Ciclista atropelado no Aterrado era benzedor

DSC03451

O trágico acidente aconteceu no meio da tarde desta segunda, 17, na Avenida Vereador Antônio da Costa Rios no Aterrado em Pouso Alegre. O ciclista, então desconhecido, inexplicavelmente se atrapalhou e caiu da bicicleta debaixo de um ônibus que passava pela avenida. Não houve tempo de frear. As rodas atingiram parte do corpo e a cabeça, fazendo-a explodir. De um segundo para outro o ciclista sem documentos nos bolsos estava morto, estendido na pista quente da avenida. Antes que uma alma bondosa providenciasse um lençol para cobrir o corpo, dezenas de celulares registraram a cena, até certo ponto macabra! Em poucos minutos as fotos do cidadão com a cabeça esmagada, com os miolos espalhados na pista, correram as redes sociais!
No crepúsculo da mesma segunda feira, já identificado por familiares, o corpo do ciclista foi submetido a exame de necropsia no IML de Pouso Alegre, como de praxe, e liberado para a família. Era Sebastião Rodrigues da Silva, 70, morador da ultima casa da Rua Joao Sabino de Azevedo no velho Aterrado.
O corpo do Sr. Sebastião foi velado, em caixão aberto, por algumas horas na funerária Ferracioli e ainda na segunda foi levado para ser velado e sepsultado na cidade de Silvianópolis, sua cidade natal, onde moram seus parentes.
Mas depois de ter a cabeça esmagada, como mostraram as fotos em milhares de celulares, foi velado em caixão aberto!?
Sebastião Rodrigues da Silva era uma daquelas pessoas que seguem à risca o ensinamento cristão: “fazer o bem sem olhar a quem”! Ele era ‘benzedor’! Dezenas, centenas de pessoas já receberam sua benção e tiveram suas dores físicas e ou espirituais aliviadas. E até curadas! Há cerca de quatro anos, Sebastião frequentou o Pronto Atendimento do bairro São Geraldo para tratar de um ferimento na perna. Na ocasião ele recebeu os cuidados da Tecnica de enfermagem Cida… Numa dessas ocasiões Cida se queixou que tinha uma terrível e crônica dor de cabeça que a acometia com frequência. E Sebastião perguntou…
– Voce acredita em benzimento, minha filha?
– Sim. Claro…
– Então eu vou benzê-la!
Desde então, Cida nunca mais “tomou Doril”… Mas “a dor sumiu”!
Sebastião Lumumba de Melo foi jogador de futebol profissional. Jogou no Alfenense, Manhuaçu, e vários outros clubes da Segunda Divisão do futebol mineiro nas décadas de 60 e 70. Paralelamente à profissão de jogador exercia também a função de auxiliar de necropsia. Em 1984 ingressou formalmente na Policia Civil como Auxiliar de necropsia. Há seis anos, com a extinção da sua profissão dos quadros da policia, foi promovido a Detetive. Depois de quase quarenta anos cortando mortos para serem examinados pelos legistas; costurando e muitas vezes emendando e reconstruindo cadáveres para entregá-los apresentáveis aos familiares, Lumumba contraiu uma tosse crônica que nem barris de xarope resolviam. Por isso, também, decidiu pendurar as chuteiras do IML e foi trabalhar na nova profissão na Aisp 110ª como investigador de policia. Um belo dia, estando na companhia da esposa, a enfermeira Cida, no centro da cidade, encontrou Sebastião Rodrigues da Silva, o Benzedor!
– Este é o Sr. Sebastião! Aquele que me benzeu e curou minha enxaqueca, lembra Lumumba?
Apresentados os xarás pegaram de prosa. Logo a tosse deu seus sinais de vida. Em meio à rapida conversa, entre uma tossida e outra, Sebastião Lumumba contou à Sebastião Rodrigues que a tosse antiga, provavelmente contraída abrindo túmulos, pretendia leva-lo para o tumulo! Sebastião Rodrigues, humilde e solicito então repetiu a clássica pergunta;
– Voce acredita em benzimento, meu filho?
– Claro! Ainda mais depois que a Cida parou de ‘chorar’…!
E ali mesmo na beira da rua, encostado numa banca de jornais, o velho benzedor fechou os olhos, conversou’ por alguns instantes com Deus, fez alguns gestos no corpo de Lumumba e, Alacaziu… A tosse sumiu! Agradecido Lumumba disse o tradicional “Deus lhe pague” sem imaginar que um dia poderia ter a chance de pagar, pessoalmente! Se despediu e nunca mais tossiu! E nunca mais se viram…

