Policia Civil atropela mula na rodoviária

Robertinha, a "mula" de Machado: - É maconha, uai...

Robertinha, a “mula” de Machado: – É maconha, uai…

Estava o detetive Flavio no aconchego do seu lar no final da tarde deste domingo, 20 no meio do feriadão, quando seu celular tocou… Era um amigo oculto da lei, que sem delongas foi ponto dando a fita:

– Sabe a Robertinha? Aquela loirinha do cabelo liso, de Machado, que você anda na cola faz um tempão? … Então, ela acabou de embarcar num ônibus na cidade de Cambuí com destino à Pouso Alegre… Ela está levando uma mochila sinistra! Acho que é maconha…!

Era domingo à tarde, hora de trocar a rede pelo sofá da sala para assistir a rodada do brasileirão, mas o coração policial falou mais alto. Flavio jogou o chinelão de lado, trocou o bermudão listrado, escovou os dentes para tirar o gosto da loira gelada, penteou os poucos cabelos, ligou para o parceiro J.Antonio e lá foram para o terminal rodoviário de Pouso Alegre checar a informação do amigo oculto da lei. Quando Robertinha desceu sorrateira da jardineira verde branco da Auto Viação Cambuí, lá estavam os dois policiais para lhe dar as boas vindas.

– Olá Roberta… O que você trás aí nessa mochila? – Perguntou Flavio.

Pega de surpresa, sabendo que não escaparia de uma geral, que não adiantaria tentar tapar o sol coma peneira, sabendo que eles sabiam o que ela levava,  a jovem de 20 anos não deixou a peteca cair, não fez cara vitima… Foi franca!

– É maconha, uai…! Querem ver?

Era mesmo.

Maconha de péssima qualidade e mofada. Robertinha tinha que ser processada pela vigilância sanitária... Por levar mofo para os pulmão dos nóias!

Maconha de péssima qualidade e mofada. Robertinha tinha que ser processada pela vigilância sanitária… Por levar mofo para os pulmão dos nóias!

Quatro cavacos de erva marvada de péssima qualidade, mal embalada e cheirando mofo – certamente estava enterrada! – mas era maconha! Levada para a DP com as pulseiras de prata Roberta Carvalho Fidelis, moradora da cidade de Machado, mulher de traficante, contou parte de sua aventura:

– Eu fui buscar a droga em Cambuí. Peguei com um cara que eu não conheço. – Eu conheço, é o João Tapira…!! – Eu ia entregar para um cara que também não conheço, na rodoviária de Machado. – Deve ser o primo do João Tapira, o Gasparzinho…!

Sem saber quanto custou a droga, sem saber quanto ia ganhar para fazer o carreto e sem saber para quem iria entregar a erva em Machado, Robertinha sentou ao piano e assinou um 33. Agora a mula de Machado sabe que terá hospedagem gratuita no Hotel do Juquinha pelos próximos 5 anos… Sem descontar naturalmente as “brechas” da lei!

 

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *