Anos atras o jovem Rafael Henrique do Couto, hoje com 23 anos, cometeu um delito na cidade de Andradas e conheceu o velho Hotel da capital mineira da uva. Foi condenado a 2 anos e meio de cana. Como era primário, tinha emprego fixo e bons antecedentes, de acordo com a lei, saiu em liberdade condicional depois de 5 meses vendo o sol quadrado.

Uma das condições impostas pela justiça, era apresentar-se periodicamente ao Homem da Capa Preta ‘para dizer que estava vivo’…! Mas, como acontece com a maioria das pessoas que retomam a liberdade – elas acham que foram inocentadas, embora assinem e levem para casa a papelada da condicional – Rafael nunca mais passou na porta do Forum da capital da uva. Com a safra da uva em declinio e o afastamento do Clube Atletico Rio Branco do Futebol profissional, Rafael foi trabalhar na empresa KTM em Pouso Alegre.

Semana passada ele foi informado por familiares que a policia esteve na casa dos seus parentes procurando por ele. Nesta terça, 17, Rafael foi ao quartel da PM na Dr.Lisboa perguntar por que os policiais haviam visitado seus parentes em Andradas. Após breve consulta no sistema de dados da policia ele recebeu a resposta.

– O sr. é procurado na Comarca de Andradas… “Teje preso”!

Rafael Henrique subiu ontem à tarde para o Hotel do Juquinha. Ainda esta semana estará pisando em solo andradino! Se a bronca for somente esta que ele informou, depois do puxão de orelha do Homem da Capa Preta, ele poderá voltar para o emprego… Se a historia for mais longa do que ele me contou, a empreiteira KTM terá que procurar um novo funcionário!!

Marcelo Henri…: Eu sou morador de rua…

Inicio de madrugada de terça feira,17. Passar pela velha e soturna Sapucaí no velho Aterrado e não sentir o cheiro da pedra bege fedorenta é coisa rara. Pegar alguém com a pedra na mão pode não ser fácil, pois existe mil maneiras de se desfazer da prova do crime! Quando os homens da lei se aproximaram Marcelo Henri da Silva, 30 anos e  Amauri Aparecido Pinto, 41 bem que tentaram, mas  não tiveram tempo. Amauri levava na algibeira 5 pedras e quarenta reais. A droga de Marcelo Henri, 18 pedras, segundo o BO, estava numa tabua junto a um muro ali perto.

– Eu sou andarilho e usuário de drogas… – Jurou Amauri.

– Eu vivo no mundo… Só estava ali para usar drogas… – emendou Marcelo Henri.

Juntando o relato dos policiais aos antecedentes criminais da dupla de andantes – ambos já estiveram presos por roubo e uso de drogas – o paladino da lei optou por enquadrá-los no 33 e manda-los para uma abstinência forçada… No Hotel do Juquinha.

Amauri Aparecido..: – Eu estava ali só pra queimar a pedra…

… A droga realmente não tem sido generosa com eles!

Rita é de São Sebastião da Bela Vista, tem 44 anos, boa  aparência e trabalha em uma repartição publica municipal de Pouso Alegre. No intervalo de almoço ela costuma sair do trabalho para dar um rolê pela cidade enfeitada. Namorar vitrine, ver os enfeites  natalinos na Praça Senador Jose Bento, quem sabe arrumar um ‘cacho’…

Na segunda feira, 16, como de habito, ela saiu para fazer o ‘quilo do almoço’ caminhando pela cidade. Quando se deu conta estava no interior da loja “Lojão das Fabricas” na mais bela praça da cidade. Namorou uma peça de roupa aqui, namorou outra acolá… Quando se deu conta já estava na rua caminhando bela e faceira sem se despedir de ninguém… Quando se deu conta havia uma mão forte e pesada encostada em seu ombro! Quando se virou para dar atenção ao dono da mão, ouviu uma voz clara e firme convidando;

– Dona Rita… A senhora está levando na bolsa uma peça de roupa da nossa loja… Sem pagar! Queira me acompanhar à gerencia, por favor?

Quando se deu conta a gari Rita estava sentada ao piano da delegada de plantão na Delegacia Regional de Pouso Alegre…

– Me desculpe moço. Eu não tinha intenção de roubar a calça. Foi um momento de fraqueza. – Admitiu Rita com os olhos afogados em lagrimas.