DSC03449
Recentemente o IML de Pouso Alegre recebeu duas novas medicas legista. Desde então foram feitos alguns ajustes e inovações no órgão para melhor atender a população. Sebastião Lumumba, há seis anos afastado das necropsias e exumações, pela sua longa experiência, foi chamado de volta. Era só um convite. Ele não era obrigado a aceitar. No entanto, após avaliar as mudanças no órgão, decidiu aceitar o convite, sem contudo deixar suas atividades de investigador. Aliás, no IML se investiga tanto quanto em qualquer outro setor de investigação da policia. Os corpos inertes e muitas vezes dilacerados falam… E tem muitos segredos para contar! Qualquer policial que se interesse e disponha a ouvi-los, desvendará muitos segredos que, de outra forma, serão levados para o tumulo!
No final da tarde da ultima segunda Lumumba foi chamado para mais uma necropsia no IML. Deixou seus afazeres na Aisp 110ª e foi para seu antigo mitier. Não sabia quem era a vitima da vez. Sabia apenas que era um senhor vitima de atropelamento, totalmente desfigurado pelas rodas de um ônibus no Aterrado. O estado do corpo era lastimável. Irreconhecível! Um leigo não daria conta de reconstruí-lo! Mas Lumumba já fizera isso dezenas, centenas de vezes sem jamais ter ideia de a quem pertencia o corpo, como agora. Fazia por respeito aos mortos, por consideração aos familiares, por amor à profissão muito embora a obrigação seja apenas refazer os cortes necessários para exames. Fazia pelo prazer de ser útil…!
Terminada a necropsia no atropelado Lumumba usou todo seu talento para reconstruir o corpo. Limpou, lavou, enxugou, emendou, costurou, e quando finalmente olhou de frente para o morto, reconheceu… Era o xará Sebastião Rodrigues, o benzedor! Aquele mesmo que havia curado a enxaqueca de sua esposa Cida e meses depois, na beira da rua perto de uma banca de jornal havia benzido e curado sua tosse crônica! Se não tivesse usado toda sua experiência em reconstruir corpos dilacerados sobre a mesa do IML, não teria sequer reconhecido o bondoso benzedor! Emocionado finalizou seus trabalhos e entregou o corpo do amigo à funerária. Aquela imagem que circulara pela internet causando espanto e repulsa nos curiosos, não existe mais. Familiares e amigos que acompanharam o velório do bondoso benzedor puderam ver, além de sua fisionomia cândida, apenas uma discreta cicatriz na testa.
Quanto ao auxiliar de necropsia? Bem, Lumumba deve ser descendente de Rowan… Por isso é um profissional capaz de levar uma “Mensagem à Garcia”!

 

Latrocinio no Itaim

O bairro Itaim fica na divisa de Estiva com Cachoeira de Minas

O bairro Itaim fica na divisa de Estiva com Cachoeira de Minas

O crime foi descoberto no crepúsculo desta quarta, 19, por vizinhos que estranharam o silencio do velhinho e foram fazer-lhe uma visita. Quando chegaram ao local a casa estava toda trancada, ao contrario do costume, e a porta da cozinha apenas encostada. Ao entrarem na casa depararam com a cena macabra… Dionisio Gonçalves estava deitado numa poça de sangue com vários ferimentos pelo corpo, completamente sem vida!
Quando do exame de necropsia no IML, foram constadas 33 ferimentos cortantes feitos provavelmente à faca. No pescoço havia sinais de esgorjamento… O assassino ou assassinos tentou separar sua cabeça do corpo, mas acabou desistindo depois de vários cortes no pescoço. Havia também vários golpes nas costas e ferimentos de defesa nos braços, além de sinais de luta no interior da sala onde ele foi morto.
Uma testemunha contou aos policiais que fora à casa de Dioniso na noite de terça fazer-lhe uma visita, mas ao se aproximar percebeu que havia uma movimentação em casa e resolveu deixar a visita para outro dia. Provavelmente neste momento ele estava travando a luta inglória com os assassinos!
Segundo moradores do local, Dionisio Gonçalves, 69 anos era viúvo e morava sozinho no bairro Itaim, município de Estiva. Na segunda, 17, depois de receber o pagamento da aposentadoria com um amigo, ele estivera em um bar bebendo e comemorando. Sob efeito de Severina do Popote, o velhinho estava mais alegre que o habitual e fazia questão de mostrar que estava com dinheiro.
Sua exibição parece ter sido sua sentença de morte!

 

Policia interrompe velório em Bom Repouso

Reginaldo Severino da Costa tinha varias registros policiais, o que aventa a probabilidade de crime no seu suposto suicídio.

