Assassinato no São João foi premeditado

Um só tiro na cabeça e seis órfãos...!

Um só tiro na cabeça e seis órfãos…!

As ameaças aconteceram por volta de nove da manhã na porta da casa de Eliane na Rua Juiz de Fora quando Flavio lá esteve acompanhado de um amigo em seu Chevrolet Monza, tentando falar com ela. Como Eliane não atendeu seus chamados na porta da rua, Flavio teria gritado:

– “… Como você não saiu, vou buscar uma arma para te matar…”! – e deixaram o local.
Cerca de duas horas e meia depois Flavio Matador voltou à casa da ex-companheira, desta vez em um Gol branco. Chegou agitado, de arma em punho, arrombou o portão, pegou-a pelo braço e arrastou-a pelos cabelos escada abaixo até a calçada na presença da filha de 14 anos, de ambos, enquanto dizia:
– Vem comigo senão vou te matar na frente da sua família.
Neste momento, com a intervenção dos filhos de Eliane e a tensão podendo ser pega aos quilos no ar, Flavio apertou o gatilho da arma encostada na cabeça da ex. Um só tiro encostado, provocando o que a medicina legal chama de “câmera de mina” ou “buraco de mina”. Enquanto Eliane caia agonizante ao chão, Flavio ainda puxou o gatilho do trabuco duas vezes contra o filho mais velho dela, de 18 anos, mas as balas milagrosamente ‘picotaram’. No gol em que chegara minutos antes o assassino dobrou a serra do cajuru.
Segundo o BO que narra os fatos, algum tempo depois Flavio ligou para uma irmã contando o desatino, dizendo que estava na Fernão Dias indo se esconder em São Paulo… Caso não desse cabo da própria vida antes de chegar lá!
A policia civil, responsável pela investigação de homicídios, tomou conhecimento dos detalhes do escabroso crime por volta de cinco da tarde quando recebeu o B.O. O delegado Gavião e seus pupilos vão investigar agora, quem ‘emprestou o trabuco para Flavio matar a ex-companheira. O dono do cano assassino não ficará sem chumbo.
Informações ainda não checadas dão conta de que ele teria conhecido Eliane Melo no Hotel do Juquinha, onde ela ia visitar o irmão e chegaram a viver juntos por um tempo no Aterrado. Ela tinha seis filhos. Um deles com Flavio.
Flavio Gomes Dias, o Justiceiro do Aterrado, 37 anos, responde por um homicídio praticado contra Leonardo E. de Castro em 1999, uma tentativa contra o próprio irmão Wellington, em 2002, um porte de arma em 2004 e um porte de drogas em 2007. Desde o fim de julho de 2014 ele cumpria pena no regime semiaberto. Com o homicídio e consequente fuga, ele se tornou foragido da justiça, o que dispensa o pedido de Prisão Preventiva.
Se Flavio Justiceiro gozava de um mínimo de ‘simpatia’ de alguém por matar apenas bandidos que conseguiam driblar a lei… Seu credito acabou!

Assassinato no São João…

Flavio Gomes Dias: Se o assassinato de Elaine for atribuído e confirmado à Flavio Matador, será o segundo 121 que o levará ao Banco dos Réus!

Flavio Gomes Dias: Se o assassinato de Elaine for atribuído e confirmado à “Flavio Matador”, será o segundo 121 que o levará ao Banco dos Réus!