O segurança da loja – com um DVD que provava o pequeno deslize de Rita na mão –  até que perdoou. Mas a conduta da gari, ainda que seja motivada por um desvio de comportamento chamado “cleptomania”, se encaixa no tipo penal descrito no artigo 155 do código penal! Uma vez que a autoridade policial toma conhecimento do fato, é obrigada por força do artigo 319 do mesmo código penal, a fritar o autor – no caso dona Rita – sob pena de responder criminalmente pela ‘nobreza de sentimento’…!

Mas nem tudo estava perdido para dona Rita. Quando ela se deu conta, o causídico Renato Braga chegou à DP para impetrar seu pedido de fiança. Valor mínimo naturalmente; R$ 678. Mais ou menos o que ele ganha por mês. A calça jeans que Rita colocou na bolsa num ‘momento de fraqueza’, custa R$ 84,99.

Ah, só para ilustrar, este não foi o primeiro ‘momento de fraqueza’ da dona Rita. Há dois anos ela foi flagrada num destes “Big Brothers” e pagou, além da fiança, uma cesta básica à Casa de São Rafael…!

Ah, dona Rita foi a terceira pessoa a ter um ‘momento de fraqueza’ na mesma loja, de quinta feira para cá!

Com tantos “Big Brothers” espalhados por aí, já não se pode mais ter ‘momentos de fraqueza como antigamente…!!!

O galo já havia cantado pela terceira vez e voltado a cochilar quando o silencio da madrugada foi cortado por vários estampidos de arma de fogo no velho Aterrado…

– Eu acordei com o barulho de 4 tiros, mas pensei que fossem ‘bombinhas de cinquenta’ – disse a vizinha.

Duas horas depois, quando amanheceu e a vizinha foi soltar o cavalo que passa as noites no quintal de Lazaro Luiz Venâncio, ela percebeu que porta da casa dele estava toda quebrada e acabou descobrindo o corpo sem vida.

– Através da porta quebrada eu vi que ele estava caído no chão, lá dentro… Quando cheguei mais perto para ver melhor notei que ele não estava se mexendo! Aí eu lembrei das bombinhas… “Nossa, eram tiros! Eles mataram o Lazaro”, pensei comigo! E chamei a policia – contou a mesma vizinha.

Quando os homens da lei chegaram ao casebre encontraram o corpo de Lazaro caído em decúbito ventral. Ele tinha vários ferimentos de bala de grosso calibre – um trezoitão ou talvez uma pistola 380 – pelo corpo. Levando-se em conta que havia quatro capsulas vazias no quintal e três dentro do casebre e os ferimentos encontrados no corpo de Lazaro, ele recebeu sete tiros nas regiões costal, torácica e facial.. Inclusive um na nuca! Ele foi submetido a exame de necropsia no IML de plantão em Itajuba, cujo laudo que constata a quantidade exata de tiros ainda não foi divulgado.

Segundo a ex-esposa, Lazaro estava morando sozinho no casebre há cerca de um mês.

– Ele usava drogas demais… Estava roubando as coisas dentro de casa para trocar por drogas, por isso eu aluguei a casinha e mandei ele pra lá – Disse Silvana Ribeiro aos policiais.

Segundo os registros da policia, Lazaro L. Venâncio, 29, tomara um ‘esfrega’ no inicio do ano. Por conta de um testemunho que ele havia prestado no ano de 2011 em desfavor de supostos membros do PCC, ele teria sido sequestrado, levado para um matagal e espancado por quatro desafetos. No dia 23 de novembro ultimo Lazaro teve outro entrevero – daqueles de soltar faíscas! – com o desafeto conhecido pela alcunha de “Rodrigo da Borda”.

Para o delegado Renato Gavião, que acaba de desvendar o crime de empalamento ocorrido no bairro do Cascalho no mês passado e o latrocínio do motel, o assassinato do nóia Lazaro Luiz foi execução sumaria. Resta saber quem puxou o gatilho da pistola…!

* O assassinato de Lazaro Luiz fez a estatística de homicídio de 2013 ultrapassar a de 2012. A ‘estatística completa’ de homicídios em P.A. este ano, você vai conhecer aqui no blog… Ainda esta semana! 

