Douglas do Prado… Ele havia deixado o Hotel do Juquinha no dia 26 de junho!

Passavam os homens da lei pela Joaquim Pedro de Castro no crepúsculo da segunda feira quando avistaram quatro sujeitos com pinta de somongós próximo a um monte de areia a poucos metros do Ciem do São Geraldo. Como o comportamento do quarteto era típico de traficantes formiguinhas que ficam por ali jogando conversa fora como quem não quer nada, e a medida que a clientela se aproxima, basta se levantar e desenterrar o pó da areia e entregar ao nóia em troca de uma “ararinha” vermelha, os policiais resolveram abordá-los. Nas algibeiras apenas celulares e uma merreca de dim-dim… No monte de areia ao lado deles a primeira prova do crime: duas barangas de cocaína. Os homens da lei continuaram a varrer as imediações e encontraram mais 104 pinos de farinha pronta para venda. A droga estava enterrada ou escondida debaixo de pedras, sacolas plásticas e moitas em locais diversos em um terreno baldio há cerca de 50 metros do quarteto de formiguinhas.

Douglas do Prado, 22 anos e os três garotos SM, JCGS e LSC. Todos 17 anos, juraram de pés juntos que as drogas não eram deles. No entanto, como eles estavam chocando a ninhada, o paladino da lei resolveu sentar todos ao piano. Como os três garotos de 17 anos são imunes aos efeitos da Lei 11.343, foram ouvidos e devolvidos aos seus pais. Já o garotão Douglas do Prado, 22 anos, figurinha fácil no álbum da policia, assinou o 33 e foi se hospedar – de novo! – no Hotel do Juquinha.

O que restou da perna queimada e comida por animais foi necropsiada esta manha no IML de Pouso Alegre

Enquanto a população da pequena Bueno Brandão nas escarpas da Serra da Mantiqueira se ocupava em disseminar e comentar o “Caso da Mumia” de Bueno Brandão, o lavrador Nelson Antônio de Oliveira, 53, morria de maneira trágica e bizarra no Sitio São Jose, no bairro dos Nunes. Seu corpo fora encontrado na terça feira no interior de um casebre que servia de deposito de ferramentas e produtos agrícolas – inclusive gasolina para roçadeira, provável causa do incêndio – queimado, parcialmente comido e sem uma das pernas.

A necropsia realizada no IML de Pouso Alegre constatou que ele morreu queimado no interior do casebre e teve os tecidos de uma perna comidos e a parte inferior da perna esquerda após calcificada pelo fogo, fraturada e arrancada, possivelmente por um animal, que pode ter sido um cão, talvez um porco, o que é comum acontecer quando há vazão de sangue ou por uma onça parda ou até mesmo jaguatirica, comum naquelas redondezas.

A perna então arrancada de forma tosca e brutal e desaparecida foi encontrada nesta segunda, 11, em um matagal nas cercanias do casebre. O membro naturalmente putrefato e desprovido de tecidos, em pele e osso – exceto o pé que estava intacto dentro da botina – foi encaminhado ao IML de Pouso Alegre para identificação. Considerando as circunstancias do fato, considerando que até o momento ninguém comunicou o desaparecimento de uma perna esquerda em lastimável estado de conservação, a investigação pode afirmar que a perna encontrada no mato pertence ao caseiro homicida Nelson “Facão” Antonio de Oliveira. No entanto, como tudo que há até o momento sobre as causas e motivos da morte do caseiro são conjecturas e suposições, a investigação procura ainda colocar mais luz sobre os fatos. O material genético colhido do que restou da perna será enviado ao Instituto Medico Legal da Policia Civil na capital para comparação de DNA.

Nelson “Falcão”, que aguardava julgamento pelo assassinato do companheiro de lida no cafezal, Jorge Francisco da Silva, em setembro do ano passado, usuário contumaz de Severina do Popote, pode ter derramado gasolina no corpo enquanto fumava, causando o acidente fatal. Após os exames no IML sua perna irá se juntar ao corpo no mesmo cemitério onde repousa – agora em paz! – a “Múmia de Bueno Brandão”!

O caixão de João Batista estava no ‘terceiro andar’ do jazigo… Um verdadeiro forno!

O caso colocou a população da Cidade das Cachoeira em polvorosa! Cinco anos depois de enterrado, o velhinho posou torto, encurvado e do lado contrário do caixão! Teria ele sido enterrado vivo?