Reginaldo Severino da Costa tinha varios registros policiais, o que aventa a probabilidade de crime no seu suposto suicídio.

A cena inusitada aconteceu na pequenina Bom Repouso ‘capital da batata’, horas antes do sepultamento nesta quinta feira, 20. Reginaldo foi encontrado por familiares pendurado por um fio de arame a uma arvore, cerca de seiscentos metros adentro de uma mata nas cercanias de Bom Repouso já sem vida, no crepúsculo desta quarta. Quando a policia militar chegou ao local, o corpo já havia sido retirado do galho da arvore e jazia no chão próximo a uma cadeira, na qual ele supostamente teria subido para suicidar. Um irmão da vitima alegou que o havia retirado da arvore na tentativa de reanima-lo.
A policia técnica foi chamada para fazer a pericia de praxe, porém, como o local do sinistro havia sido desfeito, prejudicando toda e qualquer investigação, o perito de plantão não compareceu ao local. Diante da conjuntura, a policia militar teria liberado o corpo para a família, que por sua vez contratou um medico para atestar a causa mortis por enforcamento e o corpo do jovem foi entregue à funerária para velório e sepultamento.
Tudo aparentemente normal…
No entanto, reza a lei que, toda morte por causa externa – e até algumas por causa interna, suspeita de envenenamento, por exemplo – precisa ser investigada! Em casos de suicídios, ainda que não haja vestígios ou motivos aparentes para crime, nem sempre dois mais dois somam quatro.
Nos primórdios da Medicina Legal no país, os médicos legistas, que só existiam nas capitais, às vezes viajavam centenas de quilômetros para examinar um corpo e determinar o que causara sua morte. A literatura policial está recheada de casos de “suicidamentos”. No interior dos presídios então, os “suicidamentos” são rotina! Por isso todo suicídio deve ser investigado. E o primeiro passo da investigação é o exame de necropsia. Curiosamente o jovem Reginaldo de Bom Repouso pulou essa parte!
Quando não é feita necropsia imediatamente após a morte, posteriormente terá que ser feita exumação do cadáver, ou seja, desenterrá-lo para examiná-lo. A exumação poderá ser feita a qualquer tempo. Uma semana, um mês, um ano, dois anos depois de enterrado o corpo. – Esta semana um jovem vitima de acidente de transito em maio de 2012 foi exumado no Distrito de Monte Verde – Quanto mais tempo se passar mais difícil será achar as causas da morte e provas do crime!
No caso de Bom Repouso ainda não se levantou nenhuma suspeita de crime. Isso, no entanto, não quer dizer que o jovem de 20 anos não tenha sido enforcado por inimigos.
O suicídio de Bom Repouso chegou ao conhecimento da autoridade policial do município no final da manhã desta quinta, quando o corpo do jovem já estava sendo velado por amigos e familiares na funerária. Imediatamente o delegado determinou a interrupção do velório e o corpo foi levado para IML de Pouso Alegre onde, neste momento está passando por exame de necropsia.
Reginaldo Severino da Costa, 20 anos, era figurinha fácil no álbum da policia desde 2012, quando assinou seu primeiro 155. Sua capivara tem ainda outro 155, 21, 330 e 309 do CTB. Motivos suficientes para que alguém quisesse vê-lo fora de circulação. O corpo do jovem, cujo velório foi interrompido, deverá ser enterrado ainda hoje no cemitério de sua cidade.

Policia Militar fecha “Boca” no Chapadão…

Adriano Henrique Vieira Costa

Adriano Henrique Vieira Costa, o “Boca”…

Há pouco mais de um ano o bairro São Cristóvão, ao sul de Pouso Alegre, conhecido por “Chapadão” desde sua criação em 1982, era o bairro recordista em denuncias de amigos ocultos da lei sobre o trafico de drogas. Até os policiais que moram no bairro – e são muitos – estavam incomodados com tamanha proliferação e incidência de uso e trafico de drogas a poucos metros do Batalhão da PM.
Enquanto a PC busca montar o dossiê dos traficantes, através de escutas e coletas de informações, a PM foi à campo. Desde então vários distribuidores de drogas no bairro caíram nas malhas da lei. Ano passado caiu o estrábico “Palmeirense”. Este ano caíram o temível “Carrasquinho”, e depois o ensaboado “Baiano”. Nesta terça foi a vez Adriano Henrique Vieira Costa.
Ele estava na porta de casa na Jorge Andere, próximo a três escolinhas do bairro, quando os policiais chegaram. Sem outro recurso para desfazer da prova do crime, Adriano enfiou a baranga de maconha na boca e tentou engolí-la… Sem suco e sem tempero! Não deu. Antes que engasgasse os policiais o fizeram vomitar a erva…!
Com apoio de outros policiais que foram chamados ao local, inclusive do “Sabujo” , o cão farejador que sente cheiro de droga até no pote de pó de café, os homens da lei encontraram 15 pedras beges fedorentas incrustados num buraco do muro da residência. Dentro da casa encontraram R$160 em dinheiro de ‘porta de igreja, comumente arrecadado no trafico, duas balanças de precisão para pesar a droga sem desperdício e sem prejuízo para o ‘comerciante’ e embalagens vazias que seriam usadas para acondicionar drogas. Adriano estava com tudo para ser enquadrado no 33.