O crime aconteceu no inicio da tarde desta quarta, 22, no bairro São João, em Pouso Alegre. Segundo testemunhas Flavio estava discutindo com a ex-esposa Elaine Cristina Resende na rua próximo à casa dela, quando em dado momento sacou o trabuco e atirou duas vezes em sua cabeça. Elaine de 36 anos foi levada para o Pronto Socorro do Hospital Regional, mas lá chegou sem vida. Os motivos do desacerto e consequente destempero do ex-marido ainda são ignorados.
O suspeito do assassinato, segundo testemunhas, é o ex-marido de Elaine, Flavio Gomes Dias, 37 anos. Seu ultimo endereço é o Hotel do Juquinha, de onde salvo engano, estava de saidinha temporária para o Dia das Crianças e não retornara.
Flavio é figurinha fácil, melhor dizendo, carimbada, no álbum da policia. Contra ele pesam um homicídio, uma tentativa de homicídio, um porte de arma e um 33. No entanto, à boca miúda, ele seria responsável por vários outros assassinatos no velho Aterrado, o que lhe valeram duas pechas; uma tenebrosa e outra nem tanto: “Flavio Matador” ou “Justiceiro do Aterrado”. Reza a lenda que ele teria mandado para o andar de baixo pelos menos dez meliantes do bairro, todos notoriamente conhecidos e não alcançados pela justiça codificada. Um deles inclusive, assassino de seu irmão, anos atras.
Após os disparos quase à queima roupa contra a ex-cara metade, o assassino dobrou a serra do cajuru. Até o final da tarde desta quarta ele não havia estendido os braços para as pulseiras de prata.

 

PM fecha mais uma “boca de pedra” no Aterrado

Apesar de conviver com o crime é a primeira vez que Giuliano assina um 33...

Apesar de conviver com o crime é a primeira vez que Giuliano assina um 33…

A ‘casa’ de  Giuliano caiu no final da noite de domingo, 19, na rua Benedito Eleutério de Assis. Segundo o B.O. que narra os fatos, antes de dar o pulo certeiro os policiais ficaram disfarçados um bom tempo filmando a movimentação da ‘boca’. Quando Giuliano saiu na rua para respirar o ar fresco da noite, recebeu voz de prisão. Ele tentou dobrar a serra do cajuru correndo para dentro de casa, mas tropeçou nas malhas da lei. Na tentativa de fuga ele teria deixado para trás seis barangas de pedra bege fedorenta. No interior do muquifo, com ajuda de Laila, a cadela farejadora de drogas da PM, os policiais localizaram mais 12 barangas de crack e algumas de farinha do capeta.
Giuliano mantinha também em casa, debaixo do travesseiro, mais de quatro mil reais em espécie! Ainda segundo declarações dos policiais, no momento da prisão Giuliano confessou que vendia a droga a 5 e 10 reais a baranga, de acordo com o peso. Ao sentar ao piano do paladino da lei na DP, ele andou para trás… Jurou de pés juntos que:
– Essa droga não é meeeeennnnhhhhaaa!
O delegado preferiu acreditar na primeira versão e fritou Giuliano no 33.
Giuliano Oliveira Rezende, 35 anos, é filho de Gilson – Indio – da Tijuca, figurinha fácil no álbum da policia desde os tempos ‘da ficha amarela preenchida na maquina Olivetti Linea 88, dono de 155, 121 e alguns 16. Apesar do pedigree Giuliano tem na ficha policial apenas um 16. Esta é a primeira vez que ele se hospeda no Hotel do Juquinha…!