Numa mormacenta manhã de agosto o coveiro da cidade de ‘Campo Místico’ cumpria seu mister de limpar túmulos e preparar novos espaços para a população vindoura, quando esbarrou numa situação inusitada: o corpo do velhinho João Batista, morto há cinco anos, aos 82 anos de idade, estava praticamente intacto no caixão, como se tivesse se despedido do mundo no dia anterior! O mais curioso é que ele tinha uma das pernas parcialmente dobrada e apoiada na beira do caixão. Com os olhos arregalados, a boca aberta e o queixo quase encostando na barriga diante da cena, o coveiro a muito custo se afastou do túmulo e foi comunicar o fato ao administrador do local.

           Nesse momento, um cidadão desocupado que estava debruçado sobre o muro do cemitério e acompanhava sorrateiramente o trabalho do coveiro, resolveu entrar em cena. Ao vê-lo se afastar, ele desceu do muro e foi registrar o fato em seu celular… Queria mostrar para os amigos! Não satisfeito em fotografar a curiosa figura, ele levantou o corpo mumificado no caixão e fez uma foto com ele em pé. Ao ouvir a voz do coveiro que voltava com o administrador, o internauta voltou o corpo do velhinho na posição invertida no caixão, fazendo parecer que ele havia se virado dentro da sepultura, como se enterrado vivo tivesse sido, e foi se esconder atrás dos túmulos até pular o muro, ‘de volta para a vida’, em segurança!

     As fotos do velhinho mumificando, com a perna dobrada e do lado inverso no caixão, foram mostradas primeiramente a um amigo. Daí a outro, depois a outro… Que compartilhou com outro… E logo toda a cidade havia ‘ressuscitado’ o ancião João Batista, morto há mais de cinco anos! 

– Teria o velhinho sido enterrado vivo?

– Por que então ele se mexeu e mudou de posição no caixão?

– Por que está conservado como uma múmia?

– Teria se tornado um santo?

Para continuar a ler essa historia, acesse https://airtonchips.com/

Desta vez ele não disse que era usuário…

A prisão do jovem traficante Lucas Teodoro da Silva, 26 anos, vulgo Preá, aconteceu novamente no mês de agosto, como no ano passado e aconteceu no mesmo local e nas mesmas circunstancias… Na Rua Oscar Dantas ao lado de uma batelada de drogas!

Passavam os homens da lei por ali na virada da noite quando avistaram um vulto revirando alguma coisa no chão na beira da cerca de um terreno baldio… Era Preá! No momento da abordagem ele levava na algibeira alguma coisa suspeita, pois ao ver os policiais tentou dobrar a serra do cajuru e na fuga dispensou o “ovaeni” – objeto voador até então não identificado. Eram duas barangas de farinha do capeta! Pego com a boca na botija alguns metros adiante, ele foi levado ao local onde fora surpreendido minutos antes em pose de garimpeiro… Tentando desenterrar o ouro! Lá os homens da lei encontraram, debaixo de uma pedra, mais 31 barangas de pó!

No dia 18 de agosto do ano passado Preá já havia sido preso nas mesmas circunstancias, e, numa tapera ao lado de onde ele estava, havia 251 barangas de cocaína. Apesar da notoriedade de suas atividades na traficância de droga, amplamente conhecida pela policia, não restou provado que a droga era dele. Por isso ele assinou apenas o 28 e voltou para a ‘boca’ da Oscar Dantas.

Desta vez no entanto, Lucas Preá não tentou tapar o sol com a peneira. Preferiu adotar o silencio. E em silencio assinou o 33 e foi se hospedar no Hotel do Juquinha!

Mal começaram os testes para ingressar na “casa mais famosa do Brasil” e concorrer ao premio de um milhão e meio de reais – Uma merreca! Mal dá para comprar uma casa boa, um carro bom, um sitio e fazer um pé de meia! – e dona Rosa resolveu fazer um ensaio em Pouso Alegre. Se deu mal! Foi parar no paredão do ‘big brother’ e foi eliminada da casa.

Era nove e meia da manhã de sol gostoso de agosto quando dona Rosa entrou na loja “Lojão das Fabricas” na Doutor Lisboa… Levantou uma peça aqui, curiosou outra li, outra acolá e de repente uma peça de roupa escorregou para a sacola vermelha que ela levava nas mãos! Tudo isso sobre o olhar atento do segurança André Luiz que, não por acaso, acompanhava seus passos. É que, segundo ele, dona Rosa é cliente antiga do seu estabelecimento e vez por oura deixa escorregar algum objeto para dentro da sacola! Por isso, ao vê-la entrar, ele dedicou atenção especial a ela!