"Boca" disse que apenas a maconha que tentou vcomer era dele! O restante das provas do crime, segundo ele, pertencem ao seu irmão que é  menor de idade...

“Boca” disse que apenas a maconha que tentou comer era dele! O restante das provas do crime, segundo ele, pertencem ao seu irmão que é menor de idade…

Não tinha como tapar o sol com a peneira… Ou tinha?
Mesmo com todas as provas da traficância, a começar pela denuncia via 181 informando que seu mocó era ‘biqueira’ de drogas, ainda assim ele achou uma saída… Ou pelos menos tentou!
– Essa droga não e meeeeeennnnnhhaaa… – disse ele aos quatro ventos! – é do meu irmão. Ele é “dimenor”…
Mas não teve choro e nem vela e nem fita amarela… Adriano recebeu pulseiras de prata, e desceu no taxi do contribuinte para a DP onde sentou ao piano e assinou o 33.
Aliás, Adriano Henrique Vieira Costa, 21 anos, já conhece o 33. Já conhece também o Hotel do Juquinha! Ele morou no majestoso hotel de setembro de 2011 a dezembro de 2013. Estava em liberdade condicional quando recebeu a visita dos homens da lei no final da tarde desta terça. É mais uma estrela que cai… E se espatifa no caminho da droga!

 

*** Cirilo, Godô, Chapeleiro, Fernando da Gata… Ele e outros tantos meninos estão no livro “MENINOS QUE VI CRESCER”! Adquira o seu nas bancas e livrarias, ou através do site “meninosquevicrescer.com.br”.

Renanzinho… O psicopata da cabeleireira

Banner de Meninos

Nove e quarenta de uma quinta feira abafada de agosto, véspera de aniversario do padroeiro da cidade. O jovem alto, forte, cabelos curtinhos subiu a Dr. Lisboa lentamente, sem destino, olhando para todo lado sem olhar para ninguém. Não tinha nenhum compromisso definido. Quando cruzou o semáforo da Rua Marechal de Teodoro e pisou no passeio defronte o prédio do 17º Departamento de Policia Militar, institivamente olhou para a avenida e seus olhos pararam na rua em frente a Vieira de Carvalho… Mais precisamente num sobradinho onde funcionava um salão de beleza. Uma lembrança o atraiu. Encostou-se ao poste em frente o quartel e ficou ali por alguns instantes, olhando para a plaquinha do sobradinho da estreita rua. Suas lembranças o levaram há alguns anos atrás. Havia cometido um furto na galeria em frente e acabara sendo preso pela PM algumas horas mais tarde. Não tinha mais a res furtiva e a policia não tinha prova da sua culpa… A menos que alguém o apontasse como autor do furto. E não é que alguém apontou! A policia parara a viatura ali perto e chamara algumas pessoas para ver se alguém o reconhecia…
– Foi ele mesmo que eu vi saindo da loja… – Disse a bonita senhora de meia idade.
Graças a esta afirmação a policia ‘tirou-lhe o serviço’. Ele assinou mais um Afai, o trigésimo oitavo da carreira, talvez, desde os dez anos de idade! E mais uma vez foi se hospedar na ‘cela de menores’, no pátio do velho Hotel da Silvestre Ferraz. Mais 45 dias dividindo aquele espaço de 3×3 – incluindo o banheiro – com outros 5 ou seis delinquentes. Ele nunca mais voltara naquela rua desde então, mas soubera que a ‘coroa’ que dissera “foi ele mesmo” era uma cabeleireira que tinha um salão ali em frente a Galeria Portal. No começo tivera muita raiva dela e pensara em vingança. Mas sua vida já era amarga demais para cultivar mais um sentimento negativo. Acabou esquecendo a cabeleireira cujo nome nem sabia. Agora ali na esquina, olhando para a placa pendurada no velho sobradinho tomara conhecimento do seu nome.

“Ester: Cabeleireira”!