Depois de duas semanas de intensa investigação o Delegado Renato Gavião, responsável pela Delegacia de Homicidios de Pouso Alegre e seus pupilos Abel, Ozanan e Bruna apresentaram as pulseiras de prata ao frio assassino que na virada da noite do dia 26 de novembro ultimo ceifou a vida do industriário Edney Alexandre Funchal no interior do motel Veneza na MG 290.

J.M.S.F. foi preso ainda nos braços de Morfeu, com ordem expressa do Homem da Capa Preta, em sua residência no Jardim São João, na manhã desta sexta, 13. Com um toque de frieza, de estupidez e demonstrando total desleixo pela vida alheia, “Thor”, confessou o bárbaro crime ao paladino da lei e a toda imprensa a quem foi apresentado às dez da manha.

– Matei ele porque eu queria roubar o carro dele! – Admitiu sem esconder um sorriso no rosto diante do assedio da imprensa.

Egresso do “Centro de Recuperação de Menores Infratores” de Juiz de Fora, onde passou quase um ano e meio, o garoto que em fevereiro próximo completará 18 anos, contou com detalhes o que a policia e a sociedade buscava ouvir desde a manha do dia 27 de novembro…

Thor… O assassino do motel.

– Eu conheci o cara – Edney Alexandre Funchal – no domingo. Eu tava quieto no meu canto quando ele me ofereceu carona… Logo vi que o cara era homossexual e pensei em pular fora, mas aí pensei: “Eu vou roubar esse mané”! Eu fiquei com o cartão dele e fui pra casa pensando em roubar o cara… Gravei um CD com mais de 600 musicas de Funk pra ouvir no carro dele depois que roubasse. Todo mundo no meu bairro tem carro, porque eu não podia ter o meu…!? Na terça feira eu fui num orelhão perto do supermercado São João e liguei pra ele… Combinamos de encontrar perto da Loja Cem… A gente saiu para comer lanche, eu desci do carro e comprei lanche pra ele, coca-cola… Aí ele tocou para o motel! Mas eu não quis nem descer do carro no motel! Falei que ali, não! Eu sabia que no motel era mais dificil matar o cara… Eu já tinha comprado um canivete, sabia que dentro do carro ia ser mais fácil… Era só matar e empurrar o corpo pra fora. Nós fomos num terreno baldio mas ele começou desconfiar e não quis tirar a roupa… Aí voltamos para o motel. Eu queria o carro de qualquer jeito…! Quando ele deitou de bruços na cama eu apertei a cabeça dele no travesseiro e dei o primeiro golpe com o canivete… Ele reagiu, me atacou. Teve luta mas eu acertei outros golpes de canivete nele até que ele caiu… Eu cobri o corpo dele com o lençou e fui tomar banho porque eu tava cheio de sangue. Depois eu fui pra garage e tentei sair com o carro mas eu não sei dirigir direito e o carro morreu… Quando eu abri o porta-malas lá tinha uma ‘compra’… Eu comi umas bolachas e tomei suco, depois resolvi colocar o corpo no carro mas não deu… Aí eu fugi do motel pulando o muro. Passei pela AABB e cheguei em casa já de madrugada. Tomei um banho, escondi da minha mãe a roupa suja de sangue… No outro dia eu peguei as roupas sujas de sangue e fui jogar no rio, na “barragem”…

Delegado Renato Gavião: – Dedicamos integralmente as ultimas semanas na apuração deste crime…

Esta parte das roupas sujas, embora Thor tenha levado os policiais ao local, é pouco provavel que tenha acontecido, pois para fazê-lo o assassino teria que cruzar todo o bairro São João e passar a poucos metros do local do crime para chegar às margens do Rio Mandu!

Para chegar ao assassino do industriaro Edney, o delegado Gavião se valeu das imagens externas gravadas no motel, nas denuncias de amigos ocultos da lei e em outras fontes que não pode revelar para não ‘municiar’ os bandidos.

– Nossos investigadores trabalharam incansavelmente nestas duas semanas, vendo repetidas vezes e analisando as imagens da fuga do motel, até associá-las ao provável assassino pela sua cor, suas vestes, seu porte físico… A colaboração da Policia Militar com informações também foi importante na elucidação deste crime! Com base no que foi apurado, vou pedir a custodia preventiva do menor infrator e, o juiz autorizando, ele será recolhido inicialmente no presidio local à disposição da justiça – enfatizou o delegado de homicídios.