A lenda do Zorro de Pouso Alegre

Zorro I

A chuva caia fina, pouco mais que um sereno no inicio da madrugada de final de abril. O outono ainda era um adolescente, mas o frio do inverno naquela época não esperava a estação oficial para bater na porta… E na pele! Era uma quarta feira quase morta. A única rua da cidade que ainda mostrava sinais de vida era a Davi Campista. Pedro Pedreiro desembarcou de um caminhão de entregas perto do Hotel Cometa e seguiu na direção do infante bairro Jardim América, que não tinha ainda quarenta casas. Ao passar pelo muquifo, quero dizer, boteco do Joao Natal, no inicio da Silviano Brandão percebeu pela tênue luz que escapava pela metade da porta de aço arriada, que o boteco estava aberto. Espiou por baixo da porta e pode ver um sujeito dormindo debruçado sobre uma mesa, certamente embalado por Severina do Popote, e um casal se esfregando no balcão, cada um com um copo e um cigarro na mão enquanto o baixinho e narigudo João Natal cochilava na outra ponta do balcão com um radinho chiando ao pé do ouvido! Entrou e pediu uma cangibrina para espantar o frio! Tomou três! E rumou para casa! Agora mais animado! Qualquer cidadão no seu lugar seguiria pela Silviano Brandão até a Campos do Amaral e aí sim teria que cortar a “Zona”. Pelo menos era um trecho curto. Passar pela Davi Campista em horas mortas não era uma atitude muito sensata. Era um antro de perdição. A confusão morava ali. No mínimo chegaria em casa cheirando a perfume de pomba gíria e seria confusão na certa! No entanto, depois de três doses da ‘marvada’ no eterno decadente boteco do João Natal, todos os empecilhos saíram do caminho. Além do mais, Pedro Pedreiro tinha inclinação para aventuras e o habito de tomar umas biritas por ali, apreciando as belas coxas das morenas de vida fácil, embora fosse casado e bem casado com a baianinha Colombina, rechonchuda e de seios fartos. Resolveu cortar caminho pelo ‘paraíso do baixo meretrício’. Virou a Rosário e sete ou oito passos depois já estava na famosa Davi Campista. Se estivesse sóbrio certamente seguiria em frente, cruzaria a Tiradentes e viraria sem problemas na Campos do Amaral, mas… Resolveu tomar mais uma na boate da Margarida Leite! Mesmo sabendo que ali uma dose de ‘rabo-de-galo’ custaria quase meio dia de trabalho de servente!
A vitrola tocava uma musica muito sugestiva para o local: “Ebrio de Amor”, seguida de “Dama de Vermelho”! A ‘dama’ Margarida Leite, – que seria assassinada pelo gigolô Faissal dez anos depois – já no crepúsculo de mulher da vida, era agora mulher de comercio… Era a mais rica cafetina da Davi Campista de então. Como ela fora uma das prostitutas mais cobiçadas do lugar, sua casa era agora a mais movimentada. Antes o corpo curvilinio e cheio era a atração… Agora era a casa! Quem entrasse na sua casa tinha que ficar um pouco mais… E Pedro Pedreiro ficou! Pedro Pedreiro – que na verdade era servente – ficou por ali em meio às luzes vermelhas, aspirando a mistura de Agua de Colônia com Dama da Noite, Martini, Cuba Libre e aguardente de cana, ouvindo Pedro Bento & Ze da Estrada, Celinho e Ramon no acordeon! Quando percebeu que o movimento já raleava olhou para o relógio Seiko de pulso – mas que trazia no bolso por causa da pulseira quebrada – e viu que faltava pouco para quatro da manhã, saiu apressado e rumou para casa pensando com seus botões…
– Hoje a Colombina me tira o couro…!
Sim. Pedro Pedreiro ficou sem o couro…
Mas não foi a esposa, a mulatinha bem feita de corpo, talvez muito mais bem feita de que dezenas da mariposas das boates soturnas da Davi Campista – de 29 anos, dez a menos que ele, quem tirou!
Quando Pedro virou a esquina da Francisco Sales o couro comeu! Do nada surgiu um cavaleiro montando um cavalo preto e

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Estupro e agressão no Fatima

Tem dias que o Taxi do Magaiver sai cheio da DP...