A candidata a Big Brother deu mais umas beliscadas na loja e quando achou que todos estavam distraídos foi saindo de fininho… Quando colocou os pés lá fora sentiu o ligeiro toque no ombro e ouviu o tenebroso convite;

– Espere dona Rosa, é cedo ainda! Venha tomar um café com a gente na gerencia…

Dona Rosa bem que tentou recusar o convite, mas o segurança foi persuasivo… Uma hora depois, acompanhada dos homens da lei, ela foi sentar-se ao piano do delegado de plantão na DP. O objeto sorrateiro que havia escorregado para sua sacola de mão vermelha era um reles par de meias! Êta pé frio…!!!

Antes de pagar a fiança dona Rosa, de 55 anos, moradora do Bairro da Saúde, passou mal no ‘corró’ da DP! Nem conseguiu assinar o termo de declarações… Deve ser queda de pressão por causa do frio na barriga…! Ou o contrario. Não sabemos ao certo. Certo mesmo é que o par de meias que escorregou para a sacola vermelha diante das lentes indiscretas e caguetas do Big Brother,  custou R$ 725!

30 quilos de erva marvada, farinha do capeta e pedra beje fedorenta abandonadas numa casa sem morador…

A apreensão aconteceu no ultimo sábado de julho. Cerca de 30 quilos de drogas diversas – maconha, crack e cocaína – estavam no interior de uma casa no bairro Cidade Jardim. Os detetives da Especializada de Combate ao Trafico de Drogas chegaram até o local através de denuncias de amigos ocultos da lei. Para colocar a mão na droga os policiais tiveram que abrir a porta da casa no bico do 42, pois ninguém atendeu o toque da campainha. E nem poderia atender! Não havia ninguém na casa! Aliás, era uma muito engraçada…!!! Tinha teto, paredes, portas & janelas, mas moveis não tinha nada!!! Ninguém podia entrar nela, não, porque apesar de trancada, a droga estava empilhada no chão! E estava guardada com muito esmero, rua 21 em frente o numero um, meia, zéro!

A droga avaliada em cerca de R$80 mil no comercio paralelo está, desde o dia 26 de julho, guardada no setor de “Achados & Perdidos” da Delegacia Regional de Pouso Alegre. Até o momento ninguém apareceu para reclamá-la. Aliás, o proprietário do imóvel que teve a porta aberta no bico da botina, não apareceu sequer para dar queixa de danos e violação de domicilio!

… Guardadas com muito esmero! Defronte o numero um, meia, zero!

Segundo o delegado Gilson Baldassari, qualquer cidadão que queira reclamar a mercadoria achada na Rua 21, não precisa apresentar documento que comprove a propriedade da mer… cadoria! Basta alegar que é o dono e assinar o documento conhecido como “Trinta & Tres”. E ainda poderá levar de brinde pelos menos 5 anos de estadia gratuita no Hotel do Juquinha…!!!

Fabão, o chefe: 18 anos e 8 meses…

“Enquanto os cães ladravam, a carruagem passava”…

Um belo dia, no inicio de março de 2012, o delegado chefe da Especializada de Combate ao Trafico de Drogas de Pouso Alegre, Gilson Baldassari, apresentou ao homem da capa preta um dossiê recheado de provas do envolvimento de 35 homens e mulheres com o ilegal e nefasto comercio de drogas na cidade e região. E pediu autorização para prendê-los. O experiente e zeloso homem da capa, Walter Jose Vieira, que antes já havia autorizado a investigação, expediu o mandamus. Um a um, sem alarde, os 35 membros da quadrilha do Fabão foram sendo apresentados às pulseiras de prata. O chefe do bando foi um dos primeiros… Mas exigiu dos intrépidos detetives mineiros um plano ardiloso e corajoso! Gato escaldado que é, ele já havia percebido que a maré não estava para peixe… Mesmo para um tubarão como ele! E foi dar um tempo numa favela em São Paulo.

Numa tarde quente de março um mendigo sentou numa escadaria suja no meio da favela e passou horas ali comendo sanduiche de mortadela com coca-cola quente enquanto observava tudo à sua volta. Quando Fabão colocou o bigode e um saco de lixo para fora, o mendigo enfiou a mão na sacolinha de sanduíche e de repente uma pistola .40 apareceu na sua mão direita! Na esquerda apareceu um par de pulseiras de prata…! Pensando que estava sendo assaltado pelo mendigo; que ficaria sem seu saco de lixo, Fabão titubeou…  Em poucos minutos outros mendigos que rondavam a favela chegaram com o taxi do contribuinte disfarçado e arrastaram Fabão para a DP de Pouso Alegre!