De repente o ‘perreio’ que passara naquele cubículo na ‘esquina’ do pátio interno do presidio, olhando através das grades da janelinha para a cela das mulheres e das grades da porta remendada de solda para as celas dos presos menos afortunados ou em triagem, vieram à tona. Ficou alguns minutos ali encostado no poste pensando na vida, sentindo uma certa angustia. Apesar de, depois daquela bronca ter assinado outras, já ter atingido a maioridade penal e estar a mais de ano morando no novo Hotel do Juquinha, aquela fita na galeria foi marcante. Na verdade não se lembrava mais o que havia furtado, mas se lembrava nitidamente porque fora preso;
“Foi ele mesmo” – dissera a cabeleireira.
Ele só tinha 19 anos, mas já estava na ‘caminhada’ há quase dez! Morando uma hora com o pai, outra hora com a mãe, outra com uma tia, outra na rua, outra por conta do Conselho Tutelar internado em clinicas…! Apanhou do pai, da mãe, ouviu as chorumelas da tia, apanhou dos moleques da rua, tomou puxões de orelha dos conselheiros, do juiz da infância, do promotor da infância! Passou diversas temporadas de 45 dias atrás das grades, apanhou de traficantes… Dormiu debaixo da ponte, foi amarrado em casa com correntes para não ir pra rua…!
– É, a cabeleireira não tem nada a ver com minha vida tão dura… Mas também não tinha que se intrometer! – pensou ele incógnito encostado no poste ali a poucos metros da porta do quartel, olhando para a placa do salão de beleza: “Ester Cabeleireira”…
Já ia se ‘despedir’ do poste e seguir seu caminho sem rumo tentando esquecer os pensamentos ruins, quando…

Para continuar lendo essa e outras 49 historias, acesse www.meninosquevicrescer.com.br e adquira o livro “Meninos que vi crescer”!

 

“Minutos de Sabedoria…”

DSC03334

“Seja o que você deseja ser.
Não dê importância ao que os outros dizem.
Você é filho de Deus, e como tal tem o direito à sua liberdade.
Não desanime diante dos impedimentos e das dores.
Fique certo de que você, unicamente você, terá de dar contas de seus atos.
Portanto, busque dentro de si mesmo a luz divina e seja exatamente o que você deseja, subindo sempre!”

 

Deixe sua luz brilhar…

O dizimista da Catedral… Um golpe perfeito!

DSC08917

O principal adjetivo pejorativo que o cidadão mortal comum profere ao tomar conhecimento de um fato delituoso, com relação ao meliante, é chama-lo de… “Vagabundo”. Quanta injustiça com o pobre meliante!!! O cidadão comum não tem idéia do que se passa nos bastidores da mente criminosa! De quanto trabalho! De quanta encenação é necessário para enfim o artista colocar a mão leve na res furtiva… Na bufunfa alheia.
Leia esta;
O cidadão Unsseteum Caralavada da Silva, moreno claro, estatura mediana, na casa dos cinquenta anos, cismou de descolar uma graninha – ‘quase sagrada’ – da igreja. E mesmo sem saber quanto iria ganhar, se pôs a trabalhar dias após dia, semana após semana até poder ver a cor do dim-dim. Passou a frequentar a catedral metropolitana, participar das missas e numa delas, durante a Semana Santa, fez questão de agradecer uma graça alcançada pela sua neta, que se convalescera bem de um atropelamento, sem sequelas. Preparado o terreno, na terça feira ele finalmente decidiu lançar a semente ao solo… e, contrariando a natureza, fazer imediatamente a colheita! Por volta de dez da manha entrou com cara de beato na secretaria da Catedral, deixou com a recepcionista um maço de ‘santinho’ com imagem de Cristo e uma mensagem de agradecimento pela graça e foi se confessar com o padre Catarino. Em seguida interpelou a secretaria A. L. de C. M., puxou prosa e insistiu para que ela se lembrasse dele, numa missa da Semana Santa, quando comovido fez o agradecimento.
Ao lembrar-se do fato e da fisionomia do Umsseteum Caralavada que queria a todo custo retribuir a graça alcançada tornando-se dizimista da igreja, a secretaria dedicou-lhe toda atenção possível e, enternecida, chegou mesmo a catequiza-lo. Preenchida sua ficha de dizimista e orientado como proceder, Unsseteum finalmente foi embora. Não sem antes desejar todas as benesses do mundo à secretaria e recepcionista ali do lado.
Voltou vinte minutos depois com um cheque de R$ 120 na mão e… Uma ‘graça alcançada’! Dizia ele com os olhos brilhantes e nodosos mais ou menos assim;
– Olha, A.L., como Deus é bom! Mal acabei de manifestar meu desejo de ser dizimista, saí na rua, encontrei uma pessoa que me devia e ela me pagou… Quero doar a metade deste cheque para a igreja.
A secretária tentou explicar a ele que não é bem assim que funciona o dizimo. Mas não houve como dissuadi-lo de sua bondade! E o jeito foi aceitar a doação dos R$ 60. Recolheu o aludido cheque, da praça de São Lourenço, abriu a gaveta, ainda que discretamente, pegou o troco e entregou ao beato Unsseteum que, feliz da vida de cristão, mais uma vez se despediu dando graças e glorias!
Minutos depois ao voltar do cafezinho na copa da igreja, A. L. esbarrou novamente no Unsseteum ao pé da escada e o interpelou despreocupada:
– Ué, você resolveu esperar pela missa da 12h15?
E o cara lavada, beata e placidamente, respondeu que estava indo à secretaria a fim de distribuir mais santinhos… E foi. Passou pela mesa da recepcionista, que, bem como outras pessoas, ali já estavam familiarizados com sua presença, informou que iria pegar uns santinhos sobre a mesa de A. L. a dois metros da sala onde estava o Cônego Edson.
Depois de tanta ladainha, Unssseteum Caralavada já desfilada belo e faceiro nos corredores administrativos da Catedral como se fosse um velho conhecido! Como se fosse ‘alguém da casa’. Era hora de dar o bote fatal! De colher o fruto! De usar a mão leve para surrupiar o dinheiro da coleta dos verdadeiros fieis. Sem que ninguém se importasse com sua beata presença, ele enfiou o braço longo e lânguido através das grades da parede da secretaria, estendeu-o até a gaveta e pegou o envelope com o santo dinheirinho do dizimo, que já estava contabilizado e separado para pagamentos rotineiros. Saiu com cara de santo levando R$ 2.828,87 mais os 60 do troco do cheque de São Lourenço … E dobrou candidamente a serra do cajuru!

