe dois novos hospedes para a pascoa!”

“Pepinha” está de volta…

Pepinha: - A bolsa...

Pepinha: – Aqui está a bolsa da moça… Tá tudo aí dentro!

Ouvi esta frase 2003. Foi o ultimo ato honesto do menino que vi crescer. Ele tinha ainda 9 anos!

Caiu no crespusculo chuvoso desta segunda o jovem Gilvan Pereira Vilela. Ele estava de bobeira nas imediações de sua casa no velho Aterrado quando os homens da lei resolveram abordá-lo e verificar o que ele levava na algibeira. Era pouca coisa. Duas barangas de Cannabis Sativa de Linneu, a popular maconha ou erva marvada, um aparelho celular novinho em folha e dez reais.

– Eu estava indo comprar arroz para o meu padrasto, Chips… O celular era da minha irmã para trocar na loja porque veio com defeito. A erva? Eu ia dar ‘uns tapas’ né, Chips…!? – Contou-me Pepinha sorrindo ao me reconhecer na porta do corró ao pezinho desta manhã!

Depois de posar para fotografia, com um largo – e bonito – sorriso Pepinha acrescentou:

– Não vai ‘zuar’ a gente no jornal não, hein Chips!!!

O que equivale a dizer: “Capricha na minha historia aí, Chips”!!!

Bem, não há muito que contar. Ele só tem 19 anos. Dos 9 aos 17 conheceu todos os conselheiros tutelares do municipio, tomou dezenas de puxões de orelhas do promotor e do juiz da infância e da juventude, conheceu varias clinicas de tratamento e recuperação, passou alguns dias acorrentado pela mãe para não ir p’ra rua usar drogas, até que completou 18 anos. Aí caiu e assinou seu primeiro 157 como gente grande!

Estava eu debruçado sobre um jornal atrás do balcão na recepção da velha delegacia às nove e meia da noite, quando ouvi uma voz tênue de criança dizer:

– Aqui está a bolsa da moça… tá tudo aí dentro!!

Levantei os olhos do jornal e vi sobre o balcão uma bolsa feminina, mas não vi ninguém. Levantei-me lentamente para olhar atrás do balcão de mármore de um metro e vinte de altura, já pensando em assombração! Lá estava o dono da tímida voz… Um garotinho franzino, de camiseta, calça larga cortada pela canela e pés no chão. Era mais baixo que o balcão. Tinha 9 anos e um apeldo que combinava com ele:  Pepinha. Ele tornou a falar:

– Pode olhar moço, ‘tá’ tudo ai dentro…

Sentados no banco de madeira, diariamente lustrados por policiais e meliantes na recepção, ao meu lado, o garotinho trocou em miúdos a historia da bolsa com “tudo aí dentro”. Estavam, ele e outros dois colegas mendigando no semáforo da Vicente Simões, quando uma senhora baixou a janela do carro e pegou a tal bolsa para dar-lhes uma moeda. Um dos amigos – da onça – pegou a bolsa e saiu correndo em direção ao Aterrado. Com medo de ser também acusado do assalto, Pepinha saiu correndo atrás e se enfiaram lá por trás do pátio do Freitas onde a policia não tardou a vasculhar. Pepinha, no entanto era apenas um menino de rua, não um ladrão, por isso tomou a bolsa do colega e foi devolvê-la na delegacia. Quando a PM chegou para entregar-me o B.O. sobre o roubo, uma hora mais tarde, a dona da bolsa ja estava indo embora com o caso resolvido.

Pepinha ou Pepinho, no entanto, não se resolveu. Devolveu a bolsa que o amigo havia surrupiado, mas nunca mais devolveu as que ele próprio surrupiou. Como tinha apenas 09 anos, tornou-se cliente assíduo do Conselho Tutelar. Numa destas audiências de puxões de orelha, em meados de novembro de 2007, aproveitando um pequeno vacilo, o mini-delinquente passou a mãozinha leve e sujinha no celular da conselheira que o atendia e saiu de fininho. Seria apenas mais um furto corriqueiro de celular como dezenas que ocorrem todo dia na cidade. Este, no entanto pertencia à conselheira Poliana Teobaldo. Depois de ter mandado dezenas de meliantes para o xilindró, o detetive Teobaldo não descansaria enquanto não pusesse as mãos no larapio do celular da esposa. O desfecho desta historia sobre a caçada aoa celular da conselheira tutelar, o leitor poderá conhecer no post “Gô e as cinco toneladas de maconha” publicado neste blog no dia 11/11/2011.

A prisão de Pepinha no final da tarde desta segunda com duas barangas de maconha, lhe custaria apenas uma entrevista com Homem da Capa Preta que ele conhece tão bem e – mais – um puxão de orelha. No entanto ele está pedido há quatro meses.

– Eu fui condenado a 4 anos pelo roubo do ano passado. Faz quatro meses que eu saí de albergue e não voltei mais para o Hotel do Juquinha… Agora dancei né, Chips?

Dançou Gilvan “Pepinha” Perera Vilela, dançou… Como vem fazendo desde aquele dia em que devolveu a “bolsa com tudo dentro” na velha delegacia…!

