“Flavio Matador” … Horas de tensão na sua prisão em São Lourenço

Flavio Gomes Dias: - Eu não queria matá-la! Eu só queria tirá-la de casa para conversar...!

Flavio Gomes Dias: – Eu não queria matá-la! Eu só queria tirá-la de casa para conversar…!

Desde que assumiu as investigações para localizar o paradeiro do assassino Flavio Gomes Dias, no dia 22 de outubro, os detetives da Especializada de Homicídios de Pouso Alegre, nunca mais saíram do seu rastro. Com ajuda de amigos ocultos da lei, eles sempre estiveram a um passo da sombra do assassino. A possibilidade real de colocar-lhe as pulseiras de prata surgiu no inicio da tarde deste sábado, 08.
Estava o detetive Abel visitando amigos na cidade de Cristina quando a informação chegou…
– O matador está em São Lourenço. Ele acaba de receber um telefonema de um amigo… Vão se encontrar numa pracinha na entrada oeste da cidade, para quem vem de Carmo de Minas… – Segundo o amigo oculto da lei, Flavio ia se encontrar com o amigo, um possível ex-presidiario, para receber munição de revolver 38!
Como estava a pouco mais de vinte quilômetros dali, na histórica Cristina, berço de Silvestre Ferraz, o detetive fez contato com o delegado de São Lourenço e passou as coordenadas para que o policial fosse monitorar o encontro até sua chegada.
– Segundo o informante, Flavio combinou de ir ao encontro do amigo usando camiseta amarela. Igual a ele. Já comuniquei o delegado Renato Gavião de Pouso Alegre… Logo estaremos aí. – combinou o detetive.
Tudo ia bem, até que o delegado Felipe avistou os dois sujeitos de camiseta amarela se afastando da pracinha na entrada da cidade. Sem saber qual deles prender, pois não conhecia nenhum, e, estando sozinho, sem tempo para reunir a equipe da PC, solicitou apoio da policia militar. Rapidamente a Arca de Noé da co-irmã se aproximou da pracinha… Abrindo passagem no giroflex! Ao perceber que havia entrado ‘minhoca no angu’, os dois amigos de camisetas amarelas passaram sebo nas canelas e dobraram a serra do cajuru. Cada um numa direção! Sem saber quem era o fugitivo de Pouso Alegre, os policiais escolheram um deles e saíram fungando no seu cangote… Era o mensageiro, o entregador de munições! Que mesmo assim pulou muros e quintais e conseguiu soverter da vista dos policiais!
Ao chegar à São Lourenço, o detetive Abel acionou novamente seu amigo oculto da lei e soube que Flavio Matador estava mocosado em uma casa grande no bairro Carioca e trataram de cercar a casa. Quando Flavio começou manobrar seu carro para trocar de esconderijo, percebeu que já era tarde! Para todo lado que olhou viu pistolas e escopetas apontado para ele por sobre os muros! Retrocedeu e voltou para a trincheira, tendo inicio o tenso impasse…!
Foram horas de negociação. Atrás de uma janela, Flavio brandia o trabuco carregado e prometia abrir fogo contra quem se aproximasse ou contra a própria cabeça!
Com a chegada do Delegado Renato Gavião, de Pouso Alegre, o impasse chegou ao fim. Para ganhar sua confiança e amainar a tensão, o delegado fê-lo lembrar do dia, há dois meses, quando endossou-lhe um pedido de albergue. Com o celular no ouvido, falando também com a filha em Pouso Alegre, Flavio baixou a arma e a entregou ao delegado e sua equipe. Além da arma municiada, ele levava na algibeira algumas azeitonas do mesmo calibre.

Eu usei o fato de de ter endossado seu pedido de Albergue ha dois meses para ganhgar sua cinfianlça e convence-lo a se entrtegar... - Dis delegado Gavião.

Usei o fato de de ter endossado seu pedido de Albergue ha dois meses para ganhar sua confiança e convence-lo a se entregar… – Diz delegado Gavião.

Durante a viagem de volta à Pouso Alegre, Flavio contou ao delegado que não tinha intenção de matar a ex-companheira Eliane.
– Ela vivia trancada dentro de casa, sendo explorada pelo filho dela e seus amigos que queriam seu dinheiro para usar drogas… Eu fui lá aquele dia para tirá-la de casa e conversar com ela. Mas eles não a deixaram sair! Quando eu tirei ela de dentro de casa os familiares tentaram toma-la de mim… De repente a arma disparou… – Contou Flavio ao delegado de homicídios. Nesta segunda feira Flavio fará uma pequena viagem do Hotel do Juquinha até a DP da Silvestre Ferraz para explicar formalmente quem é o fujão que foi à São Lourenço levar-lhe munição e acabou tirando-o da toca!
Apesar de carregar a fama e o apelido de “Flavio Matador” – de bandidos – Flavio Gomes Dias, 38 anos, cumpria pena no regime aberto por homicídio praticado contra Leonardo E. de Castro, em 1999, tentativa de homicídio contra o irmão em Wellington, em 2002, porte de arma em 2004 e posse de drogas em 2007. O assassinato da ex-companheira Eliane, qualquer que seja o motivo, foi como colocar fubá, muito fubá na agua quente… Vai engrossar o angu…!

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