Mas Unsseteum Caralavada da Silva nem sempre foi tão pacifico…! Enquanto preparava o terreno para a colheita do dizimo da Catedral, ele fez outra fita ali pertinho, no Bazar Paula, na esquina da Afonso Pena com Adalberto Ferraz. Lá ele colocou o ‘modus operandi’ de 171 para aplicar o 155, mas acabou usando o “plano B” e aplicando o 157! Ele chegou à loja numa hora estratégica, na hora do almoço. Bem trajado com roupa social, disse que queria comprar um vestido, uma blusa ou talvez uma bata para presentear a esposa em suas bodas de prata. Avançou o balcão, olhou uma peça, pegou outra e acabou escolhendo duas. Pediu a lojista que preparasse o embrulho e disse que ia ao banco pegar dinheiro. Foi e voltou minutos depois com um cartão. Jogou mais conversa fora, elogiou o zelo da lojista, falou da sua alegria pelos 25 anos de casados, observou onde ficava o caixa, onde ficava o banheiro e outros detalhes da loja! De repente saiu novamente e disse que ia comprar papel de presente. Foi mesmo! E voltou em seguida com a folha colorida. Após ter certeza de que não havia ninguém por perto da loja, entrou, pegou a jovem vendedora pelo pescoço, tentou tirar-lhe o ar tapando sua boca e tentou arrasta-la para o banheiro…! Mas esqueceu de combinar estes detalhes com ela…!
Ao sentir suas mãos grossas, seus gestos rudes e seu bigode grosso raspando sua nuca, a jovem e impetuosa vendedora pensou logo no pior… Seria estuprada!!!
Não! Não seria… Já quase sem ar, ela chamou pelos anjos das mulheres indefesas, reuniu as forças, esperneou, escapou e conseguiu acertar uma sonora bicuda no sac…, quero dizer, nas ‘coisas’ que ficam onde as pernas do homem se encontram! Sem esperar tal reação, o pobre Unsseteum, também sem ar, que queria apenas levar a lojista para o banheiro para poder sair da loja com o dim-dim sem ser notado, teve que acionar o “plano B”…! Após recuperar o fôlego, abriu rapidamente a gaveta, pegou o que havia, – cerca de R$750 – e desceu correndo a Adalberto Ferraz até virar a esquina do calçadão…
O larapio que usa a mais antiga das armas… a lábia, para conquistar a confiança de suas vitimas, está com os dias de liberdade contados. A batata está assando pra ele… E está bem quente!
Na verdade esfriou!
Este fatos aconteceram em 2011. Na ocasião conseguimos levantar sua capivara. Ele era figurinha fácil no álbum da policia pela pratica de golpes deste tipo. Mas era muito viado…, quero dizer, viajado. Viajava mesmo. Tanto que depois do golpe da igreja viajou, talvez para Itajubá onde tinha raízes e nunca mais foi visto em terras manduanas!
E você meu estimado leitor, caso receba esmola demais, faça como o santo… Desconfie!!!