Rogerio “Lelinho”…: 15 anos, 6 meses e 20 dias.

A ousada prisão do ‘patrão’ do bando em plena favela paulistana desencadeou o efeito dominó! Nos dias seguintes um a um os ‘empregados’ do trafico foram caindo nas malhas da lei. Nem era preciso encontrar com eles a prova do crime. As prisões já estavam autorizadas. Suas nefastas atividades já estavam comprovadas pelo “Ze Coruja”! Mesmo assim alguns caíram segurando a galinha dos ovos de ouro. Anderson Leopoldino de Lima, o “Periquito”, menino que vi crescer jogando futebol na Escolinha do João Cavalo e que depois de crescido jogava no time – de futebol – da policia, foi um deles! Confiando na amizade de alguns policiais – os quais ele vendia a reputação por muito menos de 30 moedas! – ele mantinha um quilo de farinha do capeta em casa. Mesmo assim, quando Teobaldo pulou a janela de sua casa, ele foi se esconder debaixo da cama do pai enfermo! Mas teve as asas cortadas!

Um dos últimos peixes da quadrilha do Fabão a cair na rede foi Giuliano “Pacu” Evaristo! Percebendo que a agua havia sujado, ele foi se esconder nas tabocas do Rio Sapucaí no Paraiso dos Pescadores. Ali seria mais difícil apresentar-lhe as pulseiras de prata… Por causa das aguas turvas e dos enroscos do rio! Mas, como não havia pressa, os detetives deixaram o barco correr. Não tardou Pacu voltou pra lagoa, quero dizer; para sua matriz na Rua Nova, no velho Aterrado. Estava lá espantando pernilongo, já que a clientela assustada com a enxurrada de prisões dos últimos dias havia se afastado, quando os homens da lei passaram o arrastão. Pacu foi pescado no dia 23 de abril, quase um mês depois da prisão da maioria do bando.

Maycon…: 15 anos, 6 meses e 20 dias.

Prisões de traficantes acontecem todo dia. O que chama a atenção para a investigação e prisão da Quadrilha do Fabão ano retrasado é o quantum da pena aplicada a cada um dos facínoras! O dossiê montado pelos detetives durante meses é tão extenso que o Juiz teve que desmembrá-lo e julgá-lo por etapas. E, à exceção de Jerry Diego dos Santos Tume – condenado apenas como mula – todos os demais julgados até agora foram enquadrados nos artigos 33 – Trafico, cuja pena vai de 5 a 15 anos; 35 – Associação para o trafico, com pena de 3 a 10 anos, e 40, que prevê aumentos de até dois terços da pena por se tratar de trafico organizado e realizado entre Estados da Federação.

Quinze dos trinta e cinco receberam suas sentenças no dia 15 de julho. Outros 20 ainda aguardam julgamento… Atrás das grades! Na primeira leva de sentenças, a maior naturalmente foi a do chefe:

Fabio Ricardo “Fabão” da Silva… 18 anos e 8 meses.

Os outros pegaram canas mais modestas:

Maycon Silva Candido… 15 anos, 6 meses e 20 dias.

Rogerio Felipe “Lelinho” dos Santos… 15 anos, 6 meses, 20 dias.

Adriano Gomes “Boy” Casarini… 15 anos, 6 meses e 20 dias.

Juliano “Pacu” Evaristo… 15 anos e 6 meses

Fernando Jorge “Paulista” de Oliveira… 13 anos e 4 meses.

Jarlan “Jota” Souza Costa… 13 anos e 4 meses;

Ronan “Gordinho” da Silva Santos (irmão do Maycon)… 13 anos e 4 meses;

Jaqueline Aparecida Domingos… 13 anos e 4 meses;

Flavia Pereira da Silva (mulher do Fabão) a ‘contadora do bando’… 10 anos e 8 meses;

Thiago Silva Araujo “Thiagão”… 10 anos e 8 meses;

Alessandra Bueno “Garrafinha” Barroso… 10 anos e 8 meses;

Michel de Oliveira Teixeira… 10 anos e 8 meses;

Rafael Marcossi “Raquete” Borges… 10 anos e 8 meses.

