Policia Civil prende assassino da Tijuca

Elias "Sonic": Ele veio pra cima de cima no dia errado! Eu estava de colete e tresoitão...

Elias “Sonic”: Ele veio pra cima de cima no dia errado! Eu estava de colete e trezoitão…

Elias Ramos da Silva, o “Sonic” foi preso ao pé da manhã desta terça na Rua Três Corações depois de ter deixado seu mocó no Jardim Guadalupe. Ele vinha sendo investigado pelo setor de inteligência da Delegacia de Homicídios desde a semana passada quando o meliante Miguel Rafael Brito Pinto foi encontrado agonizando no alto da Rua do Rosario, na Tijuca. De acordo com os levantamentos feitos pelos detetives Abel e Ozanan, Elias fora o autor dos disparos. Ele estava na companhia do ‘parça’ Mateus Fernandes dos Santos.

Desde que disparou o trabuco contra o desafeto na noite de sexta, Elias Sonic saiu de cena. Foi se mocosar num casebre na borda da estrada vicinal que leva ao bairro dos Farias, logo depois do Jardim Guadalupe. Na manha desta terça, sentindo que a poeira havia baixado, ele deixou o mocó e desceu para a casa dos pais no Jardim Amazonas. Neste exato momento os pupilos do delegado Renato Gavião já estavam no seu rastro com o ‘mandamus’ do Homem da Capa Preta em mãos. Foi só pará-lo na rua, apontar a 12 e avisar;

– Perdeu, garoto… “Teje preso”!

Sonic que naquele momento fazia ao desjejum com um belo baseado de maconha na mão não teve tempo de reagir… Deu o braço a torcer! E recebeu as pulseiras de prata. Seu depoimento ao delegado de homicídios fui curto, grosso e conciso!

– Fui eu mesmo que atirei doutor! Atirei porque ele tentou me matar ‘no dia errado’. Eu estava de colete e com o trezoitão roubado no posto…! O Mateus estava comigo na hora do crime, mas não tem nada a ver com a fita – garantiu friamente Sonic.

Miguel Rafael Brito Pinto: Até as 13h00 desta terça o desafeto de Elias continuava em coma na UTI do Hospital Regional Samuel Libanio.

Miguel Rafael Brito Pinto: Até as 13h00 desta terça o desafeto de Elias continuava em coma na UTI do Hospital Regional Samuel Libanio.

Na estrada do crime há mais de dez anos, Sonic não era alvo apenas da Delegacia de Homicídios. Os pupilos do delegado Clauber de Moura, da Aisp 110ª, também andavam na sua sombra. Ele é suspeito de vários roubos a mão armada a postos de combustíveis na cidade nas ultimas semanas. Na noite do dia 11 de junho Sonic visitou o Posto Petromix no Bairro Ipiranga, defronte o C.C.F.Dias com uma garrucha de fabricação caseira em punho. Além da bufunfa do posto ele abasteceu-se também com um colete à prova de balas e um trezoitão. O mesmo trezoitão que usou para acertar a ‘treta’ antiga com o desafeto Miguel Rafael Brito Pinto na Rua do Rosário dois dias depois. O ‘cano’ usado no crime não estava com ele, mas já foi apreendido pela policia civil.

No final da manhã desta terça amigos dos envolvidos na tentativa de homicídio da Tijuca, fizeram circular nas redes sociais que Miguel havia morrido. De acordo com informações colhidas na fonte às 13h00 desta terça, até aquele momento, Miguel Rafael ainda respirava na UTI do Regional Samuel Libanio, embora seu estado de saúde seja gravíssimo. A proposito, sua capivara é recheada de 157. O ultimo foi em outubro do ano passado: “Policia atira em assaltante… E acerta dois traficantes”, publicado aqui no blog no dia 21 daquele mes! Ele deixou o Hotel do Juquinha no ultimo dia 10 de fevereiro.

Elias Sonic, 32 anos é ‘menino que vi crescer’. De numerosa e honesta família radicada na Tijuca e Jardim Santa Cruz onde cresci, ele é um dos poucos que destoou dos tios e primos trabalhadores. Coincidência ou não o fato de te-lo visto crescer, evitei que ele cometesse seu primeiro homicídio há onze anos!

Delegado de Homicidios Renato gavião: - Com esta garrucha o Elias assaltou o posto Petromixe al´pem de dinhero roubou este colete e o revolver com o qual atirou em Miguel Rafael...

Delegado de Homicídios Renato Gavião: – Com esta garrucha o Elias assaltou o posto Petromix na semana passada e além de dinheiro roubou este colete e o revolver com o qual atirou em Miguel Rafael dois dias depois…

A fria manha do dia 14 de julho de 2003 parecia que seria como outra qualquer… De tensão e caras feias no Velho Hotel da Silvestre Ferraz. Parecia! Tão logo fechei o cadeado do pátio do “banho de sol” e virei as costas a pancadaria começou em meio ao burburinho de palavrões revanchistas;

– Safado, você matou meu primo… Vou te mostrar…!

Os segundos que demoraram para encontrar a chave do cadeado do portão do pátio em meio à imensa penca de chaves foram suficientes para Elias, recentemente preso por roubo, esfolar a cara de Gilson Bernardes. Se quiséssemos ver Gilson morto, bastava quebrar a chave dentro do cadeado! Mas não era o caso. Ele foi levado para o PS com o rosto sangrando e algumas costelas quebradas. O motivo da tentativa de homicídio? Seis meses antes, ao saber que sua filha, então namorada de um primo de Elias havia brigado e recebido do namorado alguns sopapos, Gilson subiu no terraço de sua casa na Tijuca e ficou esperando o jovem passar… O namorado da filha não passou! Ficou ali mesmo na rua morna da Tijuca, com um tiro no peito.

Gilson “Indio” Bernardes, um dos precursores do trafico de maconha em Pouso Alegre, temido traficante do meu tempo de calça curta, fora casualmente salvo por mim das garras de Elias Sonic Ramos da Silva naquela manhã. Uma hora depois naquela mesma manhã de 14 de julho, no mesmo pátio, Paulo Sergio “Chapelem” Mateus não teve a mesma sorte. Morreu na ponta da lapiana numero nove de Caveirinha e sua trupe! – Mas esta já é outra historia que você só vai ler no livro “Meninos que vi crescer” a partir do mês que vem!

Sonic

Dono de extensa capivara iniciada com roubo à mão armada em 2002, Elias Sonic se hospedou em varias penitenciarias do Estado de Minas desde então, por crime contra pessoa e contra o patrimônio. Estava em liberdade condicional desde o dia 29 de maio ultimo. Apesar da fúria com que se atirou contra Gilson “Indio” Bernardes, assassino do seu primo, no ‘banho de sol’ e contra o desafeto Miguel Rafael na Rua do Rosario, Elias ainda não assinou nenhum 121… Por enquanto!

 

 

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