Assassinato no São João foi premeditado

Um só tiro na cabeça e seis órfãos...!

Um só tiro na cabeça e seis órfãos…!

As ameaças aconteceram por volta de nove da manhã na porta da casa de Eliane na Rua Juiz de Fora quando Flavio lá esteve acompanhado de um amigo em seu Chevrolet Monza, tentando falar com ela. Como Eliane não atendeu seus chamados na porta da rua, Flavio teria gritado:

– “… Como você não saiu, vou buscar uma arma para te matar…”! – e deixaram o local.
Cerca de duas horas e meia depois Flavio Matador voltou à casa da ex-companheira, desta vez em um Gol branco. Chegou agitado, de arma em punho, arrombou o portão, pegou-a pelo braço e arrastou-a pelos cabelos escada abaixo até a calçada na presença da filha de 14 anos, de ambos, enquanto dizia:
– Vem comigo senão vou te matar na frente da sua família.
Neste momento, com a intervenção dos filhos de Eliane e a tensão podendo ser pega aos quilos no ar, Flavio apertou o gatilho da arma encostada na cabeça da ex. Um só tiro encostado, provocando o que a medicina legal chama de “câmera de mina” ou “buraco de mina”. Enquanto Eliane caia agonizante ao chão, Flavio ainda puxou o gatilho do trabuco duas vezes contra o filho mais velho dela, de 18 anos, mas as balas milagrosamente ‘picotaram’. No gol em que chegara minutos antes o assassino dobrou a serra do cajuru.
Segundo o BO que narra os fatos, algum tempo depois Flavio ligou para uma irmã contando o desatino, dizendo que estava na Fernão Dias indo se esconder em São Paulo… Caso não desse cabo da própria vida antes de chegar lá!
A policia civil, responsável pela investigação de homicídios, tomou conhecimento dos detalhes do escabroso crime por volta de cinco da tarde quando recebeu o B.O. O delegado Gavião e seus pupilos vão investigar agora, quem ‘emprestou o trabuco para Flavio matar a ex-companheira. O dono do cano assassino não ficará sem chumbo.
Informações ainda não checadas dão conta de que ele teria conhecido Eliane Melo no Hotel do Juquinha, onde ela ia visitar o irmão e chegaram a viver juntos por um tempo no Aterrado. Ela tinha seis filhos. Um deles com Flavio.
Flavio Gomes Dias, o Justiceiro do Aterrado, 37 anos, responde por um homicídio praticado contra Leonardo E. de Castro em 1999, uma tentativa contra o próprio irmão Wellington, em 2002, um porte de arma em 2004 e um porte de drogas em 2007. Desde o fim de julho de 2014 ele cumpria pena no regime semiaberto. Com o homicídio e consequente fuga, ele se tornou foragido da justiça, o que dispensa o pedido de Prisão Preventiva.
Se Flavio Justiceiro gozava de um mínimo de ‘simpatia’ de alguém por matar apenas bandidos que conseguiam driblar a lei… Seu credito acabou!

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