Tem dias que o Taxi do Magaiver sai cheio da DP…

Esta é uma daquelas clássicas historias que se repetem milhares de vezes Brasil afora quando um marido tem duas paixões na vida: A esposa que o espera resignada em casa… e a sedutora Severina do Popote que ele encontra nos bares da vida! Especialmente nos finais de semana!
A historia se repetiu no final da madrugada deste domingo no Fatima velho em Pouso Alegre.
Jose Benedito Bernardo, 40 anos, morador da Brito Filho, passou a noite de sábado na gandaia… Chegou em casa às cinco da manhã seguinte mamadiiiiinho mamadinho, querendo comida quente e chamego. Aliás queria mais que chamego… Queria fazer o que os casais fazem debaixo dos lençóis! Até aí, nada de mais! O problema é que, segundo Marilda, ele estava mamado e chapado, com o tremendo bafo de jiboia! Com a libido à flor da pele, o marido encheu a cara-metade de beijos violentos e mordidas, inclusive nas partes pudendas, causando-lhe hematomas nos seios. Despertado com os gritos da mãe, o jovem K. se levantou, muniu-se de uma faca de cozinha e colocou o pai tarado nos eixos.
Jose Benedito não quis enfrentar o filho e sua lapiana. Preferiu dobrar a serra do cajuru. No meio da tarde de domingo voltou para casa, segundo a diarista Marilda, no mesmo estado em que saíra de madrugada… Exalando o perfume se Severina do Popote e da erva marvada!
Desta vez Benedito não queria ‘nhanhar’ à força, mas estava ainda mais violento. Depois de meia dúzia de prosa perdeu as estribeiras e deu um belo soco no olho da esposa, deixando a marca indelével do seu punho. Se tivesse dado dois socos, um cada olho de dona Marilda, quem a visse de longe acharia que ela estava usando mascara…!
Desta vez o homens da lei foram chamados… O valentão tarado, mamado e chapado foi detido já na Airton Sena, há dois quilômetros do local da violência, tentando dobrar a serra do cajuru à pé. Não deu. Recebeu pulseiras de prata e carona do taxi do contribuinte e foi sentar-se ao piano do paladino da lei, na DP. Fato semelhante já havia acontecido no dia 30 de setembro… Agora Jose Benedito assinou dois artigos pesados do Codigo Penal; estupro da própria esposa no final da madrugada e lesões corporais com tempero de Maria da Penha no meio da tarde. Mais tarde subiu no taxi do Magaiver para o Hotel do Juquinha…!

 

Max & Leninha… Dormindo com o inimigo

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Conheci Max no inicio de uma madrugada gelada de 98. Eu estava num trailer de lanches da Vicente Simões quando ele chegou agarrado a uma garotinha de cabelos loiros lisos e maltratados – provavelmente pelo excesso de tinta de má qualidade – com uma tremenda cara de biscate, embora não aparentasse mais que 12 ou 13 anos. Tempos depois eu soube que ela tinha 17, a mesma idade dele na ocasião. Eu estava sozinho escutando o frigir do bacon na chapa enquanto o chapeiro preparava quatro lanches para minha equipe de plantão na delegacia: Dorigatti, Rita e Chicarelli. Max veio direto até mim arrastando a falsa loirinha, estendeu a mão direita e cumprimentou-me efusivamente como se fossemos velhos amigos que não se viam há meses. Só faltou me abraçar.

Eu não conhecia a pessoa ate então, mas conhecia o nome e a fama. As façanhas de M.P.R.F. já tinham produzido boas manchetes em meu programa Direto da Policia na Radio Difusora e na coluna homônima no jornal Sul das Geraes. O adolescente de 17 anos já era figurinha carimbada no álbum da policia, especialmente no bairro São Cristóvão. Porte de arma, tiroteios, brigas e trafico de drogas enriqueciam seu currículo. O garotão sorridente e boa pinta poderia mudar completamente sua fisionomia de uma semana para outra alternando apenas a penugem do rosto. Barba, bigode, cavanhaque grosso, aparados ou não, assim ou assado, além dos cabelos extremamente pretos, lisos e grossos podiam remoçá-lo ou dobrar-lhe a idade em pouco mais que um piscar de olhos ou triscar de tesoura. Naquela madrugada ele estava de barba e bigode aparados e na presença da loirinha assanhadinha que o puxava para lá e para cá o tempo todo, ele parecia ter pelo menos 22 anos. Alem dos cumprimentos puxou prosa fútil e amena, parecendo interessado em saber quem estava de plantão comigo na delegacia. Antes que ele começasse a traçar o perfil dos meus colegas policiais, o chapeiro entregou-me o pacote de x-tudo e fui embora. Senti tentado a convidá-lo a tomar um café conosco na delegacia. Com certeza ele não esperaria que eu renovasse o convite para aparecer por lá.

