O Fórum parou de funcionar

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Não!!! Não se apavore meu estimado leitor! O “Fórum não virou Brasil”. É que os escrivães, oficiais e demais servidores da justiça estavam realizando o “Ato Publico”, conforme noticiamos ontem, em busca de valorização da categoria e de melhores condições de trabalho. Da uma às três da tarde eles permaneceram no recinto do Forum mas não atenderam o publico. Os servidores lutam:
– Por condições dignas de trabalho (espaço físico digno e adequado, equipamentos em bom estado de funcionamento, e quadro de pessoal compatível com a demanda de jurisdicional)
-Combate aos fatores que provocam alto índice de adoecimento aos servidores;
– Por um Estatuto Único, que garanta igualdade de deveres e direitos aos servidores dos judiciários estaduais do país;
– Posse dos aprovados no concurso publico vigente, contratados a titulo precário.
– Politica salarial permanente que garanta manutenção do poder aquisitivo dos salários.
– Por mudanças no plano de carreiras que garantam efetivamente a valorização do servidor;
– Repudio contra a aprovação da PEC 63, que retorna com os adicionais de por tempo de serviço da magistratura e que, caso aprovada, promoverá forte impacto nos orçamentos dos tribunais de justiça do país, inviabilizando investimentos na melhoria das condições de trabalho e, por consequência, na qualidade da prestação jurisdicional.

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– Toda a população convive de perto com a lentidão da justiça, mas poucos sabem de fato o que está por trás dela: excesso de processos, reduzidíssimo numero de servidores, concursados que há anos trabalham a titulo precário e que agora estão sendo dispensados, infra estrutura deficiente, condições de trabalho insalubres e indignas, salários e carreiras estagnadas, falta de segurança no ambiente de trabalho, altíssimo índice de adoecimento dos Servidores… Estes são alguns dos problemas com os quais convivemos há anos – Disse desacorçoado um dos servidores à reportagem.
O novíssimo Fórum Orvieto Butti em Pouso Alegre, tem cerca de 200 servidores entre escrivães, oficiais, contadores e estagiários. Apesar da adesão maciça ao movimento reivindicatório, os serviços essenciais não foram interrompidos. As audiências previamente agendadas foram realizadas normalmente. No entanto, quem foi ao palácio da justiça dar uma ‘fuçadinha’ no processos dos seus clientes ou buscar orientação jurisdicional, teve que gastar o tempo nos corredores, no saguão em meio ao zum-zum-zum dos descontentes, até que os funcionários voltassem para trás da imensas pilhas de processos nas salas apertadas e sem refrigeração!
Se valeu a pena o movimento… Só o tempo dirá!

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