Juliano Pacu ( no começo da carreira )…: 15 anos, 6 meses e 20 dias.

Douglas Negão, Fael, Juliana, Lelo*, Pequeno, Patola, Pescoço, Ze Mario, Du, Corintiano – tinha que ter um corintiano no bando! – Danoninho, Sudario, Periquito, Deivinho, Gambá, Camilinho, Biza, Ney, Pablicio e Bolinha continuam atrás das grades à espera da sentença. Se todos forem enquadrados nos artigos 33, 35 e 40 da famigerada Lei 11.343, ainda que peguem a pena mínima, a cana do bando do Fabão pode passar de 400 anos!

Wellington Vieira de Souza, o “Lelo” não precisa ter pressa de assinar sua sentença pelo crime de trafico. No inicio do mês passado ele sentou no banco dos réus por um latrocínio cometido na madrugada do dia 27 de fevereiro de 2005, na Boate Love Nigth em Pouso Alegre… Pegou 14 anos, 5 meses e dez dias!

Para os traficantes de plantão e simpatizantes – Sim! Há muitos simpatizantes dos distribuidores de drogas, que acham que a policia não deveria interferir no seu ‘livre comercio’ – serão um choque estas penas tão altas. Eles esperavam o de sempre: 5 anos e meio de cana para os réus primários e no máximo uns 7 anos para os cabeças da organização criminosa!

As penas aplicadas aos membros do bando do Fabão, além de trazer um alento para a sociedade que vê seus filhos se definhando na nóia; além de ressuscitar a crença na justiça, motiva a policia a continuar seu hercúleo e ingrato trabalho de combater – com tão poucos recursos! – o crime. São poucos policiais na Regional de Pouso Alegre. Menos do que tinha há dez anos. Nos últimos 24 meses, 18 investigadores se afastaram para a aposentadoria. O concurso com duas mil vagas anunciado pelo Estado no inicio do ano passado foi aberto há dois meses – com apenas mil vagas – e até o momento somente o primeiro passa foi dado: a inscrição dos concursandos! Mesmo assim a bi-centenária Policia Civil – criada em 1808, mesmo ano em que o ratão, digo, covardão, quero dizer Rei Dom João VI fugiu de Napoleão para não ter que lutar contra ele e veio se esconder no Brasil e posteriormente roubar nosso ouro –  cujas atribuições são quase totalmente desconhecidas da população; lembrada muito mais pelos deslizes – raros – de alguns de seus policiais do que pela sua atuação no combate ao crime; quase sem ser vista na rua, continua desempenhado – e muito bem – o seu papel. Mesmo à revelia do reconhecimento da sociedade e do próprio Estado que, diante de reivindicações merecidas e justas da instituição sempre esperneia para concedê-las, os abnegados PCs mineiros continuam seu serio e produtivo trabalho que, como este, culminou com o afastamento exemplar e longo de um grande numero de criminosos do meio social. Apesar “de”, a gloriosa PC mineira segue avante no combate ao crime… Muito mais pelos princípios e ideais dos próprios policiais do que pelos da instituição que pouco sorri pra eles! Com isso a sociedade pode dormir até mais tarde …!

Rafael “Raquete”..: 10 anos e 8 meses.

Fernando “Paulista”..: 13 anos e 4 meses.

Adriano “Boy” Casarini: 15 anos, 6 meses e 20 dias.

Aos nossos estimados leitores, especialmente àqueles que navegam por este site diariamente “para saber o que a policia sabe sobre eles”, um lembrete: No mundo do crime é assim; o meliante pode vencer muitas batalhas… Mas sempre perde a guerra! 

Michel…: 10 anos e 8 meses.

Ronan “Gordinho” (Tem ainda um 121 esperando por ele): 13 anos e 4 meses.

*** Abrace seu filho… Não deixe que as drogas o abracem!***

* Os “meninos” ja estão começando fazer as malas… Devem chegar em poucos dias!

Jerry Diego “Mula” …: 5 anos e 4 meses.

Alessandra “Garrafinha”…: 10 anos e 8 meses.

Flavia, a contadora: 10 anos e 8 meses.

Jacqueline A. Domingos: 13 anos e 4 meses.

Thiagão..: 10 anos e 8 meses.

Jarlan “Jota”…: 13 anos e 4 meses.