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Assim era Max. Alegre, extrovertido, curioso, corajoso e às vezes ingênuo. Mesmo quando chegava na DP com as mãos algemadas para trás, com o lombo ardendo dos esbarrões, mantinha o bom humor e conversava com os policiais, especialmente comigo, de igual para igual, como se sua situação de preso não passasse de mero equívoco. Naturalmente não sabia se vestir, mas se tomasse um banho de loja e umas aulas de etiqueta, passaria facilmente por modelo fotográfico ou galã de novela. Se ganhasse uns quatro ou cinco quilos poderia se passar facilmente por Antonio Banderas no começo de carreira. Morava com a avó no Chapadão e não precisava trabalhar para se sustentar. Tinha, portanto todo tempo do mundo para bisbilhotar e se intrometer na vida alheia e até na da policia. O que marcou sua curta vida, por mais esdrúxulo que pareça, foi seu senso de justiça. Se tivesse recebido orientação, certamente teria sido policial… E dos bons! Acabou seguindo um caminho paralelo, bem perto disso… O de justiceiro! Vivia ameaçando e espancando os pequenos delinqüentes do bairro em nome da justiça. Como não conhecia normas, limites e muito menos leis, logo se tornou…

 

Para continuar lendo esta historia e saber que fim levou o romance do bandido Max com a policial Leninha, acesse www.meninosquevicrescer.com.br

 

 

 

PM prende traficante cigano de Congonhal no Aterrado

Julinho: Ele assumiu a paternidade da droga, ms qualquer policial com um minimo de experiencial é capaz de jurar de pés juntos que ele está apensas segurando a cabrita para o 'patrão' mamar!!!

Julinho: Ele assumiu a paternidade da droga, mas qualquer policial com um minimo de experiencial é capaz de jurar de pés juntos que ele está apensas segurando a cabrita para o ‘patrão’ mamar!!!

Não, meu estimado leitor, esta não é a historia do ‘cigano’ Herivelto Dias Faustino contada na terça feira. O modus operandi é o mesmo, mas a droga é mais impura, pesada e fedida… Muda também o local, a hora e o ‘cigano’…!
O fato aconteceu próximo à Rua Sapucaí, às dez e meia da noite desta terça, 14. O sujeito de camisa vermelha com pinta de somongó, andava de um ponto a outro da rua, sem se afastar de um terreno baldio. Conversava com as pessoas que passavam, ia até o terreno pegava a droga, entregava e recebia a bufunfa… Até que os homens da lei que filmaram seu mitier por alguns minutos deram o bote!
O traficante cigano, que mora bem longe dali, ainda tentou dobrar a serra do cajuru, mas acabou tropeçando e caindo nas malhas da lei. E para cair no sentido figurado, antes ele caiu literalmente! Ao perceber a chegada da Arca de Noé, Julio Cesar Alves ligou as turbinas e tentou levantar voo… Pulou muros e quintais, foi escorraçado por vizinhos, foi mordido por um totó que vigiava um quintal, subiu no telhado de uma casa, a telha quebrou e ele acabou caindo… Direto nos braços dos policiais!
Julio Cesar Alves, o Julinho, 34 anos, levava na algibeira uma merreca, R$ 132. É que o movimento estava apenas começando, pois no terreno baldio onde ele entrava e saia toda vez que trocava um centavo de prosa com um nóia na rua – ou seria mais correto dizer: trocava cinco “reial” por uma baranga! – numa pilha de entulhos e tijolos, havia 50 barangas de pedra bege fedorenta. Na parte mais sombria do terreno os policiais desenterraram meia folha de ‘rapadura’ de crack!
“Julinho”, o traficante Cigano da Sapucaí mora, segundo ele, na Cel. Evaristo na vizinha Congonhal. Ao piano do paladino da lei, ele preferiu o silencio. E mudo foi se hospedar no Hotel do Juquinha.

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Esta é historia do Traficante Cigano que saiu de Congonhal para vender droga na Sapucaí no velho Aterrado em Pouso Alegre… Mas se alguém quiser apostar que a droga não era dele, que ele estava apenas vendendo para um ‘patrão’ em troca de uma ou duas pedras para consumo, e que, mesmo diante do Homem da Capa Preta daqui algumas semanas ele vai continuar segurando a cabrita para o ‘patrão’ mamar, pode apostar que ganha a aposta…!

 

Quem é o indigente do Rio Sapucaí?

