Açougueiro mata colega de trabalho por causa de documentos

Luzivaldo "Ceará" Santos Lima já tentou matar um desafeto no Ceará e outro em Barueri-SP.

Luzivaldo “Ceará” Santos Lima já tentou matar um desafeto no Ceará e outro em Barueri-SP.

Eles moravam todos juntos no mesmo endereço na Rua Jose Agripino Rios, no Jardim Olímpico. Luizão, Branco, Diego, Rogerio, Ceará, Kiko, Vanderleia… Alguns trabalhavam no mesmo açougue nas imediações. Estavam acostumados com o aço frio da lamina da lapiana! Apesar de serem estranhos entre si, o objetivo comum de trabalhar e ganhar dinheiro para a subsistência e para a sedutora loira gelada os mantinha unidos. Até que…

– Meus documentos sumiram! Vou cortar o pescoço de quem pegou – Dizia Luzivaldo Santos Lima, 28, o “Ceará”, afiando a lamina fria do cutelo.

– O pescoço, não… Corta só um dedo ou a mão… – Dizia com deboche o companheiro Rogerio.

Na sexta à noite, depois do trabalho tiveram uma discussão de soltar faíscas, mas os documentos do Ceará não apareceram para acalmar os ânimos. Vendo que Ceará estava mesmo disposto a fazer com alguém o mesmo que fazia com patinhos, alcatras e contrafilés no açougue, Branco e Rogerio resolveram comunicar o fato ao patrão e pedir orientação. Não houve tempo… Quando voltavam do Espetinho ali perto, o açougueiro já havia derramado sangue. Usando uma faca de cozinha, ele havia desferido vários golpes no pescoço e abdome do companheiro Agenor Alves da Costa Junior, o “Kiko”!

– Eles eram os mais amigos… Viviam brincando um com o outro enquanto trabalhavam – disse Vanderleia, a irmã de Kiko, que ouvira os gritos agonizantes do irmão no portão de casa.

Após ferir mortalmente o amigo, Ceará foi direto ao Segundo Distrito Policial – Aisp 110, perto de sua casa, levando na mão a lapiana banhada no sangue do amigo e se entregou.

– Perdi a cabeça… Fiquei nervoso demais – Confessou ele ao piano do delegado Renato Gavião. E confessou também que havia abraçado duas loiras geladas e erva marvada antes de cometer o desatino.

Apesar de ter se entregado espontaneamente aos braços da lei, esta não é primeira vez que o açougueiro exercita suas habilidades com a lapiana em pessoas. Em Brejo Santos – CE, sua terra natal, ele já havia tentado mandar um desafeto para o andar de baixo. Em Barueri na grande São Paulo outro desafeto também sentiu o aço frio de sua lamina penetrar-lhe a carne. Ceará não tem certeza se as vitimas anteriores morreram ou se ficaram apenas feridas. Tais antecedentes no entanto, aliados ao motivo fútil pelos quais matou o colega de trabalho e de moradia, ele se credencia à hospedagem gratuita por pelo menos 12 anos no Hotel do Juquinha!

Os colegas de trabalho e de teto, Branco e Rogerio, arrolados no B.O., embora soubessem que o crime estava prestes a acontecer, não tiveram participação direta nele. Por isso prestaram seus depoimentos e foram liberados.

Agenor Alves “Kiko” da Costa Junior tinha mulher e dois filhos que pretendiam vir de Atibaia morar com ele… Não virão mais!

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