… O remédio era duzentos gramas de maconha e outro tanto de cocaína!

       Estavam os patrulheiros estaduais fazendo blitz na MG-290, durante a operação “Fronteira Segura” às dez da noite desta quinta, 26, quando o motorista do Fiat Uno, Antonio Marmo Machado, 47, ao passar pelo afunilamento do fluxo de veículos, começou suar frio…

Antonio Marmo: – Eu empreitei o carro para o Lennon… Não sabia que ele havia colocado essa droga aí!

– Encosta ali, cidadão! – Ordenou o policial com cara de poucos amigos.

        Apesar da noite fresca na fronteira dos Estados, neste momento o suor desceu em bicas do rosto de Antonio Marmo, embora tudo parecesse normal! Foi necessário vasculhar cada centímetro do Uno para diagnosticar a causa do nervosismo do motorista e do seu passageiro Lennon Martins de Oliveira…  O mal que afligia o musico e o garçon de Ouro Fino estava nas entranhas do veiculo, dentro do painel… Erva marvada e farinha do capeta!

       Antonio Marmo Machado, o Marminho ou Marmão, contou uma historia linda e comovente aos policiais!

– Nós estávamos em Itapira, em dado momento o Lennon pediu o carro para dar uma volta. Eu emprestei pensando que ele fosse comprar um baseado para fumar! Não sabia que ele havia colocado essa droga aí no carro – Disse com a maior sinceridade!

Lennon Martins de Oliveira: Mensagens de nóias no celular pedindo “remédio”.

         Lennon – que não é o John… – preferiu não falar nada. Seus celulares no entanto, falavam por eles. O aparelhinho dedo duro de Antonio Marmo tinha varias mensagens de nóias pedindo drogas, tais como:

– Aê “Marmão”… quando vocês chegam? Os ‘pacientes’ estão esperando o remédio!

Foto: PRE

      Já que vinham para Ouro Fino, Lennon e ‘Marmão’ continuaram a viagem! Mas passaram direto pela terra do Menino da Porteira, agora no taxi do contribuinte, e foram até Pouso Alegre assinar o 33. Nesta manhã fizeram o caminho inverso e novamente viram a bela igreja de São Francisco de Paula e o “meninão” no trevinho, apenas através da janelinha da Arca de Noé do Magaiver… Foram parar no velho Hotel de Albertina.

        A propósito, não sei como esse presidio ainda não soltou meliante pelo ladrão! Todo dia dois ou três fazem o “check in” por lá! Logo, logo esses hospedes vão começar a fazer o “check out” … Sem pagar a conta…!