Indigente

No ultimo sábado de abril de 1981 eu, o parceiro Adair Pezão e os peritos Jadir e Tiãozinho fomos “fazer um local de encontro de cadáver” nas margens do Rio Sapucaí. O corpo fora encontrado por um pescador e, como o rio estava alto – final da enchente das goiabas – e ele insistia em continuar descendo o rio, o pescador o amarrou pelo pé com uma cordinha de nylon no galho de uma arvore ribeirinha. – Essa nossa aventura está pagina 83 do livro “Meninos que vi crescer” recém lançado por este blogueiro que vos escreve! – O cadáver de um negro forte de cerca de 30 anos levava na algibeira da única peça de roupa que vestia uma bermuda jeans quase estourando pelo inchaço do corpo, uma caixa de fosforo Ipiranga com seis ou sete palitos. Sem nenhum documento, sem nenhuma informação sobre sua identidade ou procedência, ele foi sepultado numa cova rasa – sem caixão! – no cemitério de São Sebastião da Bela Vista com alguns milhares de mosquitos multicores que insistiam em banquetear e festejar seu corpo rotundo e putrefato! Apesar da falta de parentes na solenidade de despedida comandada pelo perito Jadir – que se limitou a dizer ao coveiro: -Pode virar! – seu enterro foi talvez o mais concorrido da historia da pequenina São Sebastião da Bela Vista… À exceção talvez dos enfermos que não podiam sair de casa, toda a população estava no cemitério no final daquela ensolarada manhã, se escondendo do sol forte atrás de túmulos, debaixo de guarda-chuvas, tentando não vomitar nas pessoas da frente por causa da catinga, para curiosar e ver seu corpo putrefato, irreconhecível descer à ultima morada! “O primeiro indigente do Rio Sapucaí” jamais foi identificado, jamais foi procurado e nunca mais saiu daquela cova rasa!
Trinta e três anos depois a historia tende a se repetir…
Foi encontrado boiando nas aguas do Rio Sapucaí, na manha deste sábado, 11, o corpo de um homem aparentando entre 25 e 30 anos. O pescador Messias Pereira Filho estava de canoa dando banho nas minhocas quando de repente avistou o corpo encostado a uma pedra na altura do bairro “Porto dos Vianas”, Rancho do Ronan Vieira. Para evitar que ele continuasse ao sabor da correnteza, o pescador usou um pedaço de arame para prender o morto à margem e fazê-lo esperar pela policia. O cadáver já em inicio de putrefação, trajava calça jeans e sapatão rustico marron. Além de ‘marcas’ no pescoço e sangramento bucal, à primeira vista os policiais não denotaram qualquer tipo de violência externa. O que mais chamou a atenção na macabra cena, é que na margem do rio, próximo ao local onde o corpo foi encontrado, havia uma cruz de madeira, fincada na terra, sugerindo uma ‘despedida’ por suicídio. Nas vestes do provável afogado não havia qualquer documento, papel ou indicio que pudesse identificá-lo.
O corpo do Indigente do Sapucaí em Turvolandia foi provisoriamente enterrado em cova rasa no cemitério de Turvoalndia. Nos próximos dias deverá ser exumado para se investigar sua causa mortis.
Independente dos motivos que tenham posto fim à vida do cidadão encontrado boiando no Rio Sapucaí em Turvolandia, se não for identificado, ele será esquecido e terá o mesmo destino do “Primeiro indigente do Rio Sapucaí” que ajudei a sepultar no cemitério de São Sebastião da Bela Vista em 1981… Ou seja, será apenas personagem de mais uma crônica policial…!

OBS: A idade aparente de 25 a 30 anos informada pelos policiais e testemunhas do encontro do cadáver é muito relativa. Qualquer morto de muitos dias, especialmente os conservados na agua, podem disfarçar idade, ou seja: ele pode ter entre 20 e 40 anos ou mais! Portando, se você tem parente ou conhecimento de algum homem branco nesta faixa etária que esteja desaparecido, entre em contato com a policia!

