PM desmonta “biqueira” na Rua Juruá

Luan Luiz

Semana passada a Globo mostrou num só programa, o Fantástico, duas versões do estrago que a droga causa às pessoas e suas famílias. No primeiro caso focou a saga do brasileiro Marco Archer, condenado a morte e executado pela justiça da Indonésia, no sábado, por ter entrado no país em 2003, levando nos tubos da sua asa delta treze quilos de farinha do capeta! No segundo, mostrou o drama dos irmãos catarinenses Fernando e Dealberto Jorge da Silva Junior. Os jovens e bem sucedidos empresários, donos de uma firma de Engrenharia Ambiental, nadando em dinheiro, foram nadar nas aguas e na ‘farinha’ do famoso balneário mexicano de Cancun! Em meio às festas desregradas, os irmãos consumiram tanto ecstasy e cocaína com vodca e rum que passaram a ter alucinações. Fernando só conseguiu se ver livre dos inimigos – que só existiam na sua mente! – dois dias depois. O irmão Dealberto teve menos sorte… Na tentativa de fugir dos inimigos invisíveis, acabou caindo do terceiro andar de um prédio e morreu no local!
Cocaína, crack, ecstasy, maconha e outras drogas tem protagonizado milhares de historias assim. Talvez não com tanta visibilidade quanto a dos bem sucedidos empresários catarinenses ou a do instrutor de voo livre, que pode abalar até a diplomacia entre o Brasil e Indonésia! Mas existem milhares de casos que não aparecem na mídia. Que são na verdade ainda piores, pois destroem vidas inocentes!
Apesar do estrago que a droga faz na sociedade, nas famílias, o cidadão comum continua achando que o combate às drogas compete apenas e tão somente à policia. Ora, no combate às drogas, a policia equivale ao goleiro…! É o ultimo obstáculo a ser vencido para comemorar o gol…! Antes o atacante terá que passar pelos meias, pelos volantes, pelos laterais e pelos zagueiros…!
Antes de chegar na quase desmilinguida policia, o combate às drogas tem que passar por coragem politica, por decisões diplomáticas com relação aos vizinhos onde ela é produzida, pela educação, – essa escolar, mesmo! – e principalmente por leis mais severas! Leis que de fato punam o traficante!
Enquanto nossos políticos cuidam do próprio umbigo e não acordam para a realidade das drogas, resta à policia ‘enxugar gelo’, pisotear uma formiguinha aqui, outra acolá…!

Passavam os homens da lei pela Rua Nova, à uma e meia da madrugada de sexta, quando viram um vulto sombrio se esgueirando por um lote vazio. Não, não era nenhuma assombração! Era o jovem Luan Luiz Martins dos Santos, 20 anos, já conhecido da policia por 157. A policia não chegou a concluir se ele estrava indo levar ou indo buscar a droga no mato! O certo é que a poucos passos dos seus pés apreenderam um patuá com 76 barangas de farinha do capeta. No momento da abordagem Luan Luiz jurou de pés juntos que a droga não era dele! Mas não soube explicar o que fazia no mato àquela hora! Na DP disse que só falaria com o Homem da Capa Preta.
Seu desejo foi atendido. Lá pelo fim de março ou começo de abril ele poderá contar sua historia a um dos três juízes criminais da Comarca de Pouso Alegre. Até lá, ficará hospedado no Hotel do Juquinha!

Maria Carolina...: A maconha é do Thiago

Maria Carolina…: A maconha é do Thiago

Quando faziam patrulhamento de rotina pelo velho Aterrado, na virada da noite de sexta, os homens da lei receberam denúncias de amigos ocultos, dando conta de que na Rua Juruá – uma pequena viela curva que liga a velha Sapucaí à Rua Nova – o comercio de drogas estava correndo solto. Ao chegar ao local, um carcomido e mal assombrado casebre, os policiais depararam com três ‘guampudos’ na porta oferecendo o produto a quem passava. La dentro do muquifo, havia outros dois guampudos. Com eles foram apreendidos além de celulares com anotações de pedidos de drogas, quatro barangas de maconha.
Três dos cinco guampudos eram “dimenor”. Os outros dois eram Thiago Carvalho Durante,19. Gabriel Vaz Gomes de Oliveira, 18, vulgo “Macaco”. Ambos moram em outros locais. Usam o muquifo da “rua curva” apenas para traficar drogas. Durante visita de surpresa à residência de Thiago, os policiais pegaram a jovem Maria Carolina Lima Gonçalves Pinto, com a mão na massa! Aliás, com a mão na “erva marvada” tentando dispensá-la pela janela! A jovem disse que é apenas usuária e que tinha autorização do amigo Thiago para pegar a droga e fazer uns baseados. Na residência de Thiago, os policiais apreenderam uma espingarda.
Na DP Maria Carolina, conseguiu convencer o paladino da lei de que era apenas usuária e assinou no 28. Para os donos do muquifo, da espingarda e da maconha o caldo engrossou um pouco mais… Thiago e Gabriel “Macaco” foram enquadrados nos artigos 33, 35 e 40 da Lei anti-drogas. Apesar de primários, pois mal completaram 18 anos, poderão passar os próximos 8 ou 9 anos hospedados no Hotel do Juquinha!
Ah, ‘muquifo’, usado como ‘biqueira’ de drogas já deve ter sido ocupado por outros ‘formiguinhas’ neste fim de semana…!

Enquanto isso em Brasilia…

 

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