PM prende trio de formiguinhas no Cidade Jardim

 

Matheus  Elias Papini

Matheus Elias Papini

Raspava dez da noite desta terça, 11, quando os homens da lei faziam patrulhamento de rotina pelo bairro Cidade Jardim e receberam a denuncia de amigos ocultos da lei…
– Tem três malucos embalando drogas para vender, em um terreno baldio aqui perto… A muamba está escondida no pasto atrás deles!
Dito & feito!
Ao serem abordados na beira da rua, Alex, Matheus e André Luiz nem se mexeram! Estavam limpos. No entanto, conforme a caguetagem, a droga estava a poucos metros deles, no terreno baldio. Trinta barangas de farinha do capeta, dez pedras beges fedorentas, um prato e mais dez capsulas vazias para embalar farinha. O trio jurou de pés juntos que não tinha nada a ver com a droga:
– Nós só estamos conversando aqui na rua, sargento! – Disseram eles
Que azar do trio! Todos com passagem pela policia, conversando na beira da rua na penumbra da noite, justamente a poucos metros de 40 barangas de drogas… Oh, azar!!!
Para evitar que alguma pior acontecesse ao trio de amigos, o delegado de plantão resolveu manda-los para um lugar seguro… Depois de assinar o 33, André Luiz da Silva Candido, 29 anos, Matheus Elias Papini, 20 e Alex de Jesus Correia Carvalho, 24, foram se hospedar em segurança no Hotel do Juquinha!

Alex de Jesus Correia Carvalho

Alex de Jesus Correia Carvalho

Policia Militar prende assaltante do Altaville

O roubo no Altaville aconteceu antes do almoço de segunda feira, 10. Para chegar até a casa onde acreditavam haver uma grande soma em dinheiro, o trio de assaltantes rendeu os funcionários de uma obra ao lado, amarraram os dois com arame cru e os trancaram na ‘casa de ferramentas’. Depois entraram na luxuosa casa de arma em punho exigindo o dim-dim. O trio sabia o que queria. A todo tempo perguntavam pelo onde estariam cinco milhões de reais.

Lucas dos Santos Denóbile; Ele ficou apenas 5 meses preso pelo sequstro do tio Sebastião de Souza Lagos e o filhos em 2012

Lucas dos Santos Denóbile: Ele ficou apenas 5 meses preso pelo sequestro do Recanto Irashay em 2012. Na ocasião Popota e o filho João Marcelo ficaram amarrados no porão da estatua do Cristo no Bairro São João!

Para pressionar a dona da casa a entregar o dinheiro, eles a colocaram, ela, sua mãe de 73 anos, a empregada e o filho dela de 10 anos no box do banheiro e passaram a fazer ameaças, batendo com o cabo do trezoitão no vidro. O destempero dos assaltantes era tanto que acabaram quebrando o vidro do box com as quatro vitimas lá dentro. Todos sofreram ferimentos generalizados e foram transferidos, sangrando, para outro banheiro da casa.
O assalto à residência do Alta Ville, bairro nobre a Norte de Pouso Alegre, tinha alvo certo e definido, embora improvável. Foi-se o tempo em que se guardava a pacoteira debaixo do colchão. Depois que inventaram os bancos e o dinheiro de plástico, ninguém mais guarda dinheiro debaixo do colchão, até porque, 5 milhões, ainda que, com o rendimento irrisório da poupança, dá quase 50 mil por mês!Cerca de três salários meninos por dia! Atualmente quem ainda mantém dim-dim no cofre, na maleta ou na cueca, só os políticos… Especialmente os de um certo partido!
Apesar disso, os assaltantes furiosos acreditam que dona Tereza tinha cinco milhões em mãos e continuaram vasculhando a casa e danificando moveis à procura da bufunfa. Só pararam quando ouviram a sirene da Arca de Noé…
Embora tenham planejado minuciosamente o roubo, cometeram um pequeno vacilo… Não perceberam que a dona da casa levava um pequeno aparelho celular no bolso. Foi através dele que a policia militar foi chamada e chegou ao local. Mas chegou tarde! Ao ouvir a corneta e perceber que a 5ª Cavalaria estava se aproximando, o trio furioso dobrou a serra do cajuru em direção ao bairro Santo Antonio.
Seguindo o rastro dos fujões, os policiais militares descobriram que um dos assaltantes teria trocado de roupa em uma casa na Rua Manoel Pedro da Silva, no bairro vizinho. Ao serem abordados pelos policiais, Ana Paula e o filho Y,16 anos, contaram que estavam no portão quando um sujeito assim assado chegou correndo, apontou a arma e exigiu uma muda de roupa, fez a troca no quintal do vizinho e continuou a fuga. Levado para o quartel o adolescente admitiu conhecer o tal assaltante. Ele seria Lucas dos Santos Denobile, conhecido da policia de outros carnavais!
Desde então a policia militar, enquanto fazia seu trabalho preventivo, passou a observar todo cidadão assim – assado. Ao pé da noite desta terça foi bater à sua porta no bairro Cidade Jardim. Num tete-a-tete com os policiais, Lucas Denobile, que mantinha em casa uma baranga de maconha para uso próprio e, portanto estava em flagrante, confessou ter participado do assalto do Altaville. E contou mais…
– O garoto Y. no bairro Antonio me deu roupas para fugir e guardou o revolver usado no roubo!
– E quanto aos outros dois parceiros no assalto. Quem são? – indagaram os policiais.
– Ah, isso eu não sei não sargento! Eu não conheço os malucos, não! Eu só sei que eles são de São Paulo e sabiam que tinha dinheiro na casa. Por isso pediram p’ra mim achar um jeito de entrar lá. Depois de uma semana de campana eu liguei e eles vieram pra gente fazer o serviço… – contou o assaltante.