 

Estudante é preso voltando da “boca” com maconha

A prisão aconteceu na noite criança de segunda, na BR 459, na saída do Cidade jardim. Domingos Amadeus Vizzoto, 19, e Jamison Martins Ferreira, 20, estavam no interior do Gol branco dele voltando da Boca de Fumo quando os policiais militares que os viram saindo do bairro resolveram abordá-los. Na algibeira Domingos levava um maço de cigarros cheio… De erva marvada!
– Eu moro em Pouso Alegre e estudo em Santa Rita… Como eu vinha a Pouso Alegre no fim de semana, meus colegas de republica, Anderson e Lucas fizeram uma ‘vaquinha’ para eu comprar maconha pra gente fumar durante a semana – Disse o jovem de 19 anos que diz cursar o 3º ano de Engenharia Biomédica.
– E onde você comprou a droga?
– Eu pedi para o meu amigo Jamison me lavar no seu carro à boca de fumo” na Rua Dois no cidade jardim! Lá um rapaz conhecido dele de nome Paulo pegou o dinheiro e logo depois voltou com a erva… O Jamison é inocente. Ele apenas me levou até a ‘boca’…!
Jamison, 20 anos, morador do Fatima Velho, limitou-se a confirmar a versão do suposto estudante amigo da fumacinha! E ambos sentaram ao piano do delegado de plantão.
O doutor paladino da lei, no entanto, entendeu que a dupla cometeu o delito de “auxiliar” do trafico, previsto no paragrafo segundo do artigo 33 da Lei 11.343, cuja pena vai de 1 a três anos de prisão e comporta fiança! Por isso cada um pagou fiança de R$ 300 e voltou para casa, para responder o processo em liberdade! É a primeira vez que vejo um caso de trafico de drogas com fiança… É um caso raro, mas está previsto na lei!

 

Funcionário pega ladrão na Loja Cem

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Leandro Hamilton Gualberto:  O criminoso sempre volta à cena do crime…!

Tres horas das tarde quente desta segunda, 13… Um cidadão comum, vestindo camisa de frentista de posto de gasolina entrou na loja ‘Cem’ da Garcia Coutinho, em Pouso Alegre… Despretensiosamente andou pra lá, andou pra cá, dispensou ajuda e quando viu que estava só, pegou uma caixa na prateleira contendo um climatizador cuja etiqueta apontava R$448, e foi se esgueirando de fininho até deixar a loja!
Mais tarde quando um funcionário se lembrou de tê-lo visto pegando a caixa e resolveu consultar as imagens do Big Brother… E constatou que o moço com camisa de frentista fora embora sem agradecer, sem se despedir e… Sem pagar a conta!
Mas como todo bom criminoso volta à cena da crime, eis que no meio desta terça ainda mais quente de primavera, com 32 graus à sombra, lá vem de novo o frentista! Ele foi entrando com pinta de somongó na loja, talvez em busca de mais um climatizador e certamente levaria o eletrodoméstico do mesmo modus operandi da segunda, mas de repente foi reconhecido pelo vendedor de ontem…
– Hei, você esteve aqui ontem e saiu sem pagar! Vem cá…
– disse o funcionário tentando chama-lo na chincha!
Ao perceber que a casa ia cair o falso frentista mudou de ideia e passou sebo nas canelas! Teria dobrado serra do cajuru, mas o funcionário botou a boca no trombone, saiu nos seus calcanhares aos gritos de pega ladrão, entrou em luta corporal com ele e o segurou até a chegada dos homens da Guarda Municipal que rondavam as imediações da Praça Garcia Coutinho!
O larapio é Leandro Hamilton Gualberto, 32 anos, sem emprego e sem residência fixa em Pouso Alegre, mas com muita disposição para tomar conta do alheio.
– O climatizador que levei? Vendi para um caminhoneiro por R$200! – Disse na mais lisa cara de pau.
Quisera ele não ter vendido a res furtiva pela metade do preço! Pois num apartamento com outros onze ou doze ‘manos’ no Hotel do Juquinha para onde ele seguiu esta noite, com o calor acima de 30 graus, o climatizador valeria o dobro do preço…!

Ficou com peninha do larapio da Loja Cem? Então saiba que ele é “cadeieiro veio”… Desde 2007. Tem 121, 33 e uma lista de 155 que se for emendada dá pra vir de Turvolandia, onde ele assinou seu primeiro B.O., passando por São Gonçalo do Sapucaí até chegar ao Hotel do Juquinha…!!!