Intrujão cai com moto roubada em Monte Sião

Luiz Fernando Guirelli Machado Junior: quatro dias de liberdade...

Luiz Fernando Guirelli Machado Junior: quatro dias de liberdade…

No final da noite de sábado de Finados, a policia militar de Monte Sião foi informada de um furto de motocicleta na vizinha e sempre bela Águas de Lindoia. Segundo o informe, a motoca roubada, uma Honda 125 KS prata, fora vista do lado de cá da fronteira possivelmente nos braços do egresso do velho Hotel de Albertina, Luiz Fernando Guirelli Machado Junior.

Ao fazer patrulhamento de rotina pelo bairro Mococa, cortado pela MG 459 a dez quilômetros da cidade, os homens da lei avistaram a motoca Honda prata e abordaram o condutor. Dito & feito… Era mesmo Luiz Fernando Guirelli Machado Junior. O jovem de 25 anos montado na moto roubada não se deu por vencido…

– Eu não roubei não, Sargento… Eu comprei a moto de um cigano por R$800 reais – tentou se explicar ele.

O que o jovem ‘boca de cadeia’ ainda não aprendeu com os irmãos de caminhada, é que tanto o furto quanto a receptação tem a mesma pena de acordo com a lei. No entanto, o furto tem prazo para expirar o estado flagrancial! Já a receptação é crime constante. Caiu com a rês furtiva, está em cana! Ainda assim Luiz Fernando  poderia pagar fiança e voltar para casa. Mas o delegado, levando em conta que o intrujão havia saído da cadeia na quarta feira, 30 de outubro e já estava reincidindo em crime, caprichou no valor da fiança: R$ 3.390 reais! A moto não valia isso!

E o egresso do hotel do contribuinte regressou para o velho Hotel de Albertina…!!!

PM esmaga quadrilha de formiguinhas em Cachoeira de Minas

P’ra quem pensa que a vida de traficante é sombra, água fresca, mulheres violão e dinheiro no bolso, eis a prova do contrario. Para chegar a ostentar cordões de ouro no pescoço, guarda-costas e carrões importados é preciso transportar muitas barangas do mato até os nóias, uma de cada vez, como se fosse uma verdadeira formiguinha… E correndo o risco de a qualquer momento tomar um pisão dos homens da lei!!!

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Foi exatamente assim que aconteceu com os garotões Willian Kennedy Guerra, Enio Carlos Junio Vieira, A.C.A. e L.A.B. de 17 anos, em Cachoeira de Minas.

Enquanto o baile corria solto na boate Millenium na madrugada fria, na capital do biscoito, os policiais à distancia observavam o movimento. Notaram que um grupo de garotos, de vem em quando se afastava da boate, iam a um local escuro na entrada da cidade e logo voltavam. Depois de concluir o que eles estavam fazendo resolveram dar o bote. Primeiro pegaram o jovem Maicon Fernando Mateus Pinto. Ele levava no bolso uma baranga de farinha do capeta. Encostado na parede, Maicon contou que havia comprado a droga do cidadão Willian Kennedy por quinze reais. O próximo a receber ordem para encostar na parede e abrir as pernas foi Willian Kennedy. Ele tinha na algibeira duas barangas da mesma farinha. Questionado sobre a procedência da droga e o que eles tanto iam fazer no mato, inexperiente no ramo que é, Willian foi logo abrindo o livro…

– Eu e meus amigos Enio e A. e L. compramos a droga em Pouso Alegre para revender no baile. Nós compramos na Avenida do Aterrado por dez reais e estamos vendendo por quinze…

– Onde está o restante da droga? – Perguntaram os policiais já sabendo a resposta.

– Tá lá no pátio da ‘Fogueira’… – Confessou Willian.

E estava mesmo. Ao pé de uma moita no escuro, estava um pacote com mais 43 barangas de cocaína. Enio Junio e os dois ‘dimenor’ também confessaram o trafico e o modus operandi…

– A gente escondeu no mato e busca de duas em duas barangas de cada vez… Assim se for pego com pouquinho pode alegar que é para usar! – Justificou o sócio da empresa ‘formigueira’ de cocaína de Cachoeira de Minas.

E o esquema funciona mesmo! Willian, que parecia ser o chefe da quadrilha, levava na algibeira R$ 1.200 reais em três pacotes separados, um em cada bolso! Disseram os garotos que esta foi a segunda vez que venderam a drogas em Cachoeira!

Se é verdade ou não a firma já quebrou. Pediu falência antes de pedir concordata! Fechou as portas. Maicon, o nóia que entregou a quadrilha de formiguinhas assinou o 28. Os dois “dimenor” assinaram o AFAI e voltaram para casa. Willian Kennedy e Enio Junio foram fazer ‘estágio’ no Hotel Recanto das Margaridas.

Para entrar no ramo comercial de drogas, basta ter uma nota de dez no bolso, comprar uma baranga e vender por quinze… Mas crescer neste ramo ilícito e pernicioso não é tão fácil assim… Além de muito arriscado!