O trabuco usado no assalto, foi guardado pelo "dimenor" Y, ao lado de sua casa no Santo Antonio.

O trabuco usado no assalto, foi guardado pelo “dimenor” Y, ao lado de sua casa no Santo Antonio.

A arma usada para render, subjugar e aterrorizar as vitimas no Altaville, um belo Taurus 38 oxidado, mal cuidado, foi apreendida pela PM em um terreno baldio, escondido pelo menor Y, ao lado de sua casa no Santo Antônio.
O delegado Erasmo Kennedy Carvalho, que na segunda feira já havia pedido a prisão temporária de Lucas Denobile e a custodia do “dimenor” Y, pediu nesta quarta a Prisão Preventiva de Lucas, para garantir que ele – desta vez – fique atrás das grades enquanto conclui as investigações e busca seus parceiros no assalto.
Lucas dos santos Denóbile, 21 anos posou para o álbum da policia no ano passado, ao ser preso pela PC por conta do sequestro do contador Popota e seu filho num sitio no Recanto Irashay. Na ocasião, Lucas e outros três comparsas tomaram o sitio de assalto no final de uma festa e sequestraram pai e filho. Popota e o filho ficaram presos no porão da estatua do Cristo no alto da Serra de São João enquanto os sequestradores negociavam o pagamento do resgate. Todos foram presos pela PC menos de vinte e quatro horas depois do inicio do sequestro.
… E o leitor pergunta!
– Mas porque o sequestrador Lucas Denóbile não está atrás das grades?
E o blog responde.
– Porque ele teve a prisão preventiva relaxada no dia 05 de junho e ficou portando apenas 5 meses preso!
E o leitor torna a perguntar com incredulidade!
– Como assim!!! Teve a prisão relaxada???
E o blog volta a responder…
– Porque a lei penal brasileira, feita por aqueles senhores simpáticos, bem vestidos, de sorriso largo – e mais falso que nota de tres reais – que nos visitam de quatro em quatro anos prometendo nos dar o céu, – para ser bem simplório! – não tem tempo para fazer leis que realmente punam o meliante e dê ao menos esperança de segurança à sociedade!
E o blog diz mais: Em qualquer um destes crimes que ele for jugado; ou no caso do sequestro do contador ou no caso do assalto do Altaville, Lucas será primário, e deverá pegar pena próximo da mínima. Aliás, ele será colocado em liberdade no próximo sábado se até lá o Homem da Capa Preta não tiver assinado sua Prisão Preventiva!
… E assim caminha a humanidade!

Chegou o grande dia… É hoje o “IV Encontro da Família” e lançamento do livro “A Família Coutinho no Sul de Minas “

O ultimo encontro foi em 1996 e reuniu 507 descendentes de João Coutinho Portugal. O próximo encontro será inesquecível!

Espera-se mais de mil familiares e amigos dos Coutinhos…

 

O autor do livro “A Familia Coutinho no Sul de Minas” e este blogueiro, estão nesta foto tirada em março de 1967… Quem identificá-los na foto vai ganhar um livro da ‘família’ ou “Meninos que vi crescer”, autografado pelo autor!