O imbróglio aconteceu na noite ainda criança do dia 25 de outubro de 2013. Ao ser abordado pelos homens da lei na rua Vicente Calderaro, Julio Cesar de Souza Gomes tentou entregar 10 barangas de farinha do capeta para a namoradinha G.T. Isso fez dela uma infratora da lei. Por isso os policiais foram até sua residência ali perto em busca de mais drogas. Não encontraram farinha, nem erva e nem pedra… Mas encontraram um trabuco Smith-Wessom calibre 38 prontinho para vomitar azeitonas geladas! É que o trabuco de fabricação americana no século passado estava trancado a cadeado dentro de uma geladeira!  O pai da garotinha, Joaquim Teixeira Sobrinho, assumiu a paternidade da criança, quero dizer, do trabuco! Com isso ele desceu também no taxi do contribuinte para a DP onde sentou ao piano e assinou o 12 da 10.826. Somente a garotinha inimputável voltou para casa naquela noite.

As sentenças do formiguinha Julio Cesar e do ex-futuro sogro Joaquim Teixeira Sobrinho saíram no mês passado:  4 anos, 5 meses e dez dias para Júlio Cesar! E 3 anos para o sogro pistoleiro, que havia adquirido o trabuco naqueles dias para se defender de possíveis meliantes no bairro, segundo ele! Sua pena, no entanto, por se tratar de cidadão honrado e trabalhador, será substituída por prestação de serviços à comunidade pelo mesmo período. Menos mal. Já o garotão Júlio Cesar, figurinha fácil no álbum da policia por outros delitos, terá que ver o sol quadrado através das grades do Hotel do Juquinha.

Reginaldo “Panela” Severino da Silva: 20 anos de cana pelo assassinato de Nenê…!

O sangrento crime aconteceu na madrugada do dia 05 de dezembro de 2007, na famosa Avenida Sapucaí, o maior centro comercial de drogas do barro São Geraldo em Pouso Alegre. Não foi um simples latrocínio. Foi um tolo e inútil latrocínio, já que foi cometido diante de varias testemunhas e o objetivo era apenas um acerto de contas entre Edwal Fernando e Reginaldo Severino da Silva, o “Panela”. Segundo testemunhas que falaram nos autos, ao cravar pela ultima vez a faca no pescoço de Nenê, Panela fez questão de quebra-la com o pé, para ter certeza que ele não poderia retirá-la. Depois de ver o desafeto agonizando no chão da rua poeirenta, Panela, talvez para deixar patente sua superioridade, resolveu levar o carro do morto e saiu dirigindo

Tanto Nenê quanto panela eram figurinhas fáceis no álbum da policia. Furtos, roubos, estelionatos e trafico de drogas faziam parte do seu mitier! “Panela” já fora mais longe. Na noite do dia 25 de março de 2002 matou o delinquente juvenil Wiliam Alexandre Santana, conhecido pela alcunha de Graveto, depois de atraí-lo à uma emboscada num terreno baldio no bairro São João. Na ocasião minha equipe apurou o crime e desde então não tornei a vê-lo.

Semanas atrás esbarrei em um rapaz alegre e bonitão em um supermercado da cidade. Eu não o reconheci, apesar de ele estar na companha da mãe. Mas ele não esqueceu minha fisionomia apesar dos cabelos que pinto a cada dia de branco…

– E aê, Chips como vai? Não está me reconhecendo?  O Reginaldo… Panela! Filho do Severino…

– Ah, sim… O Panela, filho do meu amigo Severino! Do caso do Graveto lá no São João…! Como vai?

– Meu pai aposentou… Eu tô na Apac desde de maio, tô ‘diboinha’…!

Estava mesmo. Até o dia 11 de julho passado, quando sentou ao piano do homem da capa preta Walter Jose Vieira no Forum Orvietto Butti… De lá saiu com pulseiras de prata no taxi do contribuinte e seguiu para o Hotel do Juquinha. Seu cartão de hospedagem pelo latrocínio do ‘concorrente’ Edwal “Nenê” tem validade até 2042, ou seja 28 anos! “Panela” finalmente encontrou sua tampa…!

Reginaldo “Panela”, que no dia 30 pp completou 35 anos, é um dos “meninos que vi crescer” no caminho torto do crime. Seu pai, o respeitado e honrado Cabo Severino foi meu colega de trabalho na policia. Durante mais de vinte anos trabalhou na guarda do velho Hotel da Silvestre Ferraz. Se não tivesse se aposentado recentemente, agora poderia ser algoz do filho no Hotel do Juquinha…!!!