O delinquente disse ao delegado que acessava diariamente o Blog do Airton Chips em busca de informações sobre a apuração do seu crime.

– Essa semana o Chips falou que eu ia ser preso… Mas eu não acreditei muito, não… – Disse o “dimenor” ao delegado. Embora tenhamos acompanhado diuturnamente as investigações do caso, como fazemos em outros, nada publicamos que pudesse comprometer as investigações policiais.

Ediney Alexandre Funchal foi assassinado com golpes de canivete. O assassino topou ir com ele para o motel a fim de roubar seu carro para dar uns ‘rolês’ pelo bairro São João curtindo Funk…!

Thor, o latrocida do motel Veneza, era um dos assaltantes do Posto do Agenor no inicio do ano passado, quando seu parceiro “Zezinho” foi morto em confronto com um policial militar que abastecia seu veiculo no momento do assalto. Por isso ele passou uma temporada em “recuperação” em Juiz de Fora! Nos próximos 72 dias Thor ainda poderá gozar das benesses de um ‘centro e recuperação’. A partir do dia 24 de fevereiro, quando completará 18 anos, seu novo endereço poderá ser o Hotel do Juquinha… Cadeia de gente grande!!!

O engraxate-cantor (de blusa vermelha) não gosta de posar sozinho para fotografia. Ele está dividindo o flash com o homicida Juvenal Ferreira dos Santos – preso nesta quarta pela PC, condenado a 6 anos de prisão – e os amigos Gustavo e Nilton no Taxi do Magaiver…

“Eram quatro da tarde de uma fresca quinta feira de abril. Com a delegacia quase vazia, a melodia doce de “pense em mim, ligue pra mim…” invadiu os corredores chegando até o cubículo onde eu trabalhava. Não era Leandro & Leonardo… Era um moleque pardo, franzino, calça e camiseta surrada e manchadas de graxa, chinelos havaianas sujos, andando ligeiramente torto. Trazia nas costas presa ao ombro uma caixa de engraxate. Foi cantando e foi entrando. Quando viu minha cabeça de curioso na porta-janela no final do corredor, o cantor – até que era afinado – se ‘exibiu’ para lá.

– Vai graxa aí, doutor? – perguntou ele, parando de cantar.”

“A vida mansa e regrada, com alimentação balanceada na APAC, trabalhando terceirizado para a Tigre, o dia todo sentado na sombra, fez bem ao engraxate. Cantor clareou a pele, recuperou a serenidade da tez, engordou. Engordou até demais! Ganhou uma respeitável barriga. Parecia um Pachá. A ultima vez que o vi na Apac, em 2010, ele disse-me que estava namorando firme e quando saísse da Apac iria se casar… e me convidou para ser seu padrinho!”

A historia do Claudinei Ferreira da Silva, hoje com trinta anos, foi contada aqui no blog no dia 30-03-2012 com o titulo: “CLAUDINEI… O ENGRAXATE-CANTOR”, na serie “Meninos que vi crescer”… No final da matéria eu disse;

– “Acho que o engraxate-cantor está devendo alguma coisa…”

Se na ocasião me enganei na conjectura a respeito do meu ‘afilhado’, nesta quarta ele me deu razão…

Cerca de quatro e meia tarde desta quarta, 11, de dentro da sua loja no centro, um comerciante notou que um rapaz magricela, sujo e mal vestido, tentava abrir o cadeado da sua bicicleta presa a um poste ali perto. Olhando bem ele percebeu o rapaz não era o mesmo que havia deixado a bicicleta ali de manhã! Olhando ainda melhor, notou que ele estava serrando a corrente que prendia a bicicleta!

Quando a policia chegou, a bicicleta já havia dobrado a serra do cajuru, nos braços do sujeito maltrapilho. Ele foi abordado antes de chegar em casa no velho Aterrado. Era Claudinei… O engraxate-cantor!

Pilhado com a magrela nos braços, o magricela não teve como negar o furto qualificado…

-Eu ia vender para comprar ‘pedras’ no Aterrado… – Disse ele ao piano do paladino da lei.