Dupla assalta “carro pagador” no Faisqueira e leva mais de 6 mil reais

Lucas de Paula Moreira: Nós somos inimigos. Deve ser por isso que ele está me acusando...

Lucas de Paula Moreira: Nós somos inimigos. Deve ser por isso que ele está me acusando…

Anderson Rodrigues Julio, o “Bidó”, seguia belo e formoso no seu Chevrolet Astra, no final da tarde de sexta, pela rua Onilia Pedroso de Paiva, no Loteamento Pão de Açúcar, bairro Faisqueira, quando de repente um sujeito mancando atravessou a rua na frente do seu carro. Para não atropelar o coxo, Bidó meteu o pé no freio e parou o carro. Antes que o manquitola atravessasse a rua, um sujeito de cor negra, encostou um trezoitão no seu boné e deu a ordem:

– Perdeu maluco… Passe o malote ou leva bala!

Apavorado e ao mesmo tempo se perguntando como a dupla sabia que ele levava a bufunfa no carro, Bidó respondeu que não tinha malote…

Neste momento o assaltante que portava o trabuco ordenou que ele passasse para o banco do passageiro e o empurrou para entrar no carro. Aproveitando a deixa, Bidó abriu repentinamente a porta do lado do passageiro empurrando o coxo  e saiu correndo abandonando o Astra com R$ 6,1 mil reais. Do local do assalto ele correu até uma construção ali perto, contou o fato a seu irmão Miller que lá trabalhava e chamaram a policia. Meia hora depois a policia militar prendeu Lucas de Paula Moreira e Max Duarte Moreira, cada um em sua casa ali no bairro.

Aos policiais Anderson Julio contou que havia descontado um cheque no valor de R$ 10,8 mil reais e estava indo efetuar o pagamento dos peões em uma obra da empreiteira “Conserv Engenharia” tocada pelo seu pai. Segundo ele, ao levar seu carro, os dois assaltantes levaram R$ 6,1 mil reais já separados para pagamento dos peões. Em sua algibeira ainda ficaram outros R$ 4,8 mil reais que os assaltantes não sabiam que estava com ele.

Ao prender os suspeitos em suas residências, nada de ilícito foi encontrado com eles. Muito menos o Astra roubado! O carro foi encontrado vinte quatro horas depois, abandonado em uma estrada rural no bairro do Afonsos a cerca de quatro quilômetros do local do roubo.

Max Duarte Moreira: Foi o Lucas e um "pretinho"...

Max Duarte Moreira: Foi o Lucas e um “pretinho”…

No piano do delegado de plantão, Max Duarte Moreira, 21 anos, morador do Faisqueira jurou de pés juntos que é inocente. Mas declarou que viu Lucas de Paula Moreira chegar na companhia de um comparsa.

– Conheço o Bidó há muito tempo. Já tivemos umas brigas… Eu estava de bicicleta perto do local esperando para receber uma divida de um rapaz que trabalha na construção quando vi um Chevette preto chegar trazendo o Lucas e um “pretinho”. Logo depois eles assaltaram o Bidó. Teve uma gritaria danada no local e eu fui embora…

Lucas de Paula Moreira – este sobrenome lembra alguém? Quem sabe, Alexsander de Paula Moreira, o Alex da Gessonia? – 21 anos também jura de pés juntos e mãos postas que nem saiu de casa na sexta feira!

– Conheço o Bidó faz uns dez anos… Nós eramos vizinhos no Aterrado. Sempre fomos inimigos. Deve ser por isso que ele está me acusando… – Disse Lucas.

Com base nas declarações de Anderson “Bidó” Rodrigues Julio, que afirma que o rapaz que atravessou mancando na frente do seu carro obrigando-o a parar era Lucas de Paula, e nas declarações de Miller, irmão de Bidó, que afirmou ter visto Max na companha de Lucas minutos antes do assalto, o delegado de plantão autuou a dupla Lucas e Max no 157 e a mandou para o Hotel do Juquinha.

Este seria apenas mais um 157 nervoso! O primeiro do mês! Mas ele traz uma peculiaridade… A vitima Anderson Rodrigues Julio, o “Bidó”, 26 anos, tem uma capivara maior do que a dos seus algozes. Em sua ficha criminal desde 2008 consta os crimes de receptação de produtos roubados, furtos e roubo a mão armada, além de outros delitos menores…!

Desta vez Bidó experimentou do próprio veneno…!!!

Novembro de bonança…

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Se o ‘mês das bruxas’ terminou agitado, com varias prisões de traficantes, apreensão de armas e pilotos mamados infringindo a Lei Seca e ceifando vidas, novembro começou em completa calmaria na área do 17º Departamento de Policia.

Tirando o acidente envolvendo o delegado Regional Flavio Tadeu Destro, que caiu da moto e fraturou a clavícula enquanto fazia trilha com amigos, e um roubo com “100 anos de perdão” envolvendo Lucas de Paula, Max Duarte e “Bidó”, ocorrido na sexta feira, o primeiro final de semana foi marcado pela bonança e marasmo na DP  de Pouso Alegre.

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