Desde que saiu gordo, corado, vistoso e barrigudo da APAC no inicio de 2011, Claudinei desandou. Tenho encontrado com ele pelas ruas, parecendo um mendigo, sempre arredio. Voluntários do “Amor Exigente” já tentaram resgatá-lo da rua e interna-lo, mas ele não aceita! Acha que está bem e vai parar com a droga a qualquer momento. Torna-se agressivo se insistirem na ajuda!

Claudinei não canta mais, mas continua engraxando! Agora canaletas de portas de aço. Diz que fatura em media R$ 40 por dia. Se trabalhar de segunda a sábado, pode ganhar R$ 960 por mês sem ter que sorrir amarelo para o patrão se chegar atrasado. Para os seus padrões daria para levar uma vida sem conforto porém digna… Mas no caminho do engraxate cantor havia uma pedra … Bege fedorenta!

Depois de assinar o 155 qualificado da tarde de ontem, embora até a tarde desta quinta a vitima do furto não tenha aparecido para reclamar a bicicleta recuperada pela policia, o engraxate cantor terá que fazer abstinência forçada da droga… No Hotel do Juquinha!

Antes do seu aniversario em maio próximo, estará gordo, corado e saudável na APAC, sem drogas. Mas APAC é cadeia… Não é Spá! Portanto, daqui alguns anos, ele terá que voltar para seu habitat natural… Infestado de drogas!

… E ainda tem gente que acha que a droga deveria ser liberada!!!

Gustavo…: Saiu do Foch para jogar vídeo game no Cidade Jardim.

Passavam os homens da lei pela Rua Ilonka Narbot em patrulhamento de rotina quando avistaram um cidadão com pinta de somongó no portão de uma casa. Ao vê-los, o moço se assustou e arremessou um objeto no telhado!

O que seria? Ganha um picolé de abacaxi quem adivinhar!

Abordado ainda no portão da casa, o jovem Gustavo Alejandro Mella Farias, morador do bairro Foch, levou os policiais para o interior da residencia de Nilton Costa da Silva Junior onde estava também o adolescente P.M.S.S. 16 anos jogando vídeo game!

Após breve busca pela casa sem nada encontrar, o soldado Fabrício subiu ao telhado e resgatou junto à lage a prova do crime! O ‘ovni’ atirado pelo ressabiado Gustavo ao telhado era um belo patuá de ‘erva marvada’!

No interrogatório preliminar dos três suspeitos ainda no local, o “dimenor” P.M.S. naturalmente assumiu a paternidade da droga, alegando que era para seu uso pessoal.

– A maconha é minha… Comprei do Joãozinho – o legitimo João Tapira – para fumar com o Gustavo.

Mas, como não vira o momento em que o ‘parça’ Gustavo dispensara a erva, caiu em contradição. Diante do impasse, Gustavo alegou que a droga era sua, para uso. No entanto seu celular trazia uma mensagem comprometedora;

– “Tem maconha pra vender aê” – perguntava um nóia, possivelmente seu cliente. A mensagem fora recebida no seu aparelho às 12:26h… Deve ser por isso que ele deixou sua residência no Foch para ‘jogar vídeo game’ no Cidade Jardim!

Já o morador do local, Nilton Costa da Silva Junior, 25 anos, vivendo de auxilio doença,  diz que mal conhece maconha.

– Eu estava em casa jogando vídeo game quando meus amigos Gustavo e P. chegaram e ficamos todos jogando! Eu não sabia que eles estavam com maconha…! – alegou.

Nilton…: Eu só estava jogando vídeo game… Não sabia que eles tinham drogas!

De acordo com o artigo 33 da Lei 11.343 “guardar” é um dos verbos que tipifica o trafico de drogas! E se a maconha estava ‘guardada’ na lage da sua casa… sobrou para ele também!

Se Nilton foi preso inocente, ele vai se lembrar sempre do clássico ditado:

“Diga-me com quem tú andas e te direi quem és”!

… Que pode também ser traduzido para o popular;

“Quem anda com porcos… Está sujeito a se sujar de lama”, ou

“Quem dorme com cachorro, pode pegar pulgas… E sarna pra se coçar”! E tantos outros ditados que nos alertam para escolher nossas companhias!

Nilton e Gustavo assinaram o 33 e subiram ao pé da manha desta quinta para o Hotel do Juquinha. O garotão P.M.S.S., como é inimputável, voltou para casa de braços dos pais!

* Leia daqui a pouco: ” Engraxate Cantor